Enxaqueca oftalmol�gica: saiba o que � e como identificar

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a enxaqueca � a segunda doen�a mais comum no mundo – afetando mais de 1 bilh�o de pessoas, cerca de 15% da popula��o mundial. S� no Brasil atinge mais de 30 milh�es de pessoas. Trata-se de um tipo espec�fico de cefaleia, geralmente caracterizada por dores unilaterais e latejantes, acompanhadas em sua maioria de n�useas, v�mitos e intoler�ncia � luz, sons e/ou cheiros fortes. No entanto, quando essa dor de cabe�a vem acompanhada de sintomas visuais, como pontos cegos, linhas em ziguezague e vis�o emba�ada, pode indicar uma enxaqueca oftalmol�gica.

Segundo o oftalmologista Tiago C�sar Pereira Ferreira, especialista em lentes de contato, cirurgia refrativa, ceratocone e catarata, professor de cirurgia oftalmol�gica na Faculdade Ci�ncias M�dicas de MG, a enxaqueca oftalmol�gica � uma condi��o em que a dor de cabe�a � precedida ou acompanhada por sintomas visuais, tamb�m conhecidos como aura. "A aura � uma s�rie de altera��es visuais que ocorrem antes ou durante a dor de cabe�a. Essas altera��es podem incluir pontos cegos, linhas em ziguezague, vis�o emba�ada, entre outras".

 

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Apesar do nome, a enxaqueca oftalmol�gica �, na verdade, uma quest�o neurol�gica, conforme explica Tiago C�sar. “� um dist�rbio da circula��o cerebral, intermitente e r�pido, que acaba trazendo sintomas visuais e geralmente precede o aparecimento das crises de dor de cabe�a." De acordo com o oftalmologista, geralmente, h� um fator gen�tico no surgimento do problema, e outras quest�es tamb�m podem funcionar como gatilhos, como problemas na cervical e dist�rbios da ATM (Articula��o temporo mandibular), per�odo menstrual, jejum prolongado, uso de anticoncepcionais, altera��es do sono, estresse, alimenta��o com frituras, caf�, chocolate e �lcool. 

Tiago C�sar explica que a enxaqueca oftalmol�gica pode afetar pessoas de todas as idades, mas � mais comum em mulheres e em pessoas com hist�rico familiar de enxaqueca. O diagn�stico � baseado nos sintomas descritos pelo paciente e em exames oftalmol�gicos. “Posteriormente, o paciente pode ser encaminhado para um neurologista para o tratamento, que inclui o uso de medicamentos para controlar a dor e prevenir futuros epis�dios, al�m de mudan�as no estilo de vida, como a ado��o de uma dieta saud�vel, a pr�tica regular de exerc�cios f�sicos e o controle do estresse.” 

Tiago C�sar ressalta a import�ncia de um diagn�stico preciso e um tratamento adequado para amenizar a frequ�ncia e intensidade dos sintomas. "Al�m de aliviar a dor, o tratamento adequado pode ajudar a prevenir futuros epis�dios, melhorando a qualidade de vida do paciente", afirma.

Por fim, � importante lembrar que qualquer dor de cabe�a acompanhada de sintomas visuais deve ser avaliada por um oftalmologista ou neurologista, para descartar outras condi��es mais graves.