Segundo a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), o AVC � a segunda principal causa de morte no mundo, respons�vel por cerca de 11% dos �bitos. A Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS) revela que a hipertens�o � um fator de risco muito comum de acidentes vasculares cerebrais, mas o coordenador do Servi�o de Neurologia do Hospital Vila da Serra, Daniel Isoni Martins, frisa que diabetes, tabagismo, dislipidemia (aumento do colesterol), doen�as card�acas, consumo de bebida alco�lica, sedentarismo e idade tamb�m podem favorecer o AVC.
"Os tipos de AVC mais frequentes s�o o isqu�mico, em 85% dos casos, provocado pela falta de sangue devido ao entupimento do vaso que leva o sangue a determinada regi�o do c�rebro; e o hemorr�gico, que responde por 15% dos quadros, quando falta sangue e fluxo sangu�neo por ruptura de um vaso", elucida Martins.
O m�dico faz um alerta: a preval�ncia do AVC est� aumentando, principalmente nos pa�ses de baixa e m�dia renda. "S�o regi�es carentes de falta de controle dos fatores de risco e de acentuado envelhecimento populacional, condi��es que exercem press�o adicional no n�mero absoluto de pessoas que ter�o um AVC", explica.
De acordo com o neurologista, os sintomas do AVC s�o s�bitos, da� a import�ncia de adotar medidas preventivas. Os sinais envolvem:
- Perda de for�a em um membro.
- Altera��o s�bita da linguagem (dificuldade para falar, fala arrastada, embolada, dificuldade de se expressar ou at� mesmo entender o que est� sendo dito, o que se passa a seu redor).
- Desvio de comissura labial (boca torta).
- Tontura, perda visual e cefaleia (dor de cabe�a) moment�neas.
- Perda do equil�brio, da coordena��o motora, dentre outros.
"� fundamental dar aten��o � sa�de de uma maneira geral. Fa�a um controle de peso, pratique atividade f�sica regular, controle a press�o, glicose e o colesterol, abandone o tabagismo e o etilismo, reduza estresse. Quando necess�rio, o m�dico indica medica��es espec�ficas", orienta.
Em caso de suspeita, o especialista recomenda se dirigir imediatamente para um hospital e n�o para a UPA. "N�o h� nada que o acompanhante do paciente possa fazer at� o atendimento m�dico, pois o tratamento s� poder� ser definido na chegada ao hospital. Quanto mais r�pido o paciente chegar, maiores ser�o as chances de um tratamento adequado e eficaz. At� quatro horas e meia a medica��o ajuda a desentupir a circula��o em caso de isquemia. At� seis horas ap�s o dano, o vaso pode ser desobstru�do via cateterismo", informa.
As sequelas do acidente vascular cerebral consistem em problemas cognitivos (mem�ria, racioc�nio, orienta��o, c�lculo, aten��o etc.), motores, equil�brio, na fala, degluti��o, visuais, urin�rios (urina solta ou presa). "Por vezes os danos podem ser mais graves, levando o indiv�duo � restri��o no leito, sem poder andar, sentar-se, comunicar-se, engolir", finaliza o m�dico.