
O m�s dedicado �s m�es tamb�m traz um importante alerta para o cuidado com a sa�de da mulher. Maio � marcado por uma campanha mundial de conscientiza��o do c�ncer de ov�rio, doen�a que, na maioria dos casos, tem diagn�stico tardio.
Segundo dados do Instituto Nacional de C�ncer (Inca), este � o segundo tipo de tumor ginecol�gico mais comum, atr�s apenas do c�ncer de colo do �tero. Ainda conforme a entidade, a estimativa � que s� neste ano sejam diagnosticados 6.650 novos casos da enfermidade.
A oncologista cl�nica Daniella Pimenta, que faz parte do corpo cl�nico da Cetus Oncologia, afirma que o maior dos problemas desta neoplasia se d� pelo fato de que muitos pacientes n�o apresentam sintomas em est�gios iniciais da doen�a, dificultando, assim, o diagn�stico precoce.
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"Ac�mulo de l�quido abdominal, a denominada 'ascite', dor e aparecimento de um tumor p�lvico, al�m de altera��es gastrointestinais s�o poss�veis ind�cios de que a neoplasia possa j� estar instalada", explica a m�dica.
Para detectar o tumor, ao contr�rio de outros c�nceres, como o de mama e pr�stata, Daniella destaca que n�o existe nenhum tipo de exame de rastreamento para a popula��o em geral. "Quando temos suspeita [da doen�a], podem ser feitos alguns exames de imagem, entre eles a tomografia, resson�ncia e o ultrassom endovaginal. Eles auxiliam no diagn�stico", pontua Daniella.
Idade avan�ada e muta��es de heran�a familiar s�o os principais fatores de risco para a doen�a. De acordo com a especialista, pacientes com hist�rico familiar de c�ncer de mama e ov�rio precisam ser investigadas para averiguar uma muta��o gen�tica, que, quando identificadas representam uma maior probabilidade para o desenvolvimento da neoplasia.
Nesses casos, pode-se discutir a realiza��o da cirurgia profil�tica, a "salpingooforectomia e mastectomia bilaterais", para a retirada dos ov�rios e mamas preventivamente. Contudo, a tomada de decis�o para a realiza��o deste tipo de procedimento envolve an�lise de diversos profissionais que acompanhar�o o caso (oncologista, ginecologista, cirurgi�o e geneticista, por exemplo).
Entre outros fatores de risco associados ao c�ncer de ov�rio, est�o uma maior exposi��o a horm�nios (menarca precoce ou menopausa tardia), pacientes sem filhos(nuliparidade) e s�ndromes gen�ticas como a S�ndrome heredit�ria de c�ncer de mama e ov�rio e a s�ndrome de Lynch, condi��o gen�tica heredit�ria que aumenta o risco de desenvolver tumores como o de c�lon, endom�trio e outras neoplasias.
Uma vez identificada a doen�a, o tratamento depender� do est�gio em que ela se encontra, no entanto, na maioria dos casos, � necess�ria a realiza��o de cirurgia seguida por algum tipo de quimioterapia acompanhada de uma terapia de manuten��o, com uso de medicamentos orais, ou at� mesmo a 'quimio' isolada. "Tudo � discutido caso a caso, de acordo com o perfil da paciente. Sempre � recomendada uma avalia��o de um oncologista para a escolha do tratamento ideal", ressalta Daniella.
Preven��o
Como a doen�a � dif�cil de ser identificada logo no in�cio e muitas vezes se desenvolve de forma silenciosa, Daniella Pimenta afirma ser essencial que as mulheres fiquem atentas a qualquer altera��o no corpo e observem a presen�a de fatores de risco. "Al�m disso, devem manter uma alimenta��o balanceada, rotina de exerc�cios e controle do peso. Esses h�bitos saud�veis ajudam, inclusive, a prevenir outros tipos de c�nceres".
Segundo aponta a especialista, tamb�m � imprescind�vel manter o acompanhamento m�dico peri�dico, principalmente a partir dos 50 anos. "Se h� casos da doen�a na fam�lia, o ideal � procurar um profissional m�dico para orienta��es acerca de op��es de rastreamento e preven��o", refor�a.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Ellen Cristie.