(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas POLIOMIELITE

Poliomielite amea�a retornar ap�s 33 anos desde o �ltimo registro no Brasil

A poliomielite � uma doen�a infectocontagiosa aguda causada pelo poliov�rus, que pode infectar adultos e crian�as


20/10/2022 13:55

Vírus da poliomielite
(foto: Internet/Divulga��o)

Casos de poliomielite, tamb�m conhecida como paralisia infantil, amea�am retornar ao pa�s ap�s 33 anos desde o seu �ltimo registro em territ�rio nacional. Com os primeiros surtos registrados no Rio de Janeiro no in�cio do S�culo XX, o pat�geno provocou epidemias no mundo todo ao longo dos anos. O �ltimo caso notificado no Brasil foi em 1989, por�m, especialistas alertam que o pa�s est� sob o risco de circula��o da p�lio novamente.

 

A identifica��o de v�rus ativo nos esgotos de Londres e Nova York, casos da doen�a confirmados em pa�ses como Malawi, Israel, Ucr�nia e, mais recentemente, nos Estados Unidos, aliados � baixa cobertura vacinal no Brasil e ao redor do mundo, levaram a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS) a incluir o Brasil na lista de pa�ses que est�o sob alto risco de retorno desta doen�a.

 

A poliomielite � uma doen�a infectocontagiosa aguda causada pelo poliov�rus, que pode infectar adultos e crian�as por meio do contato direto com o v�rus presente no esgoto ou secre��es eliminadas pela boca de pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores s�o os mais atingidos, mas os m�sculos respirat�rios tamb�m podem ser impactados, levando a casos de �bito.

 

A imuniza��o segue sendo a �nica forma de prevenir a doen�a. Apesar das graves consequ�ncias da p�lio e da vacina��o estar dispon�vel gratuitamente nos postos de sa�de, desde 2016 o Brasil n�o atinge a meta de 95% do p�blico-alvo vacinado, taxa ideal para que a popula��o esteja protegida.


O cen�rio de vulnerabilidade est� ainda maior: neste ano, at� o dia 30 de setembro, apenas 54,21% das crian�as entre um e menores de cinco anos haviam sido imunizadas, e um estudo recente da Funda��o Oswaldo Cruz destacou que apenas 2 em cada 5 delas est�o protegidas contra a poliomielite. “A situa��o � grave. O Brasil sempre foi exemplo de sucesso por conseguir manter altas coberturas vacinais, mesmo com sua extens�o e diversidade demogr�fica. Hoje, somos v�timas do nosso pr�prio sucesso. Gra�as � vacina��o, a popula��o n�o v� mais surtos epid�micos, doen�as, mortes, sequelas. Perdeu-se a no��o do risco que as doen�as preven�veis por vacina representam, mas essas doen�as matam e deixam sequelas”, explica Maria de Lourdes Sousa Mais, coordenadora da Assessoria Cl�nica de Bio-Manguinhos e do Projeto pela Reconquista das Coberturas Vacinais.

 

De acordo com Luiza Helena Falleiros, pediatra e infectologista: “o s�culo XX foi marcado por um terr�vel medo, justific�vel, da poliomielite. Milhares de crian�as no mundo ou tiveram paralisia e sua vida impactada para sempre, ou mesmo morreram. Quando a vacina � disponibilizada, h� uma resist�ncia inicial, quebrada ao longo do tempo e, com o passar dos anos, a doen�a � controlada a tal ponto que as pessoas n�o se lembram de sua gravidade. � o que acontece hoje”, afirma.

 

Aos 54 anos, o m�dico pneumologista, Humberto Golfieri J�nior, conta sua experi�ncia com a poliomielite: “Meus pais eram muito jovens e, como n�o havia muita informa��o sobre as vacinas na �poca, apesar do medo geral da doen�a, n�o fui imunizado contra a p�lio”. Ele contraiu a doen�a, seguida por febre e paralisia ascendente, que afetou os m�sculos respirat�rios e quase o levou � morte. Ap�s a realiza��o de cirurgias corretivas para recupera��o funcional muscular, Humberto se tornou m�dico. “Hoje, eu tenho uma vida plena, apesar das consequ�ncias. Infelizmente, as gera��es mais jovens n�o t�m ideia do que � a poliomielite e sua gravidade. Acredito que seja parte da minha miss�o ser um exemplo e servir para conscientizar os pais da import�ncia da vacina��o, �nica maneira de evitar a doen�a”, ele complementa.

 

Ao redor do mundo, as na��es j� come�aram a se mobilizar. No Reino Unido, o governo segue monitorando o v�rus no meio ambiente, implementando campanhas de vacina��o de refor�o e solicitando aos profissionais de sa�de que verifiquem se as vacinas de rotina de crian�as e adultos rec�m-cadastrados est�o em dia. Nos Estados Unidos, o governo est� realizando testes e detectou a presen�a de poliov�rus em amostras de �guas residuais em Nova York e estados vizinhos, al�m de estar fornecendo dados atualizados sobre a doen�a para profissionais de sa�de e hospitais.

 

Os casos de poliomielite, conforme refor�ado pelas autoridades de sa�de das Am�ricas durante a 30ª Confer�ncia Sanit�ria Pan-Americana11, ser�o combatidos apenas com vacina��o e com o engajamento de todas as esferas da sociedade, incluindo l�deres comunit�rios, organiza��es n�o governamentais, setor privado e institui��es acad�micas.

 

Vacina��o contra a poliomielite  

 

Na rede p�blica de sa�de, a imuniza��o contra a poliomielite deve ser iniciada com a vacina inativada injet�vel (VIP) a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses desta vacina aos 4 e 6 meses. A partir de um ano de idade, as doses de refor�o s�o feitas com a vacina atenuada oral (VOP), aos 15 meses, 4 anos de idade e em campanhas de vacina��o para crian�as de 1 a 4 anos.

 

O calend�rio de vacina��o da Sociedade Brasileira de Imuniza��o (Sbim) recomenda que a imuniza��o contra a poliomielite seja realizada com a vacina inativada injet�vel (VIP), sendo iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses de refor�o desta vacina aos 4 e 6 meses, al�m dos refor�os entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)