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Estado de Minas ONCOLOGIA

Alerta para o c�ncer de cabe�a e pesco�o

O Instituto Nacional do C�ncer (Inca) estima que 36.620 novos registros devem aparecer neste ano, sendo cerca de 19 mil em homens e 17 mil em mulheres


10/07/2022 04:00

Homem com as mãos na cabeça e pescoço
Quando o c�ncer acomete a regi�o da cabe�a e pesco�o, a doen�a pode ser vis�vel ou palp�vel (foto: APCD/Reprodu��o)

O Grupo Brasileiro de C�ncer de Cabe�a e Pesco�o (GBCP), em alus�o ao Julho Verde, m�s de conscientiza��o sobre o c�ncer que acomete a regi�o da cabe�a e pesco�o, lan�a a campanha “Sinais que podem mudar hist�rias”, com a��es que buscam o envolvimento da sociedade, imprensa, gestores e profissionais da sa�de, formadores de opini�o e educadores para que o m�ximo de pessoas, de todas as faixas de idade, conhe�am a doen�a e saibam sobre as causas, sintomas, como prevenir e como fazer o autoexame para identificar altera��es suspeitas.

Ao contr�rio do que ocorre em outros �rg�os, quando o c�ncer acomete a regi�o da cabe�a e pesco�o a doen�a pode ser vis�vel ou palp�vel. Apesar disso, os sinais n�o s�o percebidos na maioria dos casos. No Brasil, oito entre 10 casos de c�ncer que acometem, por exemplo, a cavidade oral s�o descobertos j� em fase avan�ada. 

O Instituto Nacional do C�ncer (Inca) estima que 36.620 novos registros devem aparecer neste ano, sendo cerca de 19 mil em homens e 17 mil em mulheres.

Como consequ�ncia, o diagn�stico tardio resulta em menor chance de controle da doen�a, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutila��o em raz�o da necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstru��o facial, assim como mais desafios na reabilita��o do paciente.

A miss�o da campanha � contribuir diretamente na difus�o de informa��o diferenciada sobre a doen�a, fatores de risco e sintomas. “Al�m de apontar para quais sinais todos n�s devemos estar atentos, vamos alertar para a associa��o desses tumores a tabagismo, consumo de �lcool e infec��o pelo v�rus HPV. Sempre com um conte�do did�tico, referenciado e qualificado, com linguagem acess�vel a todos”, afirma o oncologista cl�nico Thiago Bueno de Oliveira, presidente do GBCP.

Sinais que podem mudar hist�rias 

A campanha “Sinais que podem mudar hist�rias”, traz para este Julho Verde uma programa��o especial de conte�do sobre preven��o, diagn�stico e tratamento dos diferentes tumores que acometem a regi�o de cabe�a e pesco�o: cavidade oral (boca, l�bios, l�ngua, gengiva, assoalho da boca e palato), seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais), faringe (nasofaringe (atr�s da cavidade nasal), orofaringe (onde se encontra a am�gdala e a base da l�ngua) e hipofaringe (por��o final da faringe, junto ao in�cio do es�fago), al�m da laringe (supraglote, glote e subglote), gl�ndulas salivares e gl�ndula tireoide. 

Todo o material, incluindo as pe�as em diferentes formatos, ficar� dispon�vel para download gratuito. Outro destaque da campanha � a s�rie especial com hist�rias de pacientes que passaram pela doen�a, explicando como um sinal mudou a vida de cada um deles.

Quais s�o os sinais de alerta?

•Ferida na boca que n�o cicatriza (sintoma mais comum)
•Dor na boca que n�o passa (tamb�m muito comum, mas em fases mais tardias)
•N�dulo persistente ou espessamento na bochecha
•�rea avermelhada ou esbranqui�ada nas gengivas, l�ngua, am�gdala ou revestimento da boca
•Irrita��o na garganta ou sensa��o de que alguma coisa est� presa ou entalada na garganta
•Dificuldade para mastigar ou engolir
•Dificuldade para mover a mand�bula ou a l�ngua
•Dorm�ncia da l�ngua ou outra �rea da boca
•Incha�o da mand�bula, que faz com que a dentadura ou a pr�tese percam o encaixe ou incomodem
•Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mand�bula
•Mudan�as na voz
•N�dulos ou g�nglios aumentados no pesco�o
•Perda de peso
•Mau h�lito persistente

Vale ressaltar que a exist�ncia de qualquer dos sinais e sintomas pode sugerir a exist�ncia de c�ncer, cabendo ao m�dico avaliar a necessidade de se pedirem outros exames para confirmar ou n�o o diagn�stico.

Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de c�ncer ou por doen�as benignas. � importante consultar o m�dico ou o dentista se qualquer desses sintomas persistirem por mais de duas semanas. Quanto mais cedo for feito o diagn�stico e iniciado o tratamento, maiores s�o as chances de sucesso.

O c�ncer de cabe�a e pesco�o no Brasil e no mundo

A Ag�ncia Internacional de Pesquisa em C�ncer (IARC/OMS) aponta que s�o esperados mais de 1,5 milh�o de novos casos de c�ncer de cabe�a e pesco�o no mundo em 2022, sendo assim o quinto c�ncer mais prevalente. Considerando todos os tipos de tumores que acometem a regi�o de cabe�a e pesco�o, s�o mais de 460 mil mortes anuais.   
No Brasil, os tipos mais comuns de c�ncer de cabe�a e pesco�o s�o os de cavidade oral e laringe, nos homens; e o de tireoide, nas mulheres.

Os fatores de risco s�o conhecidos e a doen�a evit�vel

Diferentemente de muitos tipos de c�ncer, em que as principais etiologias (causas) n�o s�o conhecidas, os principais fatores de risco para desenvolvimento de c�ncer de cabe�a e pesco�o s�o bem estabelecidos: n�o fumar, evitar o consumo de bebidas alco�licas e se prevenir contra o v�rus HPV, medida para a qual h� vacinas na rede p�blica e privada de sa�de, para imuniza��o de meninos.

H�, portanto, um fator comum nos tumores de cabe�a e pesco�o: s�o evit�veis. Para ser mais exato, cerca de 40% dos casos podem ser evitados.

Como prevenir?

•N�o fumar
•N�o consumir bebidas alco�licas em excesso
•Vacinar-se contra o papilomav�rus humano (HPV)
•Fazer a higiene bucal corretamente
•Usar filtro solar, inclusive nos l�bios

Desde janeiro de 2017, o Minist�rio da Sa�de (MS) oferece a prote��o de meninos contra o v�rus HPV. Essa medida se soma � imuniza��o que j� ocorria desde 2014 nas meninas. As vacinas contra HPV protegem contra os dois subtipos do v�rus mais associados ao c�ncer. Esses HPVs oncog�nicos – 16 e 18 – s�o tamb�m prevalentes em tumores de cabe�a e pesco�o, principalmente de orofaringe.

“A contribui��o de todos nesta causa � muito importante. Juntos, podemos amplificar e construir uma base de informa��o s�lida que quebre o desconhecido e gere transforma��o. Queremos que a informa��o correta e atualizada sobre o c�ncer de cabe�a e pesco�o chegue a todos os profissionais de sa�de e para a popula��o em geral”, refor�a o presidente do GBCP, Thiago Bueno.


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