(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Nova subvariante da �micron consegue escapar mais de anticorpos; saiba como se proteger

A nova linhagem � respons�vel pelo recente aumento de casos nos EUA e na Europa e j� foi identificada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul


08/11/2022 10:01 - atualizado 08/11/2022 10:58

DNA com vírus
A melhor forma de conseguir manter em alta o n�mero de anticorpos, apontam os m�dicos, � seguir a vacina��o completa contra COVID-19, incluindo todas as doses de refor�o recomendadas (foto: Pixabay)
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A chegada da subvariante �micron BQ.1 ao Brasil gera preocupa��o em especialistas por sua capacidade de escapar de anticorpos e amplia a import�ncia das doses de refor�o.

A nova linhagem � respons�vel pelo recente aumento de casos nos Estados Unidos e na Europa e j� foi identificada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

 

"Ela consegue fugir dos anticorpos, tanto produzidos por quem se vacinou quanto pela infec��o natural, o que aumenta a capacidade dela de causar infec��o", diz Alberto Chebabo, presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

O infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Junior, gerente m�dico do Hospital Infantil Sabar�, explica que a subvariante apresenta uma modifica��o no formato da prote�na reconhecida pelos anticorpos, dificultando seu encaixe e, consequentemente, sua efic�cia no combate ao invasor.

 

 

 

"Imagine c�pias de chave. Se o chaveiro n�o faz uma chave exatamente igual, �s vezes, a c�pia at� consegue abrir a fechadura, mas ela abre com um pouco mais de dificuldade e, dependendo da altera��o, nem entra na fechadura. � isso que vai caracterizando as muta��es, s�o pequenas mudan�as nesse mecanismo de encaixe", comenta.

 

Ap�s semanas sem registro de COVID-19, o Sabar� atendeu recentemente 14 crian�as com a doen�a, oito delas entre os dias 26 de outubro e 1º de novembro.

 

Leia tamb�m: BQ.1: o que se sabe sobre variante da �micron descoberta no Brasil 

 

No caso da BQ.1, como os anticorpos t�m maior trabalho para se ligar ao v�rus, � preciso ter mais deles para um combate efetivo. "A vacina estimula a produ��o de anticorpos, mas depois de algum tempo essa produ��o come�a a cair e, como esse anticorpo n�o tem uma afinidade t�o boa com o v�rus, preciso de uma quantidade maior para compensar a defici�ncia nas liga��es", afirma Oliveira Junior.

 

E a melhor forma de conseguir manter em alta o n�mero de anticorpos, apontam os m�dicos, � seguir a vacina��o completa contra COVID-19, incluindo todas as doses de refor�o recomendadas.

 

"O esquema com duas doses n�o � suficiente para proteger completamente contra essas novas subvariantes exatamente por esse escape imune, pelas muta��es que elas t�m", refor�a Chebabo.

 

Em declara��o publicada no fim de outubro, o grupo consultivo da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de) sobre evolu��o do v�rus Sars-CoV-2 reuniu informa��es sobre duas novas subvariantes da �micron: XBB e BQ.1. Para os especialistas, elas n�o divergem o suficiente para ganhar um novo r�tulo ou modificar a forma como a COVID-19 vem sendo enfrentada, mas a situa��o ser� regularmente reavaliada.

 

De acordo com a OMS, a XBB e suas derivadas s�o uma recombina��o das sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75 da �micron. No in�cio de outubro, elas tinham preval�ncia global de 1,3% e j� haviam sido detectadas em 35 pa�ses, entre eles Singapura e �ndia.

A BQ.1 e sua sublinhagem BQ.1.1, por sua vez, s�o provenientes da BA.5 e, h� um m�s, tinham preval�ncia de 6% e registro em 65 pa�ses. No documento, a OMS chama aten��o para as muta��es dessas subvariantes e o escape imune, mas indica n�o haver dados que sugiram aumento na gravidade da doen�a.

 

Para Chebabo e Oliveira Junior, a maior preocupa��o neste no momento no Brasil � com as crian�as. Cidades como o Rio de Janeiro suspenderam a vacina��o com Coronavac em crian�as de 3 e 4 anos por falta de doses e levantamento do jornal Folha de S.Paulo divulgado nesta segunda-feira (7) mostra que apenas 13,9% dos meninos e meninas nessa faixa et�ria iniciaram a trajet�ria vacinal.

 

Para aqueles que t�m de seis meses a tr�s anos, a Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) liberou a vacina��o com o imunizante da Pfizer e, apesar de o primeiro lote j� ter chegado ao pa�s, a vacina��o n�o foi iniciada.

 

"� importante que o Minist�rio da Sa�de disponibilize rapidamente essas vacinas para toda a popula��o pedi�trica, porque hoje, junto com os imunodeprimidos, � a de maior risco", defende Chebabo.

 

"Estamos incorrendo numa falha tremenda porque estamos deixando de proteger um contingente consider�vel, que tem a chance de se infectar e de evoluir com gravidade", ressalta Oliveira Junior, lembrando que a doen�a pode levar � SIM-P (S�ndrome Inflamat�ria Multissist�mica Pedi�trica), � COVID longa e mesmo � morte das crian�as.

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS

 

Era esperada a chegada da subvariante BQ.1 ao Brasil?

Sim. Com o aumento de casos nos Estados Unidos e na Europa e a facilidade de locomo��o, era iminente a chegada da BQ.1 ao Brasil.

 

Quais s�o os sintomas da subvariante?

Assim como outras subvariantes da �micron, a BQ.1 pode causar febre, coriza, sintomas gastrointestinais, dor no corpo, dor de cabe�a, dor de garganta e rouquid�o.

 

Como se proteger?

Tomar todas as doses de vacina recomendadas para sua faixa et�ria, incluindo as doses de refor�o, � a melhor forma de prote��o. Al�m disso, � importante intensificar a higieniza��o das m�os e, no caso de idosos e pessoas imunodeprimidas, usar m�scara em locais fechados ou com aglomera��o.

 

Como proteger as crian�as que ainda n�o t�m vacina dispon�vel?

Evite lev�-las para ambientes fechados ou com aglomera��o, como supermercados, shoppings e restaurantes, e caso seja poss�vel fuja tamb�m do transporte p�blico.

 

Visitas de familiares e amigos com sintomas respirat�rios devem ser adiadas e vale refor�ar para todos a import�ncia da higieniza��o das m�os antes do contato com a crian�a. Caso ela v� para a creche, conhe�a o funcionamento da unidade, verifique se h� pontos adequados para higieniza��o das m�os e se os profissionais est�o orientados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)