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Estado de Minas SA�DE

Em meio aos avan�os no combate � Aids, cresce incid�ncia de s�filis

Pa�s teve um aumento de quase 3.800 % no n�mero de casos da doen�a nos �ltimos dez anos; especialista alerta para riscos da falta de tratamento


14/12/2021 18:00 - atualizado 14/12/2021 19:01

Laço Vermelho
Dezembro Vermelho: em meio aos avan�os no combate � Aids, cresce incid�ncia de s�filis (foto: Foto de Ave Calvar Martinez no Pexels)
Refor�ando a  import�ncia da preven��o �s infec��es sexualmente transmiss�veis (ISTs), a campanha Dezembro Vermelho tamb�m tem como objetivo destacar direitos � assist�ncia das pessoas infectadas pelo HIV, al�m de ser uma extens�o ao Dia Mundial de Combate � Aids – 1º de dezembro. A S�ndrome da Imunodefici�ncia foi descoberta h� 40 anos, registrada pela primeira vez nos Estados Unidos e, dois anos mais tarde, foi identificado o HIV, o causador da doen�a. 

 

Na mesma medida, entretanto, em que os resultados no enfrentamento � Aids representam um sopro de esperan�a, outra IST tem gerado preocupa��o entre os infectologistas e todos os profissionais da sa�de: a s�filis.

 

“Vivemos uma epidemia da s�filis desde 2010. Os registros da infec��o cresceram de forma indiscriminada e perigosa, e isso se deve muito ao relaxamento das pessoas que deixaram de usar preservativo durante a rela��o sexual. Por isso, podemos afirmar que esse crescimento tem rela��o com a mudan�a de comportamento dos indiv�duos, que se sentiram mais seguros com o tratamento assertivo de controle do HIV e passaram a fazer sexo sem prote��o”, explicita o coordenador da Comiss�o de Controle de Infec��o Hospitalar do Hospital Vila da Serra e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano.

 

Segundo o Boletim do Minist�rio da Sa�de (MS) de outubro de 2020, o n�mero de casos registrados de s�filis adquirida passou de 3.925 em 2010 para 152.915 em 2019, um aumento de 3.795%, principalmente na faixa et�ria entre 20 e 39 anos. As outras duas formas da doen�a tamb�m aumentaram: em gestantes, passou de 10.070 para 61.127 e a cong�nita transmitida da mulher para o feto, de 2.313 para 6.354 nesses 10 anos.

 

O profissional explica que a s�filis pode ser dividida em tr�s tipos. A prim�ria � a mais simples, se manifesta no local de inocula��o da bact�ria, nas mucosas (peniana, vaginal, anal ou da boca). Ela surge como uma ferida que geralmente se cicatriza dentro de quatro a seis semanas, sendo pouco dolorosa, sem sequelas no local. Por�m, se n�o for feito o tratamento adequado, essa s�filis prim�ria pode voltar dentro de alguns meses como uma s�filis secund�ria, que ficou encubada no organismo. 

Essa bact�ria pode cair na corrente sangu�nea e causar sintomas como febre, prostra��o, manchas pelo corpo, aumento do f�gado e do ba�o, entre outras manifesta��es. Raramente � fatal, na maioria dos quadros � benigna e cur�vel depois de alguns dias ou semanas de forma espont�nea, mesmo sem tratamento.

 

Com rela��o ao terceiro tipo, o m�dico adverte que � a forma mais severa da s�filis. “A s�filis terci�ria � aquela que ataca lentamente �rg�os nobres, como o c�rebro, o sistema cardiovascular, os ossos, causando infec��es. Ela pode se desenvolver durante d�cadas e muitas vezes � fatal mas, quando n�o mata, deixa sequelas muito importantes. O tratamento da s�filis consiste no uso de antibi�ticos, principalmente as penicilinas, e deve ser feito imediatamente ao diagn�stico, sem interrup��o, para impedir que evolua para a forma terci�ria”, informa.


O infectologista lembra que, paralelamente ao aumento da s�filis, outras doen�as sexualmente transmiss�veis se acentuaram, como infec��es por herpes, por clam�dia e gonorreia. 

 

Vacina contra o HIV 

Uma vacina contra o HIV est� em pesquisa. "O estudo Mosaico � bastante promissor, est� na fase tr�s, ou seja, j� em teste em humanos. Incialmente, vai recrutar em torno de 3.800 pessoas. O objetivo � comparar a incid�ncia de aquisi��o do HIV entre a popula��o que tomou a vacina e aquela que n�o tomou o imunizante. A vacina em quest�o inclui ant�genos, estimulantes de imunidade contra os v�rios subtipos do HIV, j� que estamos falando de um v�rus que tem v�rias linhagens do HIV mutantes. A esperan�a � que haja uma prote��o ampla contra essas diversas cepas de HIV mutantes e que no futuro essa vacina possa ser massificada, capaz de gerar prote��o para as pessoas”, esclarece o m�dico. 

 

H� ainda um medicamento que acaba de ser aprovado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), o Dovato, com poucos efeitos colaterais. “Trata-se do �nico medicamento novo composto de duas subst�ncias, a lamivudina e o dolutegravir, altamente eficaz e seguro, sem que precise fazer uso de um terceiro componente que � o tenofovir, presente em outras formula��es, mas com o agravante de ser t�xico, principalmente para os rins”, conta Estev�o Urbano.

 

 


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