mosquito da dengue

O Aedes aegypti � o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Menor do que os mosquitos comuns, o ru�do que produz � praticamente inaud�vel ao ser humano

41330/ Pixabay

S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Qdenga, nova vacina utilizada para preven��o da dengue, deve chegar ao Brasil somente no segundo semestre deste ano. Fabricada pela Takeda, ela foi aprovada no in�cio deste m�s pela Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) para ser comercializado no Brasil.

 

O imunizante tem quatro diferentes sorotipos do v�rus causador da doen�a, conferindo assim uma ampla prote��o. Destinado ao p�blico de 4 a 60 anos, ele � aplicado em esquema de duas doses, com intervalo de tr�s meses entre elas.

 

Segundo Vivian Lee, diretora-executiva de assuntos m�dicos da Takeda Brasil, a previs�o estimada para o produto estar em unidades de sa�de do pa�s leva em considera��o tr�mites necess�rios para a sua comercializa��o.

 

Depois da aprova��o da Anvisa, outra etapa se d� na CMED (C�mara de Regula��o do Mercado de Medicamentos), que define o valor m�ximo de medicamentos. Por enquanto, n�o h� estimativa de quanto a dose deve custar.

 

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Lee diz que a vacina j� foi submetida � c�mara e que agora � necess�rio aguardar. Segundo a diretora, essa etapa normalmente dura em torno de tr�s meses, por�m existe a possibilidade de levar mais tempo.

Na perspectiva mais otimista, de o processo durar tr�s meses, Lee observa que a vacina deve estar dispon�vel no Brasil no segundo semestre deste ano.

Distribui��o na rede privada

 

Segundo Lee, a farmac�utica tem capacidade de distribuir a vacina no setor privado no pa�s, mas os pedidos ainda n�o foram feitos pelas cl�nicas por ainda n�o haver o valor definido do f�rmaco. "N�o temos recebido negocia��o porque n�o temos a defini��o do pre�o na CMED", afirma a diretora.

 

Tamb�m existe o interesse de levar o imunizante para o SUS, at� por causa do impacto da dengue no Brasil. S� no ano passado houve mais de mil mortes.

 

Para um f�rmaco ser adicionado � rede p�blica de sa�de, � necess�rio que ele passe antes pela avalia��o da Conitec (Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias no SUS).

 

"Nessa an�lise, a Conitec considera aspectos como efic�cia, efetividade, seguran�a e impacto econ�mico da nova tecnologia com base nas melhores evid�ncias cient�ficas dispon�veis", afirmou o Minist�rio da Sa�de em nota � Folha de S.Paulo.

 

No caso da Qdenga, a pasta tamb�m afirma que "a inclus�o da vacina para controle da dengue no SUS � prioridade". No momento, a defini��o do pre�o pela CMED � aguardada para que a vacina seja ent�o analisada pela Conitec.

 

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Uma vantagem da vacina � que ela pode ser utilizada tanto em pessoas que j� tiveram dengue quanto naquelas sem hist�rico da doen�a.

Em estudos, observou-se boa capacidade de defesa contra a infec��o. Em avalia��o cl�nica, ap�s 12 meses da aplica��o, a efic�cia geral foi de 80,2% contra a dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos que causam a doen�a.

 

"A demonstra��o da efic�cia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, estudo de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em pa�ses end�micos para dengue com o objetivo de avaliar a efic�cia, seguran�a e imunogenicidade da vacina", disse a Anvisa, em nota, sobre a aprova��o do imunizante.

 

No Brasil, h� outro imunizante, fabricado pela Sanofi Pasteur, que age contra a infec��o, mas s� � indicado para aqueles que j� apresentaram a doen�a. Essa vacina s� est� dispon�vel na rede privada.