Supermicróbios

Supermicr�bios

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At� 2050, cerca de 10 milh�es de mortes ao ano podem ser registradas no mundo em raz�o do surgimento e da propaga��o de supermicr�bios – cepas de bact�rias que se tornam resistentes a antibi�ticos conhecidos.

O alerta � do Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que defende reduzir a polui��o gerada pelos setores farmac�utico, agr�cola e de sa�de como estrat�gia essencial para combater a chamada resist�ncia antimicrobiana. 

 

De acordo com o relat�rio , divulgado hoje (7) pela entidade, o custo econ�mico da resist�ncia antimicrobiana poderia resultar em uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) global de pelo menos US$ 3,4 trilh�es de d�lares at� 2030, empurrando 24 milh�es de pessoas para a extrema pobreza.

 

Preparando-se para os supermicr�bios: fortalecendo a a��o ambiental na resposta � resist�ncia antimicrobiana pela abordagem de sa�de �nica

 

 

O documento destaca que os supermicr�bios j� causam s�rio impacto na sa�de humana, de animais e de plantas e defende uma resposta multisetorial de sa�de. “Devemos permanecer focados em reverter a mar� nesta crise, aumentando a conscientiza��o e colocando este assunto de import�ncia global na agenda das na��es”, destacou a presidente do Grupo de Lideran�as Globais sobre Resist�ncia Antimicrobiana, Mia Amor Mottley.

Entenda

De acordo com o Pnuma, o desenvolvimento e a propaga��o dos supermicr�bios acontece quando medicamentos antimicrobianos usados para prevenir e tratar infec��es em humanos, animais e plantas perdem sua efic�cia e a medicina moderna, consequentemente, perde sua capacidade de tratar at� mesmo infec��es leves.

A resist�ncia antimicrobiana aparece na lista da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) como uma das dez principais amea�as globais � sa�de. Em 2019, 1,27 milh�es de mortes foram atribu�das diretamente a infec��es resistentes a medicamentos em todo o mundo, enquanto 4,95 milh�es foram associadas � resist�ncia antimicrobiana.

“A tripla crise planet�ria implica em temperaturas mais altas e padr�es clim�ticos extremos, mudan�as no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como polui��o biol�gica e qu�mica. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a dissemina��o da resist�ncia antimicrobiana”, destacou o Pnuma.

"A polui��o do ar, do solo e dos cursos d'�gua mina o direito humano a um ambiente limpo e saud�vel. Os mesmos fatores que causam a degrada��o do meio ambiente est�o agravando o problema da resist�ncia antimicrobiana. E os impactos da resist�ncia antimicrobiana podem destruir nossa sa�de e nossos sistemas alimentares", avaliou a diretora-executiva da entidade, Inger Andersen.

A��es

Dentre o conjunto de medidas sugeridas pelo relat�rio para o enfrentamento dos supermicr�bios est�o:

  • Multiplicar os esfor�os globais para melhorar a gest�o integrada dos recursos h�dricos, como promover o abastecimento de �gua, o saneamento e a higiene;
  • estimular que pa�ses integrem um enfoque ambiental aos planos de a��o em n�vel nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gest�o de res�duos e polui��o por qu�micos e planos de a��o em mat�ria de biodiversidade nacional e planejamento frente � mudan�a clim�tica;
  • estabelecer padr�es internacionais relativos a indicadores microbiol�gicos adequados de resist�ncia antimicrobiana a partir de amostras ambientais;
  • explorar op��es para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustent�vel, incluindo a aloca��o de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicr�bios;
  • refor�ar o monitoramento e a vigil�ncia ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evid�ncias que fundamentem melhores interven��es.
  • “A resist�ncia antimicrobiana requer uma resposta de sa�de �nica que reconhe�a que a sa�de das pessoas, dos animais, das plantas e do meio ambiente est�o intimamente ligados e s�o interdependentes. A preven��o est� no centro da a��o necess�ria para deter o surgimento da resist�ncia antimicrobiana e o meio ambiente � uma parte fundamental da solu��o”, concluiu o relat�rio.