Sombra de uma criança na parede

Sombra de uma crian�a na parede

Pixabay/Divulga��o
A s�ndrome de Sanfilippo, popularmente conhecida como Alzheimer infantil, � um dist�rbio causado por uma muta��o que impede o metabolismo de degradar mol�culas de alguns tipos de a��car, causando falta da capacidade ou habilidade motora. Segundo a Organiza��o Mundial para Dist�rbios Raros (NORD), aqueles com a doen�a vivem em m�dia entre 15 e 20 anos, embora a morte possa ocorrer antes dos 10 anos. 

O pediatra e professor do curso de medicina do Centro Universit�rio de Jo�o Pessoa (Unip�), Bruno Leandro, explica que a doen�a, na verdade, n�o se trata de Alzheimer em si, mas de uma outra dem�ncia, que provoca perda de mem�ria, entre outras caracter�sticas.  

“� oficialmente conhecida por Niemann-Pick tipo C, por�m tamb�m �, por vezes, atribu�da a outras s�ndromes demenciais na inf�ncia, como a S�ndrome de Sanfilippo. A condi��o � rara e h� registros de que o Alzheimer infantil afeta menos de 1.000 crian�as no mundo todo. A doen�a ainda n�o tem cura e avan�a com o tempo; normalmente causa o aumento dos �rg�os, danos nos pulm�es, rigidez muscular, dem�ncia e dificuldade na fala”, completa o pediatra. 

Entretanto, h� uma grande distin��o entre o Alzheimer em adultos e crian�as.  A s�ndrome de Sanfilippo, ou mucopolissacaridose tipo III, � uma doen�a gen�tica rara que impacta a produ��o de enzimas. A condi��o afeta uma subst�ncia chamada glicosaminoglicanos nas c�lulas. J� o Alzheimer tem rela��o com um ac�mulo anormal de prote�nas: a tau e a beta-amiloide.  
 
 
“Na crian�a, come�a a aparecer logo na primeira inf�ncia, acompanhada geralmente de outras altera��es neurol�gicas como a epilepsia, convuls�es e at� mesmo altera��es em outros �rg�os do corpo. J� no adulto, � um dist�rbio neurol�gico progressivo, principalmente depois da sexta ou s�tima d�cada de vida com a acentua��o progressiva no decorrer da idade, sobretudo altera��es comportamentais”, analisa o m�dico.
 

De acordo com o pediatra, geralmente as descobertas do Alzheimer infantil s�o ao longo da primeira inf�ncia. “Basicamente, em todos os exames de rotina pr� natais n�o trazem altera��o e a crian�a tamb�m, por muitas vezes, n�o tem nenhuma mudan�a percept�vel ao nascimento. Mas ao longo dos primeiros anos de vida � que ela desenvolve essas s�ndromes conhecidas popularmente como Alzheimer infantil.” 

O pediatra recomenda que, em crian�as que j� t�m o diagn�stico de s�ndromes demenciais infantis, ï¿½ importante fechar o diagn�stico com exames espec�ficos e avalia��o do neurologista, que pode requerer avalia��o de outros especialistas. Um geneticista, por exemplo, pode observar qual a evolu��o natural da doen�a e tentar potencializar o lado saud�vel da crian�a, verificar quais s�o os �rg�os alvos e o comportamento que se mant�m �ntegro, mesmo ap�s a doen�a e as expectativas de tratamento. 

Existem alguns cuidados que � preciso ter com crian�as diagnosticadas com o Alzheimer infantil. “Medicamentos que podem atrasar ou diminuir os sintomas da s�ndrome s�o �timos cuidados, al�m de uma aten��o multidisciplinar, em conjunto com a equipe de terapia passional, psic�logos, fonoaudi�logos, nutricionistas e fisioterapeutas capazes de darem um suporte completo para essa crian�a e fam�lia.”