
O futebol pobre e resultados modestos neste in�cio de 2021 fazem voltar � mente do torcedor do Cruzeiro o filme de 2020, temporada em que quase tudo deu errado para o clube, a ponto de amargar a perman�ncia na S�rie B. Mas o homem encarregado de colocar o time no rumo das vit�rias assegura que o fim deste ano ser� bem diferente. O t�cnico Felipe Concei��o, de 41 anos, natural de Nova Friburgo-RJ, est� muito confiante no acesso celeste � primeira divis�o e diz que esse come�o irregular faz parte de uma fase transit�ria. Dias melhores vir�o.
“Sim (o torcedor pode sonhar com esse acesso). A gente acreditou neste projeto, aceitou a proposta e com esse objetivo principal no ano”, disse o comandante.
Em entrevista exclusiva ao Superesportes, que pode ser assistida acima ou ouvida em nosso podcast, Felipe Concei��o explicou detalhadamente suas ideias para reconduzir o Cruzeiro � S�rie A. A base � a mudan�a do futebol reativo, heran�a dos �ltimos trabalhos, para um modelo de jogo mais agressivo e intenso. A maior velocidade das a��es, segundo ele, exp�e erros nesse come�o. Mas, em breve, o encaixe ser� natural.
“N�o � que a gente busque apenas o desempenho, mas o desempenho nos dar� uma regularidade de resultados no futuro. O que a gente almeja � que no Campeonato Brasileiro a gente j� esteja com essa consist�ncia, com essa regularidade e com padr�o j� bem definido em todos os jogos”, projetou.
A confian�a de Concei��o se deve a trabalhos importantes na S�rie B � frente do Am�rica, em 2019, e do Guarani, em 2020. Em nenhum dos clubes o acesso foi alcan�ado, mas por resultados ruins de seus antecessores. O treinador promoveu rea��es s�lidas. No Coelho, foi da lanterna ao quinto lugar. No Bugre, do 17º, no Z4, ao 13º.
“Trabalhamos bastante para o Am�rica voltar a ser competitivo e, naquele per�odo, eu assumi na 10ª rodada e fizemos 56 pontos - da 10ª rodada at� o final. Foi uma pontua��o de l�der. N�o subimos porque nas 10 primeiras rodadas o Am�rica tinha feito apenas cinco pontos. Se ali tivesse pontuado mais, ter�amos subido. O Am�rica deu continuidade ao trabalho, o Lisca acrescentou muitas coisas. O Guarani nunca foi uma equipe de jogar em bloco baixo e ser reativo. Sempre procurou propor o jogo. Agora, a gente pensa no Cruzeiro, pensa em mais um projeto consistente, para que a gente possa ver os frutos”, vislumbra.
No Cruzeiro, o desafio � apontado por Felipe como maior pela grandeza da institui��o e pela press�o que existe em torno da volta � S�rie A. N�o bastasse isso, o clube abandonou h� alguns anos a sua tradi��o de jogo ofensivo. “� uma ruptura grande pelo passado recente do clube. Estamos confiantes neste processo e na nossa jornada na S�rie B. A gente est� construindo, batalhando diariamente, para que esse processo seja acelerado e a gente j� encontre esse padr�o o mais r�pido poss�vel. O trabalho � para que a gente alcance um padr�o de jogo dentro e fora de casa. Ser protagonista, ter a bola, ser agressivo em todas as a��es do jogo”.
Nos seis primeiros jogos na temporada, os n�meros do Cruzeiro s�o discretos: cinco gols feitos (m�dia de 0,83) e quatro sofridos (m�dia de 0,66). Em um s�culo de exist�ncia do clube, este � o come�o de ano com menor efici�ncia ofensiva. Nada que abale a confian�a de Concei��o. “A explica��o est� no momento de transi��o. Quando voc� aumenta a velocidade do jogo, quando voc� aumenta a agressividade e o volume, a tend�ncia � que a efici�ncia t�cnica reduza. Isso eu j� passei em outros clubes e �, de certa maneira, natural. Aqui a ruptura � maior do que tive em outros clubes. � um desafio maior, que requer mais tempo at� pelas mudan�as no elenco e o que o clube passou. S�o v�rias circunst�ncias nesse processo mais trabalhoso. Mas n�o tenho d�vidas que estamos no caminho certo”.
Leia, a seguir, trechos da entrevista de Concei��o ao Superesportes:
Voc� tem como grande objetivo este ano o acesso do Cruzeiro � S�rie A. Ao mesmo tempo, tenta implantar uma nova filosofia de jogo totalmente diferente daquela usada pelo Felip�o. Acha que ser� poss�vel conciliar um futebol mais vistoso e resultados ainda este ano?
