Reação a ingredientes eleva em quatro vezes a possibilidade de ter a doença

Rea��o a ingredientes eleva em quatro vezes a possibilidade de ter a doen�a

(HANS SCOTT)

Ter alergia alimentar quando beb� aumenta o risco de asma mais tarde na inf�ncia, segundo um estudo mundial liderado pelo Murdoch Children's Research Institute e publicado no Lancet Child & Adolescent Health. Segundo Rachel Peters, um dos autores da pesquisa, o artigo � o primeiro a examinar a rela��o entre a rea��o exagerada do organismo contra ingredientes, como amendoim e soja, e a redu��o da fun��o pulmonar.

A pesquisa envolveu 5.276 beb�s do estudo HealthNuts, que foram submetidos a testes cut�neos para al�rgenos alimentares comuns, incluindo ovo, e exames orais para testar esse tipo de alergia. O estudo constatou que, aos 6 anos, 13,7% receberam o diagn�stico de asma. A partir dessa idade, elas passaram a ser acompanhadas com mais rastreamentos, incluindo da fun��o pulmonar.

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A equipe observou que beb�s com alergia alimentar tinham quase quatro vezes mais risco de desenvolverem asma mais tarde. O impacto foi maior em crian�as cuja rea��o aos ingredientes persistiram ao longo da primeira inf�ncia. "Essa associa��o � preocupante, uma vez que o crescimento pulmonar reduzido na inf�ncia est� associado a problemas de sa�de na idade adulta, incluindo problemas respirat�rios e card�acos", afirmou Peters.

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O cientista tamb�m lembrou que o desenvolvimento pulmonar est� relacionado com a altura e o peso de uma crian�a, sendo que aquelas com alergia alimentar podem ser mais baixas e leves, quando comparadas �s sem alergia. "Isso poderia explicar a liga��o. Existem tamb�m respostas imunes semelhantes envolvidas no desenvolvimento de alergia alimentar e asma", esclareceu.

Shyamali Dharmage, professor da Murdoch Children e da Universidade de Melbourne, disse que as descobertas podem ajudar os m�dicos a adaptar o atendimento ao paciente e incentivar uma maior vigil�ncia em rela��o ao monitoramento da sa�de respirat�ria. As crian�as com alergia alimentar devem ser tratadas por um especialista em imunologia cl�nica ou alergia, destacou.