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Estado de Minas CORA��O SAUD�VEL

Hipertens�o arterial: press�o alta � silenciosa e amea�a cora��o

Hipertens�o � o aumento da press�o sangu�nea nas art�rias. Quando n�o controlada, pode causar les�es pelo corpo


26/04/2022 14:22 - atualizado 26/04/2022 15:28

Idosa medindo a pressão
Evite a m� alimenta��o, o estresse e o sedentarismo (foto: Freepik/Divulga��o )

Um dos grandes problemas enfrentados pela atual gera��o adulta passa pela press�o, estresse e imediatismo nas tarefas do dia a dia e isso � um grande fator que pode aumentar, ainda mais, casos de hipertens�o. Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de S�o Paulo (Socesp), aproximadamente 33% da popula��o adulta e 65% da popula��o idosa no Brasil sofrem de hipertens�o e apenas 20% controlam a evolu��o da doen�a regularmente.

 

O cardiologista do Hospital Semper, Rodrigo Lanna, explica que a hipertens�o � uma condi��o cr�nica caracterizada por uma press�o arterial maior ou igual a 140 x 90 mmHg, que se mant�m em v�rias medi��es, de forma persistente, feitas em dias diferentes. Em condi��es normais, o �ndice fica em 120 x 80 mmHg. "Esse aumento da press�o arterial ocorre quando os vasos sangu�neos ficam mais r�gidos e perdem a elasticidade, o que faz com que o cora��o precise fazer mais for�a para bombear o sangue por todo o corpo", explica.

 

Respons�vel por 45% das mortes relacionadas a doen�as cardiovasculares, a hipertens�o tem sintomas que, apesar de poucos frequentes, podem surgir quando a press�o � muito superior � normal, incluindo enjoos, tonturas, cansa�o excessivo, vis�o emba�ada, dificuldade para respirar ou dor no peito, por exemplo. "Tal aumento na press�o das art�rias pode levar � m�-condu��o do sangue para os chamados "�rg�os-alvo", como o cora��o, rins, retina e at� mesmo o c�rebro. As vezes as les�es causadas vir�o no futuro", acrescenta o m�dico.

 

Por se tratar de uma doen�a multifatorial, ou seja, n�o existe apenas uma causa para o aparecimento da enfermidade, a grande maioria dos casos s�o de hipertens�es prim�rias, nas quais a pessoa se torna hipertensa por diferentes fatores. Casos menos frequentes, esclarece o especialista, trata-se de hipertens�es secund�rias, as vezes causadas por alguma doen�a renal ou problemas end�crinos.

 

Dentre os fatores principais que causam a doen�a, est�o a gen�tica (pessoas com familiares pr�ximos hipertensos possuem maior probabilidade de adquirirem a comorbidade), obesidade e alimenta��o rica em s�dio. "� muito dif�cil saber o porqu� dessa heran�a gen�tica. Devido a nossa miscigena��o e diversidade de genes. O que sabemos � que o componente familiar � importante, muitas vezes, independente disso, devemos controlar aqueles fatores de risco que s�o control�veis como o excesso de peso e ingesta de sal", completa Lanna.

 

O tratamento da hipertens�o acontece, na grande maioria dos casos, por meio de medicamentos, por�m, Rodrigo destaca a import�ncia de uma vida saud�vel aliada �s terapias medicamentosas. "� importante mudar os h�bitos desse paciente, alguns fatores n�o s�o modific�veis, mas outros como dieta e atividade f�sica devem ser colocados em primeiro lugar", salienta.

 

� importante entender que a mudan�a de h�bitos de vida serve n�o apenas como tratamento, mas tamb�m como meio de preven��o � doen�a, que junto do diabetes, � um dos principais fatores de risco para a sa�de no Brasil. "� importante se conscientizar para se prevenir", finaliza o cardiologista.

 

Emagrecimento x press�o alta

 

O recente estudo brasileiro - "Gateway", realizado no Hospital do Cora��o (HCor), em S�o Paulo e apresentado no Congresso da Associa��o Americana de Cardiologia (AHA 2019), na Philadelphia, EUA - apontou que a cirurgia bari�trica pode ser um m�todo mais eficaz, para pacientes obesos e hipertensos, do que o uso isolado de medicamentos. Participaram do estudo 100 pessoas, das quais 50 foram submetidas a cirurgia de redu��o do est�mago (Bypass g�strico) e a outra metade continuou com o tratamento cl�nico.

 

Coordenado pelo cirurgi�o bari�trico Carlos Aur�lio Schiavon, a pesquisa constatou que a cirurgia bari�trica foi respons�vel pela remiss�o da hipertens�o em 40,9% dos pacientes operados e avaliados ap�s um per�odo de tr�s anos. Eles mantiveram a press�o controlada sem o uso de medicamentos. J� os pacientes submetidos ao tratamento cl�nico, a remiss�o foi de 2,5%.

 

Ainda de acordo com o estudo, 72,7% dos pacientes operados reduziram em pelo menos 30% o n�mero de medica��es que utilizavam antes da cirurgia. Enquanto isso, do grupo em tratamento cl�nico, apenas 12,5% conseguiram reduzir o n�mero de medicamentos tomados, salientando que, a m�dia desses pacientes estava tomando tr�s vezes mais medica��es anti-hipertensivas, cinco vezes mais estatinas para o controle do colesterol e oito vezes mais medicamentos para o diabetes ao fim do terceiro ano de avalia��o.

 

Schiavon explica que, al�m de controlar a press�o arterial, o tratamento cir�rgico apresentou resultados otimistas em todos os par�metros metab�licos e inflamat�rios. "Ap�s tr�s anos de monitoramento, os pacientes operados apresentaram excelentes resultados no controle da glicemia, do LDL-colesterol [colesterol ruim], dos triglic�rides e do IMC. Esses resultados do Gateway se somam aos grandes estudos mundiais que mostram os enormes benef�cios da cirurgia bari�trica e metab�lica e que transcendem a perda de peso, resultando na remiss�o do diabetes tipo 2, da hipertens�o arterial, entre outros aspectos".

 

Luciano Drager, cardiologista que participou da pesquisa, chama a ten��o para o fato de que a obesidade aumenta em at� 4 vezes as chances de um indiv�duo ser hipertenso e de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, problemas renais e Diabetes Tipo 2. Ele alerta que, mesmo com a remiss�o da hipertens�o, os pacientes devem monitorar a doen�a. "Precisamos lembrar que a hipertens�o n�o apresenta sintomas, � uma doen�a silenciosa", concluiu o especialista.


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