/imgs.em.com.br/bbc/bbcnews.jpg)
A Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) aprovou a libera��o da vacina Jynneos/Imvanex contra a var�ola dos macacos (monkeypox) e o uso emergencial do medicamento tecovirimat, um antiviral, no Brasil.
Para as aprova��es, a ag�ncia analisou dados disponibilizados pela EMA (Ag�ncia Europeia de Medicamentos) e da FDA, a ag�ncia americana que regula medicamentos e alimentos.
"Tanto a vacina quanto o rem�dio foram criados a princ�pio para combater a var�ola, que tem um v�rus da mesma fam�lia da 'var�ola dos macacos'", explica a infectologista Melissa Valentini, do Grupo Pardini.
Entre os mais de 45 mil casos no mundo, foram registradas cerca de 10 mortes pelo v�rus. No Brasil, s�o mais de 4 mil casos confirmados, e at� o momento, uma morte.
A maioria dos casos da doen�a � leve. A OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de) estima que quadros graves ocorram somente entre 7% e 10% dos casos.
A vacina contra var�ola dos macacos
A vacina deve chegar ao Brasil a partir de setembro, segundo o Minist�rio da Sa�de.
A princ�pio, ser�o priorizados no recebimento de doses os profissionais de sa�de que est�o mais expostos ao v�rus, ou seja, aqueles que atendem pacientes diagnosticados ou atuam na manipula��o de amostras do v�rus.
O imunizante � feito com vers�es atenuadas do v�rus vaccinia modificado da cepa Ankara, que est� relacionado ao v�rus da var�ola.
Leia tamb�m: Homem contrai var�ola dos macacos, HIV e COVID-19 ao mesmo tempo
As doses foram feitas para adultos com 18 anos ou mais, e o esquema recomendado � de duas aplica��es a serem administradas com quatro semanas de intervalo. A vacina possui prazo de at� 60 meses de validade quando conservada entre -60 e -40°C.
Os Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC), dos Estados Unidos, afirmam que atualmente n�o h� dados dispon�veis sobre a efic�cia cl�nica da vacina.
Leia tamb�m: Var�ola dos macacos: sintomas e preven��o
A infectologista Melissa Valentini, afirma, no entanto, que a expectativa � que a efic�cia seja de cerca de 85%.
Tecovirimat: como funciona o medicamento contra monkeypox
"O tecovirimat � um antiviral inibidor de envelope Vp37, e por isso age impedindo a replica��o do v�rus. O potencial benef�cio � evitar a dissemina��o no corpo, e ele � usado para diminuir a gravidade das les�es e o tempo de, assim como evitar que o quadro se agrave ao ponto de levar o paciente a �bito", diz Alexandre Naime Barbosa, professor da Unesp (Universidade Estadual de S�o Paulo) e vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
O medicamento ficar� sob supervis�o do Minist�rio da Sa�de e ser� distribu�do somente pelo SUS (Sistema �nico de Sa�de).
Seu uso � limitado, at� este momento, para pacientes com casos mais graves, j� que para a maioria dos infectados a doen�a n�o causa manifesta��es perigosas.
Exemplos de casos em que o tecovirimat � recomendado:
- Les�o grave de edema peniano (parafimose, quando a les�o impede que o paciente recubra a glande peniana);
- Proctite (les�o no reto);
- Aparecimento de mais de 200 les�es, o que pode causar infec��es bacterianas secund�rias;
- Acometimento de retina.
Na avalia��o do infectologista Alexandre Naime, o medicamento chega em um momento tardio no Brasil.
"O Minist�rio da Sa�de j� tinha que ter feito esfor�os para trazer essa medica��o precocemente. Para o paciente que veio a �bito, todas as possibilidades de conseguir o medicamento foram tentadas ostensivamente, e se o Minist�rio da Sa�de tivesse declarado estado de emerg�ncia de sa�de p�blica, poder�amos ter tido uma chance melhor de salvar uma vida."
- Este texto foi publicado originalmente em http://bbc.co.uk/portuguese/geral-62695029
Sabia que a BBC est� tamb�m no Telegram? Inscreva-se no canal.
J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
