frascos de vacina contra HPV

A Gardasil 9 � indicada para homens e mulheres de 9 a 45 anos e protege contra os quatro gen�tipos (6, 11, 16 e 18) e os cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58)

MSD/Divulga��o
Anualmente, cerca de 30 mil brasileiros s�o diagnosticados com algum tipo de tumor que afeta o sistema reprodutor, como o c�ncer de colo de �tero, vulva, vagina, canal anal, p�nis, al�m de boca e garganta. A vacina��o contra o HPV (papilomav�rus humano) � considerada uma estrat�gia extremamente eficaz no combate de alguns desses tumores tanto em homens quanto em mulheres. A partir deste m�s, est� dispon�vel no mercado brasileiro a Gardasil 9 (9-valente recombinante), a vacina nonavalente para aqueles que desejam de imunizar contra o HPV. 

Indicada para homens e mulheres de 9 a 45 anos, a vacina protege contra os quatro gen�tipos j� contidos em Gardasil (6, 11, 16 e 18) e contra cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58). Estudos indicam que esses cinco novos subtipos s�o respons�veis por um acr�scimo de 20% dos casos de c�ncer de colo de �tero (al�m dos 70% causados pelos quatro subtipos contidos na vacina quadrivalente), sendo os nove subtipos da vacina respons�veis por 85% dos casos de c�ncer vaginal. 

A nova vacina � superior ao que hoje encontra-se no Programa Nacional de Imuniza��es (PNI), que combate quatro subtipos o v�rus, enquanto a G9, combate nove tipos. Isso aumenta a prote��o em 90%. Al�m disso, ela reduz a incid�ncia de rescidivas (quando o v�rus retorna). 

C�ncer de colo de �tero:  terceiro tipo mais incidente

O c�ncer de colo de �tero, exclu�dos os casos de c�ncer de pele n�o melanoma, � o terceiro tipo mais incidente. Em 2023, o Instituto Nacional do C�ncer (Inca) estima 17 mil novos casos, o que representa um risco de 13 casos a cada 100 mil mulheres. 

Leia tamb�m:  Baixa cobertura contra HPV favorece casos preven�veis de c�ncer
 
Os dados s�o ainda mais alarmantes por esse se tratar de um tumor altamente evit�vel, visto que o c�ncer do colo do �tero est� diretamente relacionado � infec��o persistente por alguns subtipos do v�rus HPV. Al�m disso, recentemente foi publicado um dado significativo: no Brasil, a chance de uma mulher negra morrer de c�ncer de colo de �tero � quase 30% maior do que a de uma branca, e quando olhamos para a popula��o ind�gena, essa chance de morte fica 82% maior em compara��o �s brancas. 
 
Marina Della Negra

Marina Della Negra, infectologista e diretora m�dica da MSD: '

Arquivo pessoal
 
 
De acordo com a infectologista Marina Della Negra, diretora m�dica da MSD, a vacina��o contra o HPV � mais efetiva quando ocorre na inf�ncia. "Na verdade, quanto mais cedo melhor, por causa da resposta imunol�gica da crian�a, garantindo prote��o contra o v�rus antes de qualquer contato com ele. Estamos trabalhando muito no sentido da preven��o ao c�ncer para fugir desse tabu das rela��es sexuais, mesmo porque 80% da popula��o sexualmente ativa j� teve contato com o v�rus. Mas se perdeu a janela de 9 a 14 anos, se vacine o quanto antes." 
 
Marina acrescenta que � preciso combater a ideia de que se a mulher teve HPV � porque foi tra�da, por exemplo. "Existe um trabalho importante de desmistifica��o do sexo relacionado ao HPV. Voc� pode ter tido esse v�rus l� atr�s e que se manifestou s� agora e vice-versa. � um v�rus de contato pele-pele, ent�o a camisinha, embora proteja um pouco, n�o previne 100%", explica a infectologista. 
 

Os tabus em torno do HPV, que se trata de uma infec��o sexualmente transmiss�vel (IST), e a falta de informa��o sobre sua rela��o com o desenvolvimento de diversos tumores fazem com que muitas mulheres cheguem ao consult�rio com les�es em est�gio avan�ado. "Na maioria dos casos, essas les�es s�o causadas por infec��es persistentes, que n�o foram diagnosticadas ou tratadas adequadamente, e acabaram evoluindo. Como na maioria das vezes esse tipo de tumor n�o apresenta sintomas nos est�gios iniciais, muitas mulheres recebem o diagn�stico quando o c�ncer j� est� avan�ado", afirma M�rcia Datz Abadi, tamb�m diretora m�dica da MSD. 

Vacina��o associada ao rastreamento de les�es pr�-cancerosas

A m�dica destaca que a vacina��o contra o HPV, associada ao rastreamento de les�es pr�-cancerosas em mulheres, por meio do exame Papanicolau, pode reduzir significativamente a incid�ncia do c�ncer cervical invasivo. "Em um pa�s de dimens�es continentais como o Brasil, onde o acesso a exames preventivos ainda � dif�cil fora dos grandes centros, incentivar a vacina��o de meninos e meninas � nossa melhor estrat�gia para, no m�dio-longo prazo, reduzir os casos e �bitos relacionados ao c�ncer de colo de �tero."

A vacina nonavalente j� est� dispon�vel em cl�nicas e consult�rios particulares de todo o pa�s. Para mais informa��es, acesse este link.