No momento em que a gente conseguir uma regularidade nisso que a gente est� construindo, no desempenho, efici�ncia nas finaliza��es, nessas roubadas de bola no campo do advers�rio, os resultados vir�o e a consist�ncia do nosso jogo aumentar�. N�o � que a gente busque apenas o desempenho, mas o desempenho nos dar� uma regularidade de resultados no futuro. O que a gente almeja � que no Campeonato Brasileiro a gente j� esteja com essa consist�ncia, com essa regularidade e com padr�o j� bem definido em todos os jogos.
A sua ideia � impor sempre aos advers�rios na S�rie B um estilo de jogo �nico do Cruzeiro, dentro e fora de casa, ou voc� prepara muitas varia��es?
Sim. O trabalho � para que a gente alcance um padr�o de jogo dentro e fora de casa. Ser protagonista, ter a bola, ser agressivo em todas as a��es do jogo. � isso que estamos construindo, sabendo que n�o � f�cil. � uma ruptura grande pelo passado recente do clube. Estamos confiantes neste processo e na nossa jornada na S�rie B. A gente est� construindo, batalhando diariamente, para que esse processo seja acelerado e a gente j� encontre esse padr�o o mais r�pido poss�vel. Mas tamb�m entendendo o contexto de pr�-temporada curta, de jogos em sequ�ncia, de um passado recente em que n�o se jogava assim.
� um momento de ruptura, de transi��o, e que estamos fazendo com muito trabalho, muito esfor�o para alcan�ar esse padr�o, esse estilo de jogo, e uma regularidade, principalmente.
Pela sua experi�ncia em S�rie B, pelo aprendizado do Cruzeiro em 2020 e pelo que tem visto do grupo, o torcedor pode mesmo sonhar com o acesso?
Sim. A gente acreditou neste projeto, aceitou a proposta e com esse objetivo principal no ano. Pouca experi�ncia que tenho de S�rie B me d� possibilidade de saber que uma equipe neste torneio tem que jogar um jogo intenso e organizado. A intensidade de S�rie B � alta. Eu acho que, pegando um pouco da temporada passada, o Cruzeiro vem aumentando o n�mero individual dos atletas no GPS, na quest�o de quilometragem percorrida, de alta intensidade. E tamb�m nos n�meros coletivos. Estamos crescendo neste sentido. Estamos evoluindo.
Neste ano, a S�rie B ser� bem dif�cil. N�o que seja mais dif�cil do que as outras, mas continuar� elevando seu n�vel, coisa que vem acontecendo nos �ltimos anos. Estamos nos preparando para isso, para ser uma equipe intensa, competitiva, que jogue futebol, mas que tamb�m saiba competir e tenha intensidade alta.
Voc� espera uma S�rie B polarizada entre o Cruzeiro e os grandes que ca�ram ou mais equilibrada? Quais os fortes candidatos na sua opini�o?
Dif�cil prever. Depende do processo de in�cio de ano de cada clube. A gente tem exemplos como do Cuiab�, que veio da S�rie C, disputou dois anos a S�rie B e cresceu a cada ano (e conseguiu o acesso � S�rie A). Existem equipes que permaneceram na S�rie B e t�m processos de m�dio e longo prazo, que tamb�m v�m com trabalhos s�lidos e em crescimento. S�o equipes que podem brigar.
Ser� equilibrada como a do ano passado, como a de outros anos, de muitas equipes poderem, no decorrer da competi��o, chegar ao G4. Vejo uma S�rie B competitiva neste ano e que a gente esteja preparado, cientes de que teremos que trabalhar bastante para vencer a cada partida.
Voc� considera fundamental para o Cruzeiro subir como campe�o?
Vamos sempre buscar o patamar m�ximo, at� pela grandeza do Cruzeiro. Mas o objetivo principal � o acesso. Acho que se a gente tiver entre os quatro no fim do ano, a gente estar� comemorando a volta � S�rie A, que � o lugar de onde o Cruzeiro n�o deveria ter sa�do. Todo o esfor�o vai ser para isso.
Voc� citou bem o trabalho do Am�rica, que n�o come�ou no ano passado. Come�ou em julho de 2019, quando eu assumi e tra�amos um novo rumo. Trabalhamos bastante para o Am�rica voltar a ser competitivo e, naquele per�odo, eu assumi na 10ª rodada e fizemos 56 pontos - da 10ª rodada at� o final. Foi uma pontua��o de l�der. N�o subimos porque nas 10 primeiras rodadas o Am�rica tinha feito apenas cinco pontos. Se ali tivesse pontuado mais, ter�amos subido. O Am�rica deu continuidade ao trabalho, o Lisca acrescentou muitas coisas.
Agora a gente pensa no Cruzeiro, pensa em mais um projeto consistente, para que a gente possa ver os frutos.
Levantamento feito pelo site ‘Esporte News Mundo’ mostrou que o Cruzeiro tem, em 2021, o pