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Estado de Minas

Sa�de ginecol�gica na terceira idade


13/01/2019 05:06 - atualizado 18/01/2019 16:27

Um dos fen�menos mundiais � o envelhecimento populacional, que requer algumas dicas para a mulher envelhecer saudavelmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a expectativa de vida da mulher � de 79,4 anos. Por isso, � preciso avaliar v�rios fatores para que ela viva bem e com sa�de. De acordo com Agnaldo Lopes Silva Filho, ginecologista da Rede Mater Dei, professor da UFMG e vice-presidente da Regi�o Sudeste da Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo), o rastreamento de c�ncer � de extrema import�ncia.

“A realiza��o dos exames preventivos, como o Papanicolau – para o c�ncer de colo de �tero, a mamografia – para o c�ncer de mama, e a colonoscopia – para o de colorretal, s�o recomenda��es para esse p�blico. � importante tamb�m avaliar o calend�rio vacinal, principalmente as vacinas antipneumoc�cicas e contra o herpes-z�ster”, alerta o m�dico. “Outro cuidado observado � a atrofia vaginal, causada por uma redu��o na produ��o de estrog�nio, comum nessa faixa et�ria. A reposi��o hormonal ou mesmo a utiliza��o de horm�nios locais ou outros medicamentos s�o recomendados para melhorar essa condi��o. A mucosa da vagina fica atr�fica, tornando-a predisposta a infec��o urin�ria, dificuldade nas rela��es sexuais e outras doen�as.”

Agnaldo ressalta que, ultimamente, tem havido mudan�a na sociedade com uma valoriza��o da sexualidade das mulheres nessa faixa et�ria. “Por outro lado, doen�as como a Aids tamb�m t�m acometido essa faixa et�ria. � importante ressaltar que a disponibiliza��o de medicamentos para disfun��o er�til fez aumentar o ato sexual na terceira idade. O preservativo � o m�todo mais simples e eficaz para preven��o contra as doen�as sexualmente transmiss�veis. Durante qualquer rela��o sexual (orais, anais e vaginais), o uso da camisinha � indispens�vel”, aconselha o especialista.

“As doen�as sexualmente transmiss�veis (DST) na terceira idade ainda s�o um tema pol�mico em decorr�ncia da complexidade cl�nica e da forma como s�o abordadas em rela��o aos idosos, e preocupam os profissionais do cuidado cl�nico. Conforme dados do Minist�rio da Sa�de, cerca de 4% a 5% da popula��o acima de 65 anos apresenta alguma doen�a transmitida sexualmente. Dados do Boletim Epidemiol�gico de 2017 apontam que, em 2016, quando foram registrados 1.294 casos, houve o crescimento de 15% no �ndice de pessoas acima de 60 anos com o v�rus HIV”, esclarece Agnaldo.

RASTREAMENTO Ele conta que as DST mais comuns na terceira idade s�o a Aids, o HPV, e as hepatites B e C. “O tratamento das DST deve ser feito com a an�lise dos dois parceiros, que devem ser tratados simultaneamente, evitando a recorr�ncia ou a dissemina��o. Outro problema � o fato de como os profissionais devem lidar com a situa��o para n�o causar constrangimento e diminuir as chances de detec��o do diagn�stico para tratamento precoce. � importante ressaltar que o tratamento mant�m o mesmo padr�o nas outras faixas et�rias e que a melhor recomenda��o � a preven��o, para manter uma vida com qualidade.”

Agnaldo ressalta que, no Brasil, o rastreamento � recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos e as que j� iniciaram atividade sexual. “A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil � a repeti��o do exame Papanicolaou a cada tr�s anos, ap�s dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano.

Em rela��o � mamografia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Col�gio Brasileiro de Radiologia e Diagn�stico por Imagem (CBR) e a Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) recomendam que seja anual para as mulheres a partir dos 40 anos, visando ao diagn�stico precoce e � redu��o da mortalidade. Tal medida difere das recomenda��es atuais do Minist�rio da Sa�de, que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo uma faixa importante da popula��o (mulheres entre 40-49 anos), respons�vel por cerca de 15%, 20% dos casos de c�ncer de mama.

Agnaldo explica que saud�vel � envelhecer em estado de completo bem-estar f�sico, mental e social e n�o, simplesmente, com a aus�ncia de doen�as ou enfermidades. “O envelhecimento saud�vel � uma consequ�ncia de uma vida saud�vel. As mulheres devem se preparar para essa faixa et�ria mais avan�ada com a pr�tica de atividade f�sica, evitando o �lcool e o tabagismo, cuidando da sa�de de forma geral.”


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