roda de mulheres de blusa rosa, em que aparece somente parte do corpo, com as mãos juntas ao cento segurando o laço rosa, símbolo do câncer de mama

O c�ncer de mama � caracterizado em diferentes est�gios: 0 a IV, sendo o �ltimo o mais grave

Marco Jean de Oliveira Teixeira/Pixabay
Escutar o diagn�stico de um c�ncer � sempre um momento dif�cil. E, para quem descobre o c�ncer em um est�gio muito avan�ado, a not�cia do diagn�stico � ainda mais complicada. O c�ncer de mama � o principal tipo de c�ncer a atingir mulheres (excluindo os tumores de pele n�o melanoma), com uma estimativa de 66.280 novos casos em 2022, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (INCA). Destes, estima-se que cerca de 35% j� s�o diagnosticados em fase avan�ada.

O c�ncer de mama � caracterizado em diferentes est�gios: 0 a IV, sendo o �ltimo o mais grave. Isso significa que nesta fase o c�ncer j� pode ser encontrado em outras partes do corpo, tamb�m podendo ser chamado como c�ncer metast�tico. Os locais mais prop�cios a serem atingidos s�o o f�gado, os ossos e o pulm�o.

“Apesar de ser dif�cil ouvir esse diagn�stico, � importante destacar que hoje em dia h� diversas op��es de tratamento dispon�veis que ajudar�o o paciente a ter uma melhor qualidade de vida e aumentar seu tempo de sobrevida global, mesmo quando a presen�a do c�ncer � confirmada”, diz Lenio Alvarenga, diretor m�dico de Innovative Medicines da Novartis Brasil. “O importante � sempre conversar com o seu m�dico para entender qual o melhor caminho tomar com rela��o ao seu tratamento”, completa.
Para isso, � imprescind�vel conhecer a doen�a pela qual voc� est� passando e, assim, entender melhor cada passo do tratamento. Afinal, conhecimento � a base para que cada paciente possa ir em busca do melhor tratamento para o tipo e subtipo da doen�a, al�m de auxiliar para a manuten��o do bem-estar e da qualidade de vida.

Existem quatro tipos de c�ncer de mama

As prote�nas que os definem s�o os receptores hormonais (RH) e o receptor do fator de crescimento epid�rmico humano 2 (HER2). Quando as duas prote�nas est�o presentes, o tumor � classificado como RH e HER2 . Agora, quando est�o ausentes, o tumor � classificado como RH- e HER2-, que pode tamb�m ser chamado de triplo negativo. H� ainda a possibilidade de apenas uma das prote�nas estarem presentes, levando a duas possibilidades distintas: RH e HER2- ou RH- e HER2 .

Destes, o tipo mais comum � o RH e HER2-, que atinge em torno de 69% das mulheres. Assim, os quatro tipos de c�ncer de mama s�o:

  • RH e HER2
  • RH- e HER2-
  • RH e HER2-
  • RH- e HER2 .
 
Por que acontecem as met�stases?

A met�stase pode acontecer quando as c�lulas do c�ncer de mama se separam do tumor principal e entram no fluxo sangu�neo ou no sistema linf�tico. Desta forma, as c�lulas que est�o separadas s�o deslocadas para outras partes do corpo, �s vezes para longe do tumor original.

No momento em que essas c�lulas atracam em uma determinada regi�o, elas podem crescer e formar novos tumores nesse novo local.

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Quando o c�ncer de mama j� apresenta met�stase, o tratamento � diferente?

Apesar do tumor ter se espalhado para outras regi�es do corpo, suas caracter�sticas ainda s�o de um c�ncer de mama. Por exemplo, independentemente se o tumor se espalhou para os ossos, s�o as c�lulas do c�ncer de mama que est�o na regi�o, que s�o diferentes das c�lulas de um tumor que se inicia diretamente no osso. Por isso, o tratamento continua sendo o mesmo.

Como funciona o tratamento do c�ncer no SUS?

Os m�dicos do Sistema �nico de Sa�de (SUS) utilizam as Diretrizes Diagn�sticas e Terap�uticas (DDT) em oncologia para nortear as melhores condutas para tratamento do c�ncer.  Trata-se de documentos baseados em evid�ncia cient�fica que auxiliam o m�dico na escolha terapia adequada para cada paciente. Por isso, � importante que as DDTs de cada tipo de c�ncer estejam atualizadas com todos os tratamentos incorporados e dispon�veis no Brasil.

Recentemente, foi feita uma Consulta P�blica para envio das contribui��es sobre a recomenda��o da Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias no Sistema �nico de Sa�de (CONITEC), relativa � proposta de atualiza��o das Diretrizes Diagn�sticas e Terap�uticas do Carcinoma de Mama, que visa incluir a incorpora��o ao SUS da classe de medicamentos chamada inibidores de ciclina ou CDK para o tratamento do c�ncer de mama avan�ado ou metast�tico com HR e HER2-, al�m das demais op��es de terapias j� disponibilizadas para as pacientes atualmente.

Tenho c�ncer de mama avan�ado, e agora?

Mesmo que o c�ncer seja diagnosticado j� em fase metast�tica, isso n�o precisa significar uma senten�a para essa paciente, pois hoje em dia, com o avan�o da ci�ncia, h� op��es de tratamento para ajudar a conviver com a doen�a.

Nos �ltimos anos, houve um grande avan�o em tecnologia e pesquisa, o que significa que mulheres que recebem o diagn�stico de c�ncer de mama tipo 4 podem viver durante muitos anos, dependendo da resposta ao tratamento proposto.

Neste caso, o tratamento passa a focar no aumento do tempo de sobrevida global (tempo total vivendo com met�stase de c�ncer de mama) ou livre de progress�o (a quantidade de tempo que o c�ncer n�o cresceu ou avan�ou durante o tratamento) da paciente e na promo��o de qualidade de vida.

O m�dico pode se guiar por diversos fatores para montar um plano de a��o, como as caracter�sticas das c�lulas, os outros locais que foram atingidos, quais sintomas a paciente pode estar sentindo, al�m de quais outros tratamentos de c�ncer de mama foram realizados anteriormente.

� importante tirar todas as d�vidas com rela��o aos pr�ximos passos com o m�dico e incluir a fam�lia e rede de apoio no processo. N�o deixe de buscar informa��es e at� mesmo grupos de apoio de pessoas que est�o passando pela mesma situa��o. Ver a hist�ria de outras pessoas que passam pelo mesmo processo � fortalecedor e pode ajudar a passar por esse processo de uma maneira melhor.