
Um time sem qualquer organiza��o t�tica, que erra muito e se mostra pouco criativo dificilmente consegue �xito ou mesmo merece ser campe�o numa competi��o de regularidade. Mesmo com 70% de posse de bola e mais de 700 passes trocados no setor de ataque, o Atl�tico n�o cumpriu a miss�o de furar o bloqueio do Goi�s, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Pior: levou um gol no primeiro tempo de cabe�a, de �ndio, e volta para Belo Horizonte com enorme gosto amargo e cada vez mais distante da briga pelo t�tulo.
O resultado joga por terra a possibilidade de o time alvinegro encostar nos dois primeiros colocados, Internacional e Flamengo, que teoricamente t�m jogos mais complicados pela 34ª rodada: o colorado pega o Athl�tico-PR, fora, e o rubro-negro encara o cl�ssico com o Vasco, no Maracan�. Se vencer, o time de Abel Braga abrir� oito pontos de vantagem sobre o Galo, restando apenas quatro rodadas para o fim.
Questionado se a equipe ainda tem chances de buscar o t�tulo, o t�cnico Jorge Sampaoli afirma que pensa em cada passo de uma vez “Penso em ganhar cada jogo. Somos um time jovem, novo, que est� tentando construir uma ideia de jogo. Ter� que ver com o torcedor (se ainda acredita no t�tulo). Pensamos sempre na pr�xima partida, tentando recuperar os pontos que perdemos hoje (ontem)”.
E de quem foi a culpa pelo rev�s diante de um advers�rio que s� havia vencido oito vezes na competi��o? O primeiro respons�vel foi o t�cnico Jorge Sampaoli, que mais uma vez inovou na escala��o ao optar por tr�s zagueiros contra um rival que fixou apenas um atacante na �rea. Em seguida, os defensores do Galo mais uma vez falharam na bola a�rea, permitindo que �ndio (de apenas 1,70m de altura) levasse vantagem na bola a�rea. Por fim, os homens de frente – sobretudo o inconstante Vargas e o pouco inspirado Savarino – erraram tudo o que tentaram na partida.
O time visitante at� se prop�s a ser protagonista e ter a bola desde os primeiros minutos, mas a estrat�gia n�o funcionou, diante da alta capacidade de marca��o do Goi�s. O alvinegro chegou a marcar no primeiro tempo, com Savarino, depois de cruzamento de Vargas da esquerda, mas o venezuelano estava em posi��o de impedimento, assinalada pelo �rbitro de v�deo. Na etapa final, o Galo acertou duas vezes a trave de Marcelo Rangel na mesma jogada: uma com Jair e outra com Alan Franco. N�o era a noite de a bola entrar no gol advers�rio.
“� um jogo muito dif�cil de poder explicar. A realidade mostra 75% de posse de bola, jogamos o tempo todo no campo do advers�rio. Um time que s� chutou uma vez ao gol e terminou vencendo, enquanto tivemos muitas situa��es, mas n�o completamos. Futebol tem dessas coisas. Tivemos um gol anulado de Savarino, que me parece injusto. S�o situa��es normais de jogo. Fomos uma equipe que buscou o resultado com capacidade, mas lamentavelmente n�o conseguimos”, lamentou Sampaoli.
Neste Brasileiro, o mesmo Atl�tico que encantou o pa�s em v�rios jogos tamb�m se habituou a deixar de somar pontos contra advers�rios da parte de baixo da classifica��o. Antes, o alvinegro j� havia perdido para Botafogo, Fortaleza e Bahia e empatado com Sport (todas no turno) e foi derrotado pelo Vasco (no returno). “Somos contundentes e os advers�rios se fecham atr�s. N�o temos a capacidade de press�o que tivemos em outros jogos. O time que joga somente uma bola e encontra uma possibilidade concreta acaba vencendo”, afirmou o treinador.
Tardelli volta
O aspecto mais positivo do jogo de ontem foi o retorno do atacante Diego Tardelli depois de nove meses ausente em virtude de grave les�o no ligamento do tornozelo direito. E o que se viu foi um jogador com vontade de mostrar servi�o, mas ainda longe de seus melhores dias. O camisa 9 jogou por 34 minutos, participou de boas jogadas e finalizou duas vezes, uma delas para fora. Desde que o jogador voltou a ficar � disposi��o, a torcida pedia que Sampaoli o escalasse, chegando a fazer protestos nas redes sociais. O contrato do atacante vence no fim do Brasileiro.An�lise da not�cia
Falta brilho e regularidade
Os torcedores do Atl�tico n�o entendem: por que o mesmo time que encantou o pa�s em v�rios jogos do Campeonato Brasileiro deixa de somar pontos contra advers�rios da parte de baixo da classifica��o? Apesar de 70% de posse de bola e mais de 700 passes, a derrota alvinegra para o Goi�s chega a ser vergonhosa e surpreendente. N�o s� por praticamente jogar por terra a chance de t�tulo brasileiro. N�o s� pela incoer�ncia de Sampaoli na escala��o ou dos momentos em que a equipe n�o teve compet�ncia para criar jogadas mais inteligentes. Por�m, se existe esperan�a, o torcedor tem de continuar acreditando at� que a matem�tica permita. Mas o campe�o se faz pela regularidade e pelo brilho determinado de v�rios jogadores. O Atl�tico, atualmente, n�o conta com nenhum dos dois. (Roger Dias)
Goi�s
Marcelo Rangel; David Duarte, F�bio Sanches e Heron; �ndio (Douglas Baggio 16 do 2º), Shaylon (Iago Mendon�a 35 do 2º), Daniel de Pauli (Taylon 40 do 2º), Miguel Figueira (Ratinho 16 do 2º), Henrique e Jefferson; Fernand�o (Rafael Moura 35 do 2º)
T�cnico: Glauber Ramos
T�cnico: Glauber Ramos
Atl�tico
Everson; Gabriel (Jair, intervalo), R�ver e Junior Alonso; Allan (Nathan 24 do 2º), Alan Franco (Mariano 15 do 2º), Hyoran e Guilherme Arana; Savarino, Sasha (Marrony, intervalo) e Vargas (Diego Tardelli 15 do 2º)
T�cnico: Jorge Sampaoli
34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Est�dio: Serrinha
Gols: �ndio 27 do 2º
�rbitro: Bruno Arleu de Ara�jo (RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corr�a e Thiago Henrique Neto Corr�a Farinha (RJ)
VAR: Rodrigo Nunes de S� (RJ)
Cart�o amarelo: Allan, �ndio, Mariano, Jair*, Tadeu e Her�n
Pr�ximos jogos: Fluminense (f), Bahia (c) e Sport (f)
*Suspenso