O paciente tamb�m � beneficiado com a redu��o da dor p�s-operat�ria e recupera��o precoce com retorno mais r�pido �s atividades cotidianas
Denis Ferreira Neto/ Divulga��o
O n�mero de cirurgias realizadas com o aux�lio da plataforma rob�tica no Brasil saltou de 24 mil, em 2021, para 27 mil em 2022 - com crescimento de 12,5% em um ano, segundo representantes do setor no mercado. Desde 2008, quando iniciou a opera��o do primeiro sistema no pa�s, at� o final de 2022 foram feitos cerca de 100 mil procedimentos.
Apenas na cirurgia geral a utiliza��o da plataforma ocorreu em 6.5 mil opera��es no �ltimo ano, o rob� � aplicado em cirurgias minimamente invasivas e segue os comandos feitos por um cirurgi�o atrav�s de um console de controle, atuando diretamente no paciente por meio de pin�as e bra�os rob�ticos.
De acordo com Christiano Claus, cirurgi�o do aparelho digestivo dedicado ao tratamento das h�rnias abdominais do Instituto de Cirurgia Rob�tica do Paran�, a utiliza��o deste sistema � indicado principalmente para casos considerados mais complexos. “O rob� permite mais precis�o nos movimentos e oferece uma vis�o ampliada e em tr�s dimens�es do campo cir�rgico, o que torna a opera��o mais segura e ainda mais delicada, sendo ideal para casos complexos que n�o poderiam ser realizados de forma minimamente invasiva sem essa tecnologia”, explica.
O paciente tamb�m � beneficiado com a redu��o da dor p�s-operat�ria e recupera��o precoce com retorno mais r�pido �s atividades cotidianas. A plataforma est� presente em v�rios estados brasileiros, com aproximadamente 100 rob�s em atua��o. Apenas no Paran� quatro hospitais contam com a tecnologia.
Do total de cirurgias gerais rob�ticas feitas no Brasil no ano passado, 25% s�o relacionadas � bari�tricas. O cirurgi�o bari�trico do ICRP Giorgio Baretta explica as vantagens nesses casos: “o paciente tem a redu��o de sangramento durante a cirurgia, bem como menor risco de infec��o na ferida operat�ria. A t�cnica � ainda mais vantajosa para os pacientes superobesos ou que precisam de uma cirurgia revisional”, esclarece.
O ROB� N�O OPERA SOZINHO
� importante ressaltar que a plataforma n�o tem autonomia e n�o faz nenhum movimento sem o adequado comando do cirurgi�o no console de controle.
Existem inclusive mecanismos de seguran�a para garantir maior precis�o, conforme explica o cirurgi�o de f�gado e p�ncreas, Eduardo Ramos. “O rob� paralisa imediatamente se o m�dico tira o rosto do console de comando e tamb�m para caso o cirurgi�o fa�a algum movimento brusco e/ou inesperado durante a cirurgia”.
A certifica��o para atuar com rob�tica ocorre ap�s o cirurgi�o cumprir uma s�rie de etapas que envolvem curso te�rico, treinamento com simuladores, acompanhamento de cirurgias rob�ticas como auxiliar e realizar as primeiras cirurgias com o instrutor ou tutor, de forma regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Reitan Ribeiro, cirurgi�o oncol�gico do ICRP e instrutor de rob�tica explica que esse caminho deve ser trilhado para garantir a seguran�a dos pacientes. “Atualmente o caminho est� muito bem definido e n�s somos pioneiros a instituir cursos de rob�tica no Brasil, fora do que a empresa do rob� oferece. S�o necess�rias mais de 20 horas de simulador, aprendendo a movimentar o rob� e s� ent�o ocorre a etapa mais longa, que � o treinamento com outro cirurgi�o”.
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