
O caso do paciente foi reportado na revista cient�fica Journal of Infection e, segundo os pesquisadores, o paciente testou positivo para a doen�a depois de uma viagem de quatro dias para a Espanha.
Nove dias ap�s retornar da viagem, o homem come�ou a apresentar sintomas da COVID-19 como febre, garganta seca, fadiga e dor de cabe�a. Em 2 de julho, o teste para SARS-CoV-2 foi o primeiro positivo que ele teve.
Na mesma tarde, come�ou a apresentar sintomas da var�ola do macaco com erup��es na pele do bra�o esquerdo. Os sintomas foram se intensificando e, em 5 de julho, ele foi at� a emerg�ncia do Hospital Universit�rio de Catania, e depois transferido para a unidade de doen�as infecciosas.
Tratamento para s�filis
No hospital, o homem informou que estava em tratamento para a s�filis desde 2019 e que, em setembro de 2021, tinha realizado teste de HIV, que havia dado negativo. Ele tamb�m toma rem�dios para o transtorno bipolar e j� havia contra�do COVID-19 em janeiro de 2022.
Outro detalhe que ele informou no hospital foi que teve rela��es sexuais sem preservativos durante a viagem � Espanha. Assim, como a maioria dos casos da var�ola dos macacos est� relacionada ao sexo, foram feitos outros testes para Doen�as Sexualmente Transmiss�veis (DSTs) e o diagn�stico de HIV acabou confirmado.
Pela contagem de gl�bulos brancos no sistema do paciente e como ele havia sido testado em setembro para a HIV, os m�dicos acreditam que a infec��o era recente. "Esse caso destaca como os sintomas da var�ola dos macacos e da COVID-19 podem se sobrepor e corrobora como em caso de coinfec��o, a coleta anamn�sica (hist�ricos cl�nicos) e os h�bitos sexuais dos pacientes s�o cruciais para realizar o diagn�stico correto", explicaram os m�dicos no texto.
Eles enfatizam ainda que as rela��es sexuais podem ser a forma predominante de transmiss�o, "portanto, a triagem completa de DSTs � recomendada ap�s o diagn�stico de var�ola dos macacos", ressaltam.
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Eles concluem o texto salientando que como este � o primeiro caso de coinfec��o pelo v�rus da var�ola dos macacos, SARS-CoV-2 e HIV ainda n�o existem evid�ncias que suportem a ideia de que essa combina��o possa agravar a condi��o do paciente.