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Estado de Minas Especial/O retorno do futebol mineiro

O risco do rebaixamento ronda quatro times no Mineiro

Na segunda mat�ria da s�rie, confira como est�o Tupynamb�s, Villa Nova, Boa e Coimbra para a retomada do Estadual. Os quatro est�o na parte de baixo da tabela e lutam para n�o cair


20/07/2020 04:00

O técnico Diogo Giacomini conversa com os jogadores do Coimbra no CT do clube(foto: Henrique Chendes/Coimbra Sports)
O t�cnico Diogo Giacomini conversa com os jogadores do Coimbra no CT do clube (foto: Henrique Chendes/Coimbra Sports)

Paulo Galv�o

A retomada da disputa do Campeonato Mineiro a partir de domingo � comemorada por uns, mas motivo de preocupa��o para outros. E n�o se trata da quest�o da sa�de em fun��o de a COVID-19 continuar representando um risco para todos. Se h� quem almeje t�tulo, classifica��o, ida para torneios nacionais no ano que vem, a turma da parte de baixo da tabela de classifica��o certamente v� o rebaixamento t�o nocivo quanto um v�rus.


N�o � por menos que os dois �ltimos colocados, Tupynamb�s e Villa Nova, foram os �nicos contr�rios � sequ�ncia da competi��o. Vencidos na reuni�o na Federa��o Mineira de Futebol (FMF), recorreram ao Tribunal de Justi�a Desportiva (TJD),  pedindo, no m�nimo, que suas partidas fossem suspensas, alegando dificuldades impostas pela pandemia, mas tamb�m n�o obtiveram sucesso. Na 10ª rodada, o time de Juiz de Fora recebe a Caldense, enquanto o de Nova Lima vai ao Tri�ngulo enfrentar o Uberl�ndia.


Assim, restou correrem contra o tempo para conseguir voltar aos treinos. No caso do Tupynamb�s, isso s� ocorreu no s�bado, quando o t�cnico Guiba comandou a primeira atividade em Petr�polis, onde a agremia��o se refugiou por n�o ter autoriza��o da prefeitura para trabalhar em Juiz de Fora.

O veterano Ademílson continua no ataque do Tupynambás, que está treinando em Petrópolis, no Rio de Janeiro(foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
O veterano Adem�lson continua no ataque do Tupynamb�s, que est� treinando em Petr�polis, no Rio de Janeiro (foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)

“O prazo � insuficiente, curto demais, basicamente 16 dias depois de uma paralisa��o de quatro meses. Mas vamos cumprir o compromisso com a Federa��o, apesar de n�o concordarmos com este retorno de forma t�o r�pida”, afirma Cl�udio Dias, vice-presidente do Baeta, n�o mostrando muito otimismo com a salva��o neste ano.
De qualquer forma, a diretoria buscou contornar a situa��o firmando parceria com a empresa DSG Sports Group, cuja sede fica justamente na cidade da Serra Fluminense. Al�m da estrutura, vai utilizar jogadores do parceiro para completar o grupo, formado por remanescentes de antes da paralisa��o, como o volante Leo Salino e o veterano atacante Adem�lson, e com jogadores da base. Al�m da Caldense, o outro compromisso � contra o Boa, em Varginha.


No caso do Villa Nova, a mudan�a tamb�m foi grande e a grande novidade � a chegada do volante Serginho, ex-Atl�tico e Sport e que come�ou justamente em Nova Lima. Do grupo anterior, apenas oito atletas foram mantidos, entre eles o volante Augusto Recife e o atacante Pinguim, que � prata da casa.

O volante Augusto Recife permanece no meio-campo do Villa Nova(foto: Will Gonçalves/Divulgação)
O volante Augusto Recife permanece no meio-campo do Villa Nova (foto: Will Gon�alves/Divulga��o)

No comando tamb�m houve altera��o, saindo Badico e chegando Ademir Fonseca. “A equipe n�o vinha bem, infelizmente n�o encaixou, e houve necessidade de fazer uma reformula��o, inclusive j� pensando na disputa da S�rie D do Brasileiro. Alguns jogadores v�o permanecer, ent�o, queremos adiantar as coisas e j� tentar formar uma equipe j� planejando a S�rie D. Seria muito bom para todos conseguirmos os dois objetivos, permanecer no M�dulo I e entrarmos forte no Nacional”, diz o treinador, com incr�vel desafio pela frente. “Escapar seria como ganhar um t�tulo, pois a situa��o n�o � nada f�cil”, reconhece ele.

Muitas perdas

Na �ltima rodada, o duelo do Le�o poder� ser de vida ou morte contra o Coimbra, ca�ula da Primeira Divis�o mineira e que tem tr�s pontos a mais. A equipe de Contagem entrou na paralisa��o feliz com a vit�ria por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Independ�ncia, a �nica at� aqui na competi��o, que pode ter uma import�ncia tremenda para que consiga escapar da degola.


At� porque manteve o t�cnico Diogo Giacomini e parte do grupo. Al�m disso, apesar das dificuldades, conseguiu superar o per�odo sem jogos e honrar compromissos, e agora, mesmo encarando no retorno um dos melhores times do torneio, o Tombense, est� otimista. “A vit�ria sobre o Cruzeiro nos deu uma condi��o de sonhar com vaga no Torneio Inconfid�ncia”, diz o treinador, referindo-se � competi��o que ser� disputada por quem ficar entre o quinto e o oitavo lugar da fase de classifica��o.


Mas a situa��o exige muito esfor�o de todos. “Tentamos segurar todo o grupo at� 1º de junho, acreditando em uma solu��o (para a pandemia)  que n�o veio. A�, no dia 7 de julho, marcaram o retorno do campeonato. Perdemos 11 jogadores, alguns tinham pr�-contratos, propostas e se foram. No dia, 8 fizemos os testes de COVID-19, que constataram que tr�s jogadores estavam infectados, outros tr�s tiveram resultados inconclusivos e mais seis tamb�m foram afastados por dividirem quarto com eles.

O time do Coimbra, que tem boas chances de permanecer no Módulo I do Mineiro, teve várias baixas por causa da COVID-19(foto: Henrique Chendes/Coimbra Sports)
O time do Coimbra, que tem boas chances de permanecer no M�dulo I do Mineiro, teve v�rias baixas por causa da COVID-19 (foto: Henrique Chendes/Coimbra Sports)
 

Neste s�bado, sa�ram novos resultados e se os inconclusivos deram negativo, outros dois testaram positivo para o novo coronav�rus. Ou seja, teremos apenas seis dias at� a reestreia e sem muitos atletas”, afirma o diretor de futebol Hissa Elias Moys�s, que foi buscar o lateral-direito Wellington Capixaba no Boavista-RJ e o atacante Guilherme no Atl�tico, al�m de ter requisitado atletas do Sub-23. “Devemos contratar mais dois refor�os.”


Ontem, o clube divulgou que um dos refor�os, contratado justamente para suprir a asu�ncia de um jogador com coronav�rus, tamb�m testou positivo para a COVID-19. � o sexto atleta com a doen�a.

Sem coletivo

Em situa��o um pouco melhor, mas n�o menos amea�ado, o Boa contratou nada menos que 13 jogadores na parada. Entre eles o volante Daniel Carvalho, que estava na Caldense, e alguns velhos conhecidos, como o armador Raphael Luz, que vestiu a camisa no ano passado.


“Gostei muito de jogar aqui, fui muito bem acolhido. Meu retorno estava meio que previsto e eu estava animado para voltar. O elenco do ano passado era  muito forte. O de agora a gente n�o conhece muito bem por conta da pandemia e n�o fazer trabalho em conjunto. Mas tenho certeza que a diretoria est� fazendo um elenco muito forte e este ano vamos brigar pelo acesso (na S�rie C do Brasileiro)”, diz.


Outro que a torcida conhece bem � o t�cnico Nedo Xavier.  O problema � que a Prefeitura de Varginha ainda n�o permitiu  a volta dos treinos coletivos, dificultado o trabalho do treinador.


“A gente tem separado em grupo com quatro ou, no m�ximo, cinco jogadores. Dificulta, porque o campeonato est� previsto para recome�ar dia 26 e tem clubes trabalhando com todos os jogadores juntos e com bola. A gente teve a chegada de v�rios jogadores, precisamos treinar a parte t�tica, treinar fundamentos”, declara.

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