Homem branco com camisa social vendo seu reflexo sob efeito em fundo preto

O transtorno bipolar � uma doen�a cr�nica alterna mudan�as de humor, modificando suas atividades, rotinas e rela��o social.

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Nos dias de hoje, falar sobre tristeza e mau humor pode ser um desafio em uma sociedade que busca refletir constantemente vidas felizes, principalmente nas redes sociais, onde os likes s�o geralmente feitos para imagens de pessoas alegres e aparentemente sem problemas. No entanto, � importante estar atento aos sinais de que a sa�de mental n�o vai bem e cuidar das emo��es. O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (30 de mar�o) tem o objetivo de chamar a aten��o para a doen�a, levar informa��o � popula��o e eliminar o estigma social.

De acordo com a psic�loga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Camila Mendon�a, o transtorno bipolar � uma doen�a cr�nica alterna mudan�as de humor, modificando suas atividades, rotinas e rela��o social. "O estado emocional pode alterar entre tristeza e alegria, sendo representadas como depress�o e mania, esses epis�dios ocorrem de diferentes formas, de modo repentino ou como resultado de respostas a variados est�mulos. Pelo fato de apresentar dois extremos pode ser um tanto quanto desafiador realizar um diagn�stico preciso", explica a especialista.



Segundo a Associa��o Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milh�es de pessoas no mundo e os sintomas geralmente aparecem antes dos 30 anos, principalmente, entre 18 e 25 anos de idade. Para a especialista, o diagn�stico correto, o acompanhamento cl�nico, e o uso regular, quando necess�rio, das medica��es, a assist�ncia psicoterap�utica para o paciente e de seus familiares s�o determinantes para a efic�cia do tratamento.

"Os estigmas e preconceitos com transtornos psicol�gicos persistem em existir na sociedade, o que impacta diretamente no entendimento do paciente sobre sua condi��o e na confian�a para falar sobre o tema que o aflige. Portanto, � fundamental democratizar ainda mais essa tem�tica e tratar com empatia qualquer momento delicado compartilhado", pontua Mendon�a.

Veja alguns sintomas da doen�a na fase de euforia:
 

  • Sensa��o de extremo bem-estar;
  • Acelera��o do pensamento e da fala;
  • Agita��o e hiperatividade; 
  • Diminui��o da necessidade de sono;
  • Euforia ou irritabilidade;
  • Impulsividade;
  • Ideias de grandiosidade e sensa��o de "poder".

Sintomas caracter�sticos da fase de depress�o:

  • Altera��es de apetite com perda ou ganho de peso; 
  • Humor deprimido na maior parte dos dias; 
  • Apatia, perda de interesse ou prazer; 
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suic�dio;
  • Sentimento de culpa ou inutilidade;
  • Tend�ncia ao isolamento tanto social como familiar; 
  • Ansiedade e irritabilidade.

Para quem busca atendimento, o Sistema �nico de Sa�de (SUS) disponibiliza servi�os para pessoas em sofrimento ps�quico, por meio da Rede de Aten��o Psicossocial (RAPS), com Unidades B�sicas de Sa�de (UBS), onde geralmente come�a o cuidado em sa�de mental. Al�m dos Consult�rios de Rua, Centros de Aten��o Psicossocial (CAPS), Unidades de Acolhimento (adultos e infanto-juvenil) e servi�os hospitalares.