
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um levantamento in�dito feito junto a Cart�rios de Registro Civil de todo o Brasil revela que o n�mero de mortes registradas no pa�s ainda n�o retornou ao patamar anterior � chegada da COVID-19. At� outubro deste ano, o �ndice de �bitos foi 12,7% maior do que o observado no mesmo per�odo de 2019.
De acordo com a Associa��o Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que re�ne os dados em seu Portal de Transpar�ncia do Registro Civil, o dado sugere que os efeitos da COVID-19 ainda podem ser sentidos por pessoas com sequelas ou enfraquecidas pela doen�a.
Um indicativo dessa hip�tese seriam as mortes por pneumonia, que tiveram um aumento de 33,6% entre janeiro e outubro deste ano, quando comparadas ao mesmo per�odo de 2021.
Leia tamb�m: SRAG: entenda a doen�a que causou a morte de Isabel do v�lei
Com o aumento da vacina��o e a redu��o da taxa de transmiss�o do v�rus, a COVID-19 deixou de liderar o ranking de mortes por doen�as no pa�s, registrando at� agora uma queda de 88% em rela��o ao ano passado. Mas o aumento de �bitos por outras doen�as acende o sinal amarelo.
Al�m da pneumonia, o levantamento da Arpen-Brasil aponta para a ocorr�ncia expressiva de mortes por S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG), que pode ser provocada por diversos v�rus.
Ainda que tenha ocorrido uma redu��o de 43,9% em rela��o ao mesmo per�odo de 2021, o �ndice de �bitos por SRAG em 2022 se mant�m elevado quando comparado a 2019: naquele ano, foram contabilizadas 1.298 mortes causadas pela s�ndrome. J� nos primeiros dez meses deste ano, elas somam 6.596.
"Os n�meros dos Cart�rios de Registro Civil mostram mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a popula��o brasileira. Embora haja uma diminui��o nos �bitos por COVID-19, notamos crescimento de �bitos de outras doen�as [que podem estar relacionadas a ela]", afirma o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.
O Portal de Transpar�ncia do Registro Civil � abastecido em tempo real com atos de nascimentos, casamentos e �bitos praticados por 7.658 cart�rios de todos os munic�pios brasileiros.
Embora n�o tenha retornado ao patamar de 2019 e seja parecido com os registros de 2020, o n�mero de �bitos nos dez primeiros meses deste ano ca�ram em rela��o a 2021, quando o pa�s alcan�ou os piores n�meros da COVID-19.
Em compara��o com o ano passado, quando morreram 1.519.511 pessoas entre janeiro e outubro, houve uma redu��o de 17,8% no n�mero total de �bitos por toda e qualquer causa, inclusive acidentes. No mesmo per�odo de 2022, morreram 1.247.819 pessoas no Brasil.