
Ilustra��o
ilustra��oNa era da tecnologia que constr�i os universos virtuais, o transtorno afeta quase 2% da popula��o mundial, segundo estudo publicado no Jornal de Psiquiatria da Austr�lia e Nova Zel�ndia, autoridade sobre o tema. O percentual representa cerca de 154 milh�es de pessoas com a doen�a, universo que significaria 72% dos brasileiros.
A preocupa��o com a tend�ncia de crescimento do dist�rbio de games levou a China, maior mercado de videogames do mundo, a decretar o tempo que as crian�as e adolescentes podem se dedicar aos jogos: tr�s horas por semana, limitadas a uma hora por dia, das 20h �s 21h, e apenas nas sextas-feiras, fins de semana e feriados.

Jogadores sustentam ind�stria bilion�ria, sem evitar compuls�o, que deve ser combatida desde a inf�ncia com atividades que exercitam a mente e o corpo
Maria Tan/AFP“Amo jogar porque me relaxa, faz com que me distancie dos problemas do cotidiano, como do trabalho e at� mesmo quest�es pessoais. Al�m disso, me mant�m longe de preocupa��es, como de que forma ganhar mais dinheiro, se preciso ser mais independente, al�m do que j� sou, se eu tiver que sair da casa dos meus pais ou mesmo quest�es da faculdade, que termino este ano”, conta.
“Nunca procurei acompanhamento, nem usei rem�dio, apenas tento conciliar, ainda assim, falhando miseravelmente. Os jogos se tornaram atividades necess�rias para minha vida. Essa tentativa � para que tudo n�o d� t�o errado. Assim, quando n�o consigo conciliar me sinto muito mal, at� chego a pensar que posso acabar com minhas oportunidades e com a vida como um todo.”

A psiquiatra Priscilla Soares Ladeia explica que controlar o tempo de jogo � uma medida necess�ria, mas recomenda, al�m da restri��o, oferecer a crian�as e adolescentes atividades que sejam prazerosas
Fernando Laudares/Divulga��oEntre as medidas contra o v�cio que ela recomenda est�o levar as crian�as e adolescentes a exercitarem diferentes �reas cerebrais, tais como atividade f�sica, de racioc�nio l�gico e de coordena��o, entre outras relacionadas � qualidade de vida e sa�de.
Comunidade de jogadores
De acordo com a Game Brasil, consultoria especializada no mercado digital, sete em cada 10 brasileiros afirmam que jogam games eletr�nicos. O perfil dos jogadores brasileiros foi tra�ado na pesquisa de 2021. Historicamente, a Pesquisa Game Brasil tem mostrado que as mulheres s�o maioria na comunidade gamer brasileira. Na 8ª edi��o, 51,5% do p�blico que se identificou era feminino.
Pela primeira vez na PGB, 62% dos entrevistados assumiram personalidade gamer, quase o dobro do verificado em 2020. O resultado foi influenciado pela pandemia de COVID-19.
O QUE REVELA UMA PESQUISA
- 10,9% est�o na classe social A
- 27,6% na classe social B2
- 78,9% o jogo digital est� entre as suas principais formas de divers�o hoje em dia
- 61,6% se consideram um gamer
- 41,6% tem o smartphone como plataforma preferida para jogar
- 46,0% jogou mais games durante o isolamento social
- 42,2% gastou mais dinheiro com jogos digitais durante o isolamento social
- 85,1% t�m filhos que costumam jogar jogos eletr�nicos
- 30,5% j� ganhou dinheiro com o e-Sports
- 44,8% enquanto jogam bebem (suco, refrigerante, bebidas alc�olicas etc)
- 8,6% mais de 30 horas
- 8,4% entre 20 e 30 horas
- 19,2% entre 8 e 20 horas
- 18,3% entre 6 e 8 horas
- 17,8% entre 4 e 6 horas
- 14,2% entre 2 e 4 horas
- 13,5% menos de 2 horas
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