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Estado de Minas SA�DE

Condi��o de risco, diabetes gestacional tem alta preval�ncia no Brasil

Diagn�stico precoce � importante para o controle da condi��o, que pode afetar o beb�


18/11/2021 13:30 - atualizado 18/11/2021 14:25

Açúcar no sangue
Diabetes � a condi��o metab�lica mais comum durante a gravidez (foto: Foto de Klaus Nielsen no Pexels)


Nesse m�s de novembro, em que se celebra mundialmente a preven��o ao diabetes, � importante alertar sobre um tipo espec�fico – o diabetes durante a gravidez. Sendo a condi��o metab�lica mais comum na gesta��o, ela tem preval�ncia de 18% no Brasil, ou seja, um para cada seis nascidos vivos. Destes, 90% correspondem ao diabetes gestacional (excesso de glicose que surge na gravidez).

 

Para a m�dica especialista Suzana Pires do Rio, membro do Comit� de Gravidez de Alto Risco da Associa��o dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), a mulher com maior risco de se tornar diab�tica logo ap�s o t�rmino da gravidez, � aquela que fez o diagn�stico precocemente durante a gesta��o, mas n�o conseguiu fazer seu controle s� com dieta e atividade f�sica, sendo necess�ria a introdu��o da insulina e ainda precisou usar doses mais elevadas.

 

Por isso � importante que, detectado precocemente o diabetes gestacional, a mulher fa�a uma dieta adequada e orientada por um especialista e, se poss�vel, atividade f�sica (desde que n�o haja contraindica��es). Isso vai ajudar no tratamento do diabetes, n�o sendo necess�rio o uso da insulina.

 

“Se a mulher adotar essas medidas, ela n�o s� previne, como trata a diabetes. Em pa�ses desenvolvidos, apenas 30% das mulheres com diagn�stico gestacional, necessitam de medicamento, por adotarem de forma adequada a dieta e a atividade f�sica” assinala Suzana Rio.

 

“No Brasil, ao contr�rio, esse percentual � muito maior, e muitas mulheres necessitar�o utilizar insulina, em fun��o da dificuldade de ader�ncia � dieta e � atividade f�sica, o que acaba gerando a necessidade da medica��o”, conclui.

 

Diagn�stico precoce

 

Desde 2013, o Brasil adotou os novos crit�rios para diagn�stico precoce do diabetes na gesta��o respaldados por organiza��es internacionais, como a OMS: hoje, al�m do diabetes gestacional, � poss�vel estabelecer o diagn�stico de diabetes melitus de diagn�stico na gravidez e do diabetes pr�-existente.

 

Nos dois primeiros casos, o diagn�stico de excesso de a��car acima dos n�veis considerados normais � feito logo no in�cio do pr�-natal, atrav�s do exame de glicemia de jejum. Se esse exame der normal, novo rastreamento ser� feito em torno de 24 a 28 semanas de gravidez, pelo teste oral de toler�ncia � glicose, que vai detectar se a gestante tem ou n�o hiperglicemia.

 

No terceiro caso, a mulher que engravidou, j� � sabidamente diab�tica, e tem n�veis de a��car compat�veis com o do diabetes.

 

Fatores de risco

 

A hist�ria pessoal e familiar, al�m de hist�rico de gesta��es anteriores podem ser importantes para detectar se h� ou n�o fatores de risco para o diabetes gestacional. Se a mulher tem parentes de primeiro grau com diabetes, principalmente do tipo 2, o risco � maior.

 

Antecedentes pessoais relacionados a altera��es metab�licas tamb�m contam, assim como hipertens�o, triglic�rides elevadas, s�ndrome de ov�rios polic�sticos, caso anterior de hemoglobina glicada elevada.

 

A idade tamb�m pode ser um fator de risco - gestantes acima de 35, 40 anos, correm mais risco que as mais jovens. Outro fator � o excesso de peso - �ndice de massa corporal acima de 25, que j� � considerado sobrepeso tamb�m aumentam o risco.

 

Quanto � gesta��o, pacientes que tiveram diabetes gestacional anterior, principalmente as que tiveram filhos acima de quatro quilos, s�o mais propensas, bem como as que tiveram fetos com morte s�bita ou neonatal de causa n�o explicada.

 

Riscos para a m�e e o beb�

 

O diabetes gestacional pode trazer riscos tanto para a m�e, quanto para o beb�. No caso da m�e, pode ocorrer taxa aumentada de cesariana, associa��o de hipertens�o e pr�-ecl�mpsia, al�m de parto dif�cil, com chance de traumatismo para o feto.

 

No caso do feto, se a m�e engravidar hiperglic�mica, sabidamente ou n�o, aumentam as chances de abortamento para o feto e, tamb�m, as chances de mal forma��o: anencefalia, do sistema nervoso central; card�acas e renais.

 

“O diabetes gestacional – aquele que surge na segunda metade da gravidez – dificilmente tem associa��o com malforma��o fetal pelo diabetes, mas h� possibilidade de o feto ser muito grande, pelo est�mulo da glicose. Nesse caso, o parto pode ser dif�cil e � frequente que esses fetos tenham hipoglicemia neonatal. Sabemos que, de modo geral, existe um aumento da mortalidade dos filhos de m�e diab�tica, principalmente, se o controle foi inadequado”, ressalta a m�dica.

 

Import�ncia da preven��o  

 

Suzana explica que, embora existam fatores de risco – mulher mais velha, mais obesa, hist�rico familiar, dentre outros, muitas mulheres apresentam diabetes gestacional sem nenhum desses fatores de risco.

 

“Ent�o, n�o existe uma medida espec�fica para reduzir esta possibilidade. O que a gente sugere � isso: que a mulher tenha um estilo de vida saud�vel e peso adequado, com alimenta��o saud�vel e atividade f�sica,” finaliza.

 


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