Rem�dios na m�o
Cientistas japoneses descobriram que o medicamento ropinirol, usado no tratamento de Parkinson, pode desacelerar a esclerose lateral amiotr�fica (ELA), que causa degenera��o progressiva do sistema nervoso e paralisia irrevers�vel. Segundo a pesquisa, publicada nesta quinta-feira (1/6) na revista Cell Stem Cell, a subst�ncia � eficaz para retardar a evolu��o da doen�a por seis meses. Atualmente n�o h� cura para a ELA - as abordagens terap�uticas dispon�veis focam na redu��o de sintomas e no fornecimento de suporte aos pacientes.
Durante o teste, verificou-se que o medicamento atrasou a progress�o da patologia em, aproximadamente, 27,9 semanas. "Descobrimos que o ropinirol � seguro e toler�vel para pacientes com ELA e mostra uma promessa terap�utica para ajud�-los a manter a atividade di�ria e a for�a muscular", enfatiza, em nota, o autor principal do estudo, Satoru Morimoto.
Mais ativos
Os testes duraram 48 semanas. Nas primeiras 24, pacientes e m�dicos n�o sabiam quem estava tomando ropinirol e quem havia recebido um placebo. Nas seguintes, todos os que permaneceram no ensaio receberam o medicamento e foram observados por mais quatro semanas.
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Aqueles que receberam o medicamento durante as duas fases do ensaio foram mais fisicamente ativos do que os do grupo placebo, al�m de mostraram taxas mais lentas de decl�nio em mobilidade, for�a muscular e fun��o pulmonar. Para os autores, a diferen�a indica que a interven��o com ropinirol funcione se iniciada mais cedo e administrada por um per�odo mais longo. Um novo ensaio, previsto para um "futuro pr�ximo", poder� ajudar a responder a essa e outras quest�es.
Na avalia��o do psiquiatra Luan Diego Marques, pesquisador do Departamento de Sa�de Coletiva da Universidade de Bras�lia (UnB), o fato de as doen�as compartilharem alguns mecanismos de neurodegenera��o pode explicar os efeitos observados. "O estudo sugere que o ropinirol pode ajudar a normalizar as c�lulas neurais dos pacientes com ELA, reduzindo diferen�as estruturais e os danos gen�ticos em compara��o com neur�nios saud�veis", afirma.

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