raios saem de uma cabeça de mulher

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de, cerca de 5% da popula��o ter� ao menos uma crise epil�ptica na vida

Gerd Altmann/Pixabay
Perder a consci�ncia, ter abalos musculares e os olhos voltados para cima s�o sintomas realmente assustadores, e, por isso, acabam gerando muitas d�vidas e alguns mitos, quando algu�m sofre uma crise convulsiva. E uma das grandes quest�es �: ser� que ter uma convuls�o significa o mesmo que ter epilepsia?

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 5% da popula��o ter� ao menos uma crise epil�ptica na vida. Isso ressalta a import�ncia de falar sobre o assunto, desmistificando alguns pontos. Sendo assim, Nat�lia Longo, neurologista pela Santa Casa de S�o Paulo e neurofisiologista pelo HCFMUSP, explica as diferen�as entre convuls�o e epilepsia.

“A epilepsia � uma condi��o neurol�gica que ocorre devido a uma altera��o na passagem de informa��o entre os neur�nios, que s�o a principal c�lula do sistema nervoso e funcionam transmitindo os impulsos el�tricos do c�rebro. Ent�o, quando esses neur�nios n�o trabalham bem, desencadeiam descargas el�tricas excessivas ou anormais, que podem ou n�o vir acompanhadas de quadros de crise convulsiva, ou seja, nem todos as pessoas que t�m epilepsia, t�m crises epil�pticas iguais as crises convulsivas que conhecemos, pois est� altera��o pode ocorrer em qualquer lugar do c�rebro, resultando em manifesta��es diferentes”, esclarece.
Algumas vezes, a pessoa pode simplesmente ficar com os olhos fixos e n�o conseguir se comunicar, em outras, n�o consegue controlar alguns movimentos do corpo e, em alguns casos, acaba perdendo a consci�ncia e desmaiando.

J� a convuls�o � um tipo de crise mais forte de epilepsia que tecnicamente � conhecida pelos m�dicos como crise t�nico-cl�nico generalizada, em que o paciente perde a consci�ncia e afeta a atividade motora, causando uma contratura involunt�ria da musculatura e provocando movimentos desordenados. Por ser um quadro intenso, onde realmente ocorre uma falha na transmiss�o el�trica do c�rebro, a pessoa acaba tendo saliva��o excessiva, contratura muscular intensa, abalos grosseiros dos membros e at� libera��o de urina.


Les�es estruturais, como AVC


Uma das causas de epilepsia est� relacionada a les�es estruturais, como AVC, tamb�m conhecido como derrame, � falta de oxigena��o no c�rebro durante o parto ou a gesta��o e � m� forma��o cerebral. Outros fatores podem gerar crises de convuls�es isoladas como � o caso de infec��es, baixa de glicose e quadros de febre.
 
Para Nat�lia Longo em todos os casos, o mais importante � saber como reagir em momentos de crise. O que pode fazer toda a diferen�a para a sa�de da pessoa afetada.

“Quando algu�m est� convulsionando, o ideal � manter a calma e cuidar para que a pessoa n�o se machuque. Ent�o, recomendamos que o paciente seja colocado deitado de lado para evitar que se sufoque com a pr�pria saliva, afastar objetos que estejam por perto e a cabe�a seja apoiada em uma superf�cie macia para evitar les�es ou protegida para evitar traumas. Quem estiver ajudando, nunca deve colocar a m�o na boca da pessoa. Isso � um mito ainda muito comum. O melhor � esperar a crise passar e aguardar o paciente a recobrar sua consci�ncia. Caso, seja um fato in�dito no hist�rico m�dico dele, buscar atendimento imediato”, orienta.