Cartão de vacinação contra COVID-19

Cart�o de vacina��o contra COVID-19

www.cecom.unicamp.br

S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O registro de dados de vacina��o da COVID-19 segue um protocolo bem determinado. Segundo o Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o Contra a COVID-19, do minist�rio, foi criado m�dulo espec�fico para os imunizantes contra a doen�a no Sistema de Informa��o do Programa Nacional de Imuniza��es (SIPNI), programa j� utilizado para outras vacinas.

Os dados do vacinado, coletados na sala de vacina��o, devem ser inseridos nesse sistema. Outro programa tamb�m pode ser adotado desde que tenha integra��o com a RNDS (Rede Nacional de Dados de Sa�de), sistema do minist�rio desenvolvido para centralizar informa��es de sa�de a n�vel nacional.

 

QUAIS S�O AS INFORMA��ES QUE O SISTEMA APONTA?

 

Basicamente, � necess�rio informar os seguintes dados para o cadastro de uma dose aplicada contra a COVID-19:


- Qual o estabelecimento de sa�de

- CPF (Cadastro de Pessoa F�sica) ou CNS (Cart�o Nacional de Sa�de) do vacinado

- Data de nascimento

- Nome da m�e

- Sexo

- Qual o grupo priorit�rio ao qual pertence

- Data da aplica��o

- Nome da vacina, fabricante, tipo de dose, lote e validade do f�rmaco

QUAL � A UTILIDADE DO REGISTRO?

A compila��o dessas informa��es � �til de diferentes formas. Por exemplo, um cidad�o consegue acessar facilmente o comprovante de vacina��o pelo ConecteSUS gra�as � integra��o dos sistemas. Para os profissionais de sa�de, tamb�m � importante: eles acessam quantas doses a pessoa j� tomou e ent�o concluem qual a nova vacina adequada, evitando desperd�cio.

 

 

 

COMO E QUANDO OS DADOS S�O COLOCADOS NO SISTEMA?

 

Apesar de os dados serem padronizados, a forma de coleta e registro pode variar. Por exemplo, o registro � mais simples nas salas de vacina��o que tenham conex�o � internet. No entanto, mesmo nesses lugares, o rito de adicionar as informa��es varia.

"Teve sala de vacina que eu fui vacinar em Bras�lia que eles tinham um tablet e j� lan�avam na hora. Teve lugar que eles me levaram numa sala, olharam, marcaram [a nova dose que seria aplicada] e me mandaram para outro lugar para tomar a vacina. E teve dose de refor�o que eu fui e era s� o papel. Ent�o, mesmo em Bras�lia, teve tr�s situa��es diferentes", conta Carla Domingues, ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imuniza��o).


Os sistemas, no entanto, precisam ter um ponto em comum: a integra��o com a RNDS para centralizar as informa��es a n�vel nacional. "Ou voc� usa o sistema pr�prio do minist�rio ou voc� tem seu sistema pr�prio e tem que jogar o seu dado [para o banco de n�vel nacional]", explica Domingues.


Para os locais sem conectividade, as informa��es s�o colhidas em papel e, posteriormente, adicionadas no sistema digital. Novamente, o modo como isso ocorre pode ser diferente entre os munic�pios, mas a obriga��o continua a mesma: inser��o das informa��es no sistema digital do Minist�rio da Sa�de.

COMO FRAUDES E ERROS S�O POSS�VEIS?

Uma fraude no registro de vacina��o, como a investigada pela Pol�cia Federal no caso do ex-presidente Bolsonaro, pode ser feita por um n�mero bem pequeno de pessoas. "S� pode falsificar se foi algu�m interno do Minist�rio da Sa�de ou de uma unidade de sa�de, porque ningu�m tem acesso ao sistema", afirma Domingues.

Um comunicado da pasta � imprensa tamb�m indica que n�o houve acesso de pessoa externa ao registros de vacina��es. "Todas as informa��es inseridas no sistema de registro de imuniza��es do SUS s�o rastre�veis e feitas mediante cadastro. N�o h� relato de invas�o externa (sem cadastro) ao sistema do Minist�rio da Sa�de que mant�m rotina para a sua seguran�a e regularmente passa por auditoria", informou.


Al�m de uma fraude, defeitos na formaliza��o de uma dose podem ocorrer por problemas t�cnicos. Por exemplo, um munic�pio usa um sistema pr�prio que, integrado ao Minist�rio da Sa�de, deveria transmitir os dados de vacinados, mas uma falha pode acontecer nesse percurso. "�s vezes o munic�pio digita tudo bonitinho, mas o sistema tem problema e ele n�o transfere os dados", resume a ex-coordenadora do PNI.


Outro problema que pode afetar os registros das vacinas � falha humana ou atraso relacionado ao registro manual, quando o documento em papel � preenchido para depois ser adicionado no modelo digital por algum profissional. � nesse ponto que algo pode falhar.


"Cansei de chegar � sala de digita��o, e o munic�pio tem pilhas e pilhas para digitar. Ele vacinou todo mundo, s� que n�o colocou os dados no sistema", conclui Rodrigues.