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Estado de Minas

Brasil, o pa�s mais ansioso do mundo

Pesquisa aponta que brasileiros continuam l�deres em �ndices de ansiedade e depress�o durante a pandemia da COVID-19


03/07/2022 04:00 - atualizado 02/07/2022 21:43

ilustração sobre ansiedade
(foto: Lelis)

A pandemia da COVID-19 foi uma das maiores emerg�ncias de sa�de p�blica enfrentadas no s�culo 21. Al�m das preocupa��es quanto � sa�de f�sica, o isolamento e a diminui��o de contato social impostos pelo coronav�rus trouxeram in�meras consequ�ncias emocionais para a popula��o mundial. 
Dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) mostraram que o Brasil � o pa�s mais ansioso do mundo (2019) e um dos l�deres em casos de depress�o. Este cen�rio se intensificou nos �ltimos anos. Uma pesquisa global liderada pela Universidade Estadual de Ohio (EUA) apontou que o Brasil continua l�der em �ndices de ansiedade e depress�o na pandemia, com um aumento de 25% em casos envolvendo essas duas doen�as. 

O cen�rio ‘ansioso’ do Brasil est� enraizado nas diferen�as sociais. Um pa�s em que muitos n�o t�m renda suficiente para terminar o m�s, ou que trabalham muitas horas por dia, ou ainda, que vivem sob press�o de metas desrespeitosas no trabalho, se torna palco para incertezas e inseguran�as emocionais.

Esse hist�rico – acompanhado dos sentimentos de medo, inseguran�a e ang�stia desencadeados pela pandemia da COVD-19 – contribuiu para o crescimento dos transtornos psicol�gicos. � o que explica a psiquiatra Melina Efraim, especialista em transtornos de ansiedade. “Al�m da desigualdade social do pa�s, da viol�ncia, da atual crise financeira e da era do imediatismo que estamos vivendo, a pandemia foi algo sem precedentes, que ningu�m tinha vivido algo parecido, pelo menos n�o nessas gera��es atuais.”

SINTOMAS 
“Vivenciamos uma crise sanit�ria de um hospital superlotado, milh�es de mortes e o desconhecimento do v�rus, suas consequ�ncias e causas no organismo. Ficamos inseguros e ansiosos ao pensar no futuro. O isolamento social, por exemplo, que apesar de muito necess�rio para controlar a doen�a, trouxe um enorme custo ps�quico. Temos ent�o in�meros ingredientes necess�rios para um aumento dos sintomas depressivos, ansiosos e ins�nia”, ressalta a m�dica. 

Outro fato que contribuiu para esse panorama, segundo a m�dica, foi o fen�meno que ganhou nome de “infodemia”, ou seja, a epidemia de informa��o. A sociedade foi bombardeada com informa��es vindas de todos os lados, entre elas um monte de fake news. “Nem sempre vamos conseguir diferenciar o que � verdadeiro ou n�o. E essa inunda��o de informa��es, ou muitas vezes desinforma��es, causa muito estresse e ansiedade”, declara Melina. 

Em tempos de est�mulos cont�nuos, rotinas agitadas e excesso de informa��es, estar presente nas atividades do dia a dia � um grande desafio. A pandemia da COVID-19, entretanto, trouxe alguns h�bitos que devem prevalecer no futuro: dados mostram que homens e mulheres est�o cada vez mais preocupados com o bem-estar completo, combinando experi�ncias online e presenciais para cuidar dos diferentes aspectos da sa�de. A sa�de mental, inclusive, est� no topo das prioridades hoje.

Uma solu��o digital 

As healthtechs, startups da �rea da sa�de, apresentaram um crescimento significativo nos �ltimos anos. Segundo pesquisa da Sling Hub, o n�mero de empresas com esse perfil no Brasil passou de 542 para 1158 de 2020 a 2021. Com foco em sa�de mental, algumas startups t�m surgido no mercado com o objetivo de proporcionar mais qualidade de vida e prevenir o adoecimento emocional. 

De acordo com dados do Gympass Data Hub, plataforma de bem-estar corporativo que estimula todas as formas de atividades f�sicas, mentais e emocionais, no Brasil houve um crescimento de 35,6% (em novembro de 2021 na compara��o com o mesmo m�s de 2020), na utiliza��o de aplicativos que n�o est�o ligados necessariamente ao universo fitness, como sa�de mental e emocional, nutri��o, h�bitos saud�veis e educa��o financeira. Se considerado apenas as sess�es de terapia, o crescimento foi de 69,1% na mesma base de compara��o.

CRISE DE SA�DE 
Alexandre Ayres, cofundador da MindSelf, empresa que faz parte desse grupo de startups, conta que a nova realidade imposta pela crise de sa�de com o novo coronav�rus contribuiu muito para o crescimento da demanda pelos servi�os da empresa. A corpora��o iniciou as opera��es em 2019 e teve um crescimento pr�ximo a 400% de seu faturamento durante a pandemia e um aumento exponencial no n�mero de clientes com programas recorrentes.

“Antes do coronav�rus, a demanda j� era crescente, mas esse cen�rio foi agravado pelo per�odo de pandemia. Desenvolvemos um instrumento de avalia��o de equil�brio emocional, mapeando 16 �reas do equil�brio e da qualidade de vida e recomendamos que ele seja executado no in�cio de nossas atividades e repetido ao longo do programa”, comenta Ayres.


* Estagi�ria sob supervis�o  da editora Ellen Cristie 


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