Apesar de ter sido feito para controlar o tabagismo, os cigarros eletr�nicos viraram moda entra aqueles que nunca fumaram o cigarro convencional
No Brasil, a busca por ‘cigarro eletr�nico’ aumentou mais de 1.150%. j� os termos ‘vape eletr�nico’ e ‘cigarro eletr�nico vape’ tiveram alta na procura em mais de 550% e mais de 650%, respectivamente, em todo o pa�s.
Apesar de seu uso ser proibido pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) desde 2009, mais de 2 milh�es de adultos utilizam cigarros eletr�nicos no Brasil e a expectativa � de que esse n�mero cres�a ainda mais este ano, segundo pesquisa feita pela Intelig�ncia em Pesquisa e Consultoria Estrat�gica (Ipec).
Do glamour aos alertas
Dos anos 1920 aos anos 1950, a forte parceria entre a ind�stria cinematogr�fica e as empresas de tabaco — que pagavam para seus ma�os e cigarros aparecerem nas grandes telas — pode ter sido um importante fator para o grande consumo de cigarros no s�culo 20.
Figuras elegantes como Humphrey Bogart ou Greta Garbo fumando em diversos de seus filmes glamourizaram o ato no imagin�rio popular, consequentemente, aumentando o consumo, e enquanto isso, Hollywood e as empresas lucravam.
Com as descobertas sobre seus malef�cios, os cigarros pararam de fazer parte das grande produ��es e seus ma�os sofisticados passaram a conter imagens gr�ficas e alertas s sobre as consequ�ncias de seu uso.
Entretanto, o consumo de cigarros eletr�nicos, cujo prop�sito seria controlar o tabagismo, v�m crescendo cada vez mais, inclusive na m�dia. Na s�rie Euphoria, uma das mais populares entre os jovens, n�o � dificil ver alguns dos personagens principais fazendo uso dos vaporizadores.
Mercado ilegal
O mercado dos cigarros eletr�nicos funciona de forma totalmente ilegal no Brasil, o que impede os consumidores de saber o que est�o inalando, al�m de n�o haver a possibilidade de responsabiliza��o.
Alessandra Bastos, farmac�utica, ex-diretora da Anvisa e consultora da British American Tobacco (BAT), refor�a a necessidade de maior vigil�ncia. “Para que a fiscaliza��o seja aumentada, � necess�rio que sejam implementadas regras sanit�rias, para que haja maior transpar�ncia sobre seus conte�dos e riscos.”
Sobre o uso crescente entre os consumidores jovens, a especialista afirma que a utiliza��o desses produtos � feita primeiramente por desinforma��o. "Eles desconhecem os riscos de inalarem produtos cuja preced�ncia n�o � informada, por conta de sua ilegalidade.”
Grande parte dos brasileiros que consomem esse produto n�o tem conhecimento sobre sua comercializa��o, que � proveniente de contrabando: "Sem uma regulamenta��o que estabele�a as regras para comercializa��o, fabrica��o, comunica��o e conte�do desses produtos, todos esses consumidores est�o expostos a produtos ilegais e desconhecem quem s�o os fabricantes ou qual � a composi��o real desses dispositivos", acrescentou Dra. Alessandra.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine