'As pessoas acham que a crian�a ou o adulto que tem diagn�stico de transtorno de espectro autista tem limita��es que, na verdade, eles n�o t�m. E ignoram que eles t�m muitas qualidades que n�o fazem ideia', disse Isabella Barcelos, neurogeneticista
A neurologista pedi�trica e neurogeneticista brasileira Isabella Peixoto Barcelos, m�dica do Hospital Pedi�trico da Filad�lfia, mais antiga institui��o de pediatria dos Estados Unidos, afirma que o preconceito sobre transtornos do espectro autista (TEA) est� associado � falta de informa��es. Nesse domingo (2), foi lembrado o Dia Mundial de Conscientiza��o sobre o Autismo.
“Muito do preconceito que se tem hoje vem da falta de conhecimento que ainda existe sobre autismo. As pessoas acham que a crian�a ou o adulto que tem diagn�stico de transtorno de espectro autista tem limita��es que, na verdade, eles n�o t�m. E ignoram que eles t�m muitas qualidades que n�o fazem ideia”, afirmou Isabella Barcelos, que destacou que, �s vezes, � poss�vel ter um estudante considerado grav�ssimo que, muitas vezes, demonstra ser mais inteligente que os demais da sala de aula.
“N�o existem todas essas limita��es que se pensa a princ�pio, que a pessoa � incapacitada, n�o pode ter uma vida emocional, n�o pode trabalhar. Pelo contr�rio. O objetivo � tornar essa pessoa o mais funcional poss�vel, que ela se desenvolva o m�ximo, dentro da potencialidade que ela carrega”, disse.
Segundo a m�dica, esse desenvolvimento � poss�vel com terapias adequadas. No entanto, adverte que, para chegar a esse n�vel de forma��o, terapeutas brasileiros precisam ter uma forma��o que inclua gradua��o, mestrado em terapia comportamental com, pelo menos, 1,5 mil horas pr�ticas.
“A terapia certa muda a vida dessas crian�as, levando-as a conviver em sociedade”, ponderou. Isabella Peixoto pretende criar um servi�o estruturado de autismo, quando retornar ao pa�s.
Comunica��o aumentativa e alternativa
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Ela diz que escrever na sua p�gina permitiu que obtivesse alguma independ�ncia financeira. A jovem faz ainda revis�es de textos e, “uma vez ou outra”, procura emprego formal. Embora seja uma pessoa mais calada, Alice Casimiro afirma ter opini�es pr�prias, desejos e vontades. E usa comunica��o aumentativa para complementar o que consegue expressar falando.
De acordo com as especialistas Maria L�cia Sartoretto e Rita Bersh, autoras do site Assistiva, a comunica��o aumentativa e alternativa valoriza a express�o do sujeito, a partir de outros canais de comunica��o diferentes da fala, como gestos, sons, express�es faciais e corporais. Eles podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opini�es, posicionamentos, tais como: sim, n�o, ol�, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa que se aponta), estou com fome e outros conte�dos de comunica��o necess�rios no cotidiano.
Cultura
O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), atrav�s do seu programa CCBB Educativo, promove aos domingos visitas acess�veis, mediante agendamento, para grupos de pessoas autistas e seus acompanhantes.
Os encontros ocorrem em hor�rio exclusivo, uma hora antes da abertura da exposi��o ao p�blico em geral, e re�nem, no m�ximo, dez pessoas. As visitas s�o realizadas a partir das 8h. O agendamento pode ser feito pelo telefone (21) 3808-2070 ou pelo ‘e-mail’ [email protected].
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