Congresso Brasileiro de Mastologia

O Congresso Brasileiro de Mastologia re�ne especialistas e pesquisadores do Brasil e do exterior, at� o dia 7 de outubro, no Centro de Conven��es Frei Caneca, em S�o Paulo

Reda��o MXP/ Divulga��o

 
A defasagem de tr�s d�cadas na redu��o da mortalidade por c�ncer de mama no Brasil, em compara��o com pa�ses desenvolvidos como os Estados Unidos, demanda esfor�os no enfrentamento de uma doen�a que hoje concentra 40% dos casos entre mulheres com menos de 50 anos de idade. O tema � debate do Congresso Brasileiro de Mastologia, evento que re�ne especialistas e pesquisadores do Brasil e do exterior, at� o dia 7 de outubro, no Centro de Conven��es Frei Caneca, em S�o Paulo, para discutir a necessidade de colocar em pr�tica protocolos personalizados. 
 
O Brasil disp�e de 6.334 aparelhos de mamografia, n�mero suficiente para atender a popula��o-alvo. “Ocorre que no SUS (Sistema �nico de Sa�de) nunca passamos de 30% do rastreamento. Ou seja, h� uma subutiliza��o de equipamentos que poderiam ser usados para investigar outros grupos de mulheres, incluindo as mais jovens”, observa o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM.
As novas diretrizes estabelecidas em 2023 pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), em conjunto com a Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) e Col�gio Brasileiro de Radiologia, defendem, prioritariamente, o in�cio do rastreamento da popula��o feminina j� aos 40 anos e recomendam a aplica��o de protocolos individualizados, levando-se em considera��o o perfil, a idade e a necessidade de tratamento de cada paciente.



RASTREAMENTO 
 
“As diretrizes atuais v�m para suplantar recomenda��es que vigoravam desde 2017”, destaca o mastologista Henrique Lima Couto, coordenador do Departamento de Imagem da Mama da SBM. As atualiza��es contemplam, principalmente, o “rejuvenescimento” do c�ncer de mama no Brasil. Hoje, com o rastreamento feito somente a partir dos 50 anos, como preconiza o Minist�rio da Sa�de, � prov�vel que mulheres entre 40 e 49 anos, que respondem atualmente por 40% dos casos no Pa�s, demonstrem um estadiamento tardio do c�ncer de mama, com respostas menos promissoras ao tratamento.
 
“H�, por exemplo, mulheres com hist�rico familiar de diagn�stico de c�ncer de mama”, destaca Freitas-Junior. “Para estas, � importante que se realizem exames de Detec��o de Muta��o Gen�tica dos Genes BRCA1 e BRCA2, previstos na legisla��o de cinco Estados brasileiros.” Entre pacientes com possibilidade aumentada de c�ncer, o mastologista indica a realiza��o de resson�ncia magn�tica das mamas como complemento da mamografia.

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Com �nfase nos grupos de risco, e ainda com aten��o �s diretrizesda SBM, Freitas-Junior defende que as investiga��es sobre probabilidades de desenvolvimento do c�ncer de mama, com a utiliza��o dos mais avan�ados recursos tecnol�gicos, tamb�m requerem de especialistas e cl�nicas conhecimento individualizado e aten��o personalizada a cada paciente.
 
Da mesma forma, o mastologista Henrique Lima Couto afirma que os recursos para o rastreamento do c�ncer devem ser amplos. “A mamografia, sem d�vida, al�m de reduzir mortalidade reduz est�gios avan�ados da doen�a”, diz. “Se estiver dispon�vel para a paciente, a tomoss�ntese, ou mamografia 3D, entrega melhores resultados para o diagn�stico.”
 
Sobre o tratamento individualizado, Lima Couto refor�a a necessidade de aten��o para a popula��o acima de 75 anos de idade. “Se uma mulher se apresenta saud�vel, com boa expectativa de vida, e a outra, debilitada, as abordagens em rela��o �s investiga��es para a detec��o do carcinoma invasor devem ser personalizadas para que se ofere�am as melhores condi��es para as pacientes em qualquer situa��o.”
 
Em consenso mais uma vez com as novas recomenda��es da Sociedade Brasileira de Mastologia, os especialistas reafirmam: mulheres que fazem mamografia morrem menos de c�ncer de mama e a doen�a tem menor impacto com tratamentos menos agressivos e tamb�m menos onerosos.