Ilustração de sepse

Doen�a consiste em uma resposta inadequada do organismo a algum quadro infeccioso, ocasionando danos e disfun��es de �rg�os do corpo

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A sepse � uma condi��o cl�nica grave que afeta cerca de 670 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados do Minist�rio da Sa�de. Antigamente conhecida como infec��o generalizada, a doen�a consiste em uma resposta inadequada do organismo a algum quadro infeccioso, ocasionando danos e disfun��es de �rg�os do corpo. De acordo com a m�dica Silvana Ricardo, infectologista na Rede Mater Dei de Sa�de, � preciso estar atento aos sinais de alerta da doen�a, como febre; acelera��o do cora��o; respira��o r�pida; fraqueza; press�o baixa; diminui��o da urina; sonol�ncia e confus�o mental.

"Para pacientes hospitalizados devemos atentar para aqueles que est�o em tratamento de infec��o mesmo que recebendo antibi�ticos; em uso de cateter venoso ou urin�rio; em tratamento de c�ncer; queimados entre outros. Contudo, qualquer pessoa pode ter sepse", alerta a m�dica. Segundo a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), a estimativa � de 240 mil mortes por ano no Brasil em decorr�ncia de manifesta��es de infec��es graves no organismo.  
 

Primeira causa de morte e readmiss�o em hospitais no mundo, a sepse pode afetar qualquer pessoa, inclusive as mais jovens e saud�veis. No entanto, � preciso ficar atento especialmente aos grupos de risco: idosos, pessoas com comprometimento da imunidade (doen�as oncol�gicas, transplantes e usu�rios de medicamentos que reduzem a imunidade), pessoas com doen�as cr�nicas (diabetes, doen�as pulmonares, card�acas ou renais), pacientes internados em hospitais ou que estejam fazendo uso de dispositivos invasivos (como cateteres venosos, por exemplo).

Aten��o aos sintomas

A infectologista Silvana Ricardo lembra que qualquer processo infeccioso pode evoluir para um quadro de sepse, por�m os mais comuns s�o infec��es bacterianas agudas, como pneumonias, infec��es urin�rias, abdominais e de pele. "Contudo, � importante ressaltar que infec��es causadas por v�rus, como Influenza e Covid-19, ou por fungos tamb�m podem evoluir para a sepse", pontua.  

 

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Para reduzir os riscos, � importante que o tratamento da infec��o ocorra de maneira r�pida e efetiva. O diagn�stico deve ser feito com base na identifica��o do agente infeccioso e na realiza��o de exames que ajudem nessa identifica��o, como hemograma, fun��o renal, contagem de plaquetas, bilirrubinas e lactato, al�m dos exames de cultura para identificar micro-organismos. Os pacientes devem estar atento aos sintomas, sendo os principais:

- Eleva��o da frequ�ncia card�aca e respirat�ria
- Altera��o do n�vel de consci�ncia (confus�o mental, desorienta��o etc.)
- Hipoatividade ou letargia
- Press�o arterial baixa
- Desmaios
- Dificuldade para respirar
 
Se a pessoa estiver com sinais ou diagn�stico de alguma infec��o, ela deve ficar atenta a esses sintomas. Em caso de identifica��o de algum desses sinais, � necess�rio buscar atendimento m�dico-hospitalar com o m�ximo de urg�ncia.

Tratamento r�pido

Devido � gravidade da condi��o, a sepse exige um tratamento r�pido, que acontece principalmente pela administra��o de antibi�ticos intravenosos e na promo��o da estabilidade cl�nica do paciente, atrav�s de hidrata��o intravenosa.  

De acordo com o Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse (ILAS), o tempo m�dio necess�rio para a administra��o desses antibi�ticos � de 60 minutos. Segundo a Anahp, o tempo m�dio de perman�ncia de pacientes com sepse nos hospitais privados � de 10 dias.

Al�m de um tratamento r�pido, alguns h�bitos podem ajudar a diminuir o risco da sepse, como: respeitar o calend�rio de vacina��o infantil e adulto, higiene adequada das m�os e cuidados com equipamentos m�dicos, especialmente em unidades hospitalares. Al�m disso, � imperativo evitar a automedica��o e o uso de antibi�ticos que n�o tenham sido receitados por um m�dico.