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Estado de Minas

Beb�s prematuros. Saiba os cuidados que os pequenos necessitam

De acordo com dados da Unicef e da Organiza��o Mundial de Sa�de, cerca de 30 milh�es de beb�s nascem prematuros ou com baixo peso


16/11/2019 09:30 - atualizado 18/11/2019 15:18

Reprodução/Divulgação
Reprodu��o/Divulga��o (foto: 7 de novembro � dedicado a conscientiza��o da prematuridade)
Este domingo, dia 17, � voltado para o Dia Internacional da Sensibiliza��o para a Prematuridade. Um beb� � considerado prematuro quando nasce com menos de 37 semanas de gesta��o. “At� 36 e 6 dias, mais precisamente”, afirma Tilza Tavares, pediatra neonatologista e diretora t�cnica do Neocenter maternidade. Existem diferentes tipos. “At� 28 semanas, considerado prematuro extremo. De 28 a 32 semanas, considerado muito prematuro. De 32 a 34 semanas, � o prematuro moderado. E de 34 a 36 semanas, que � prematuro tardio”, explica a pediatra.

A prematuridade pode trazer algumas complica��es durante a inf�ncia. “Vai depender muito de como foi a evolu��o da crian�a na UTI. Sem comorbidades, a chance de se desenvolver sem sequela motora e cognitiva � poss�vel. Mas as motoras s�o mais comuns. H� ainda crian�as sem sequelas, mas com social diferente. Cada caso � um caso”, explica a m�dica.

Cuidados
 

Um beb� prematuro precisa de aten��o redobrada tanto dos m�dicos quanto da fam�lia. “Comparo o prematuro com algu�m que est� voltando da guerra. Cerca de tr�s meses na UTI Neonatal, car�cias negativas, m�os diferentes cuidando desse beb�. Quando vai para a casa, visitas, por exemplo, s�o um momento de alegria, mas o movimento � agressivo para o beb�. Pais recebem as orienta��es antes de sair do hospital. Inclusive, eles trocam fralda, d�o banho. Vivenciam rotina antes de chegar em casa. Precisamos estar assegurados que os pais estar�o aptos para isso”, afirma.
 
A amamenta��o � um dos pontos cruciais, ela deve ser feita por suc��o. “O beb� precisa ter, pelo menos, 1,5kg ou 32 semanas. O pulm�o precisa estar bem formado. Mas o colostro j� � dado desde as primeiras horas de vida. Ajudamos no est�mulo � produ��o do colostro e do leite at� que o pequeno consiga sugar direto na m�e”, conta Tavares. Outro ponto importante � a vacina��o. “Eles seguem o mesmo calend�rio. O que pode ocorrer � elas serem aplicadas em per�odos diferentes, at� serem totalmente regularizadas”.
 
Uma pessoa que nasceu antes de completar 37 semanas pode ter uma vida normal. “A crian�a se desenvolve, vai para a escola e pode ter um cognitivo normal, mas o social pode ser pouco desenvolvido, por exemplo. Ainda podem ser mais d�ceis ou mais agitadas que o considerado normal.”

 
De acordo com  Rodrigo Carneiro, neuropediatra e presidente eleito da Abenepi,Associa��o Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e Profiss�es Afins, o cuidado no pr� natal com assist�ncia adequada � gestante, presen�a do pediatra na sala de parto, equipe de obstetr�cia experiente e capacitada e ber��rios de qualidade s�o fatores importantes na preven��o da prematuridade. Investir no projeto dos 1.000 dias � um dos objetivos do programa Abenepi/ Sapiens seguindo o nosso prop�sito. “Cuidar do que nos faz humanos desde os primeiros anos de vida. Mentes saud�veis criam um mundo melhor."

Supera��o di�ria

 
Ter um beb� prematuro muda a rotina da fam�lia, como aconteceu com a advogada Fabiana Amaral, quando o filho Thiago Amaral, hoje com 9 anos, nasceu de 25 semanas. Foi um choque, pois a gravidez ocorreu normalmente, sem complica��es. “Fiz o acompanhamento pr�-natal e estava tudo normal, dentro do esperado para o per�odo gestacional. Para nossa surpresa, Tiago nasceu de 25 semanas com 630g. Simplesmente, a bolsa rompeu. N�o foram detectadas causas espec�ficas para o nascimento antecipado. Foi um susto muito grande, cercado de preocupa��es com a sa�de do beb�”, recorda-se.
 
A m�e lembra como foi os primeiros dias de vida do menino. “Ap�s o nascimento, Tiago ficou 120 dias na UTI neonatal da Maternidade Otaviano Neves. Sendo acompanhado por v�rios profissionais entre m�dicos de v�rias especialidades, enfermeiros e fisioterapeutas. Ap�s a alta hospitalar, Tiago foi pra casa com 3kg, mas ainda na ventila��o. Em casa, foi assistido por uma equipe home care com pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas etc. Permaneceu na ventila��o por mais 120 dias at� o amadurecimento completo dos pulm�es. Nos anos seguintes, ainda foi acompanhado de perto com pediatra, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.”
 
Thiago Amaral, 9 anos, nasceu com 25 semanas e hoje, leva uma vida normal
Thiago Amaral, 9 anos, nasceu com 25 semanas e hoje, leva uma vida normal (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press. )
Atualmente, Thiago leva uma vida normal, estudo e pratica esportes.  “Ele se desenvolveu normalmente, encontrando-se hoje dentro da escala peso/altura da sua faixa et�ria e frequentando o ensino fundamental e pratica jud�”, comemora Fabiana.

Outro exemplo � da enfermeira Cl�udia Regina Fernandes. A filha Valentina Ribeiro, de 5 meses, nasceu com 31 semanas. Assim como fabiana, ela teve uma gesta��o tranquila. “N�o poderia imaginar que Valentina poderia nascer prematura, at� na hora de escolher o hospital, quando me falaram para eu escolher onde tinha UTI NEO. Pensei: pra qu�? Valentina nasceu com 31 semanas, ela adiantou 2 meses. Foi um susto. Fora algumas complica��es que ela teve. Ela ficou 23 dias no CTI”,  conta. 
 
Valentina Ribeiro,5 meses, nasceu com 31 semanas. A mãe Claudia Ribeiro toma cuidados em relação à saúde da da filha
Valentina Ribeiro,5 meses, nasceu com 31 semanas. A m�e Claudia Ribeiro toma cuidados em rela��o � sa�de da da filha (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press. )
O tempo que a filha precisou ficar no hospital foi bastante dif�cil. “N�o consegui fazer resguardo , fui tirar os pontos ap�s 30 dias. Lembro o primeiro dia que desci para ver minha bebezinha. Ela estava em uma incubadora, no respirador, toda invadida (sonda, soro) m�quinas apitando o tempo inteiro e em fototerapia. Eu ali parada completamente assustada com todo aquele cen�rio, n�o podia carregar minha bebezinha, s� queria abra��-la e dizer que n�o precisava ter medo que a mam�e estava ali." 
 
Como queria amamentar, carregar, sentir sua pele quentinha junto da minha”, lembra. Agora, aos 5 meses, Valentina est� em casa aos cuidados da fam�lia. Ela est� excelente, superdesenvolvida. Ainda toma os antiarr�tmicos, mas fizemos um holter agora e dando tudo certo, o m�dico suspender�. Algumas vacinas t�m que ser particular, pois conferem uma prote��o maior”, finaliza a enfermeira.
 
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 
 
 
 


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