
A hipertens�o arterial, popularmente conhecida como press�o alta, � considerada um dos principais fatores de risco para doen�as cardiovasculares, renais e at� mesmo neurol�gicas.
A circula��o sangu�nea tem uma press�o normal de 120 x 80 mmHg. Quando essa press�o aumenta, alcan�ando um �ndice maior ou igual a 140 x 90 mmHg, por tempo prolongado, caracteriza-se como hipertens�o.
Os sintomas tendem a aparecer apenas nos est�gios mais avan�ados como, enjoo, tonturas, cansa�o excessivo, vis�o emba�ada, dificuldade para respirar ou dor no peito e, se n�o tratados adequadamente, podem evoluir para outras doen�as.
M�dicos especialistas da Doctoralia - maior plataforma de sa�de do mundo, apresentam os principais problemas consequentes da press�o arterial alta.
AVC
De acordo com o neurologista Carlos Henrique Carneiro, a hipertens�o pode contribuir para v�rios tipos de AVC. Com o aumento da press�o e a incapacidade de dilata��o das art�rias da cabe�a, amplia-se o risco de entupimentos. A consequ�ncia pode ser obstru��o ou rompimento de vasos sangu�neos no c�rebro.
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Insufici�ncia Renal
A hipertens�o arterial pode acometer as art�rias renais e fazer com que os rins percam, progressivamente, a fun��o, levando ao quadro de insufici�ncia renal. Segundo o nefrologista Carlos Eji Koga, no est�gio inicial, a insufici�ncia renal n�o costuma apresentar sinais: "� o que chamamos de doen�a silenciosa. J� em casos mais avan�ados, os sintomas est�o relacionados � diminui��o do volume de urina, n�useas e v�mito, altera��o do h�lito, espuma na urina e reten��o de l�quido".
Pacientes com hipertens�o mal controlada, com fator de risco, problemas card�acos, diabetes, obesidade, sedentarismo, e doen�as gen�ticas, como pedras nos rins, t�m maior propens�o para a fal�ncia renal.
Infarto
A hipertens�o arterial � um dos maiores fatores de risco para o processo inflamat�rio cr�nico das paredes das art�rias com ac�mulo de colesterol, plaquetas, fibrinas, c�lcio e restos celulares que leva � forma��o de placas enrijecidas e reduz a elasticidade. Consequentemente, os vasos sangu�neos s�o obstru�dos e podem levar ao infarto.
Por isso, pacientes com fatores de risco como diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade, predisposi��o gen�tica e a hipertens�o arterial mal controlada devem prestar aten��o aos sinais. "O infarto costuma se apresentar com dor tor�cica em aperto ou press�o que piora aos esfor�os e melhora no repouso, podendo tamb�m estar associado a falta de ar progressiva, enjoo, v�mitos, suor frio" alerta a cardiologista B�rbara Pires.
Arritmia
Outra doen�a cardiovascular que pode ser resultado da hipertens�o � a arritmia. Os principais sintomas s�o palpita��o, dor no peito, falta de ar, cansa�o, tontura e desmaio. J� o tratamento da arritmia vai depender dos sintomas, da gravidade e dos riscos de complica��o da arritmia.
Qualquer pessoa, independentemente da faixa et�ria e sexo, pode sofrer arritmia card�aca. No entanto, "a maioria das ocorr�ncias est� relacionada a quem apresenta doen�as card�acas pr�vias e que tem hist�rico dessas doen�as na fam�lia, como � o caso de pessoas com hipertens�o", ressalta a especialista B�rbara.
Insufici�ncia Card�aca
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertens�o e o entupimento das art�rias coron�rias, frequentemente associado � hipertens�o arterial, s�o respons�veis por mais da metade dos casos de insufici�ncia card�aca. "Quando a hipertens�o arterial � controlada, a longo prazo, a press�o elevada sobrecarrega o m�sculo card�aco, deixando-o cada vez mais fraco e com dificuldade para bombear o sangue em quantidade adequada para atender �s necessidades do corpo", conclui Pires.
O principal sintoma da insufici�ncia card�aca � o cansa�o ao realizar esfor�os habituais. Al�m disso, tamb�m pode apresentar incha�o nas pernas, dor ou desconforto no peito, dificuldade para dormir com a cabeceira baixa, despertar noturno devido � falta de ar.
Apesar de n�o ter cura, as chances de controle da hipertens�o s�o muito altas. Ent�o � fundamental manter um estilo de vida saud�vel, com alimenta��o balanceada e pr�tica de atividades f�sicas. O acompanhamento m�dico tamb�m � importante para verificar se h� necessidade de tratamento medicamentoso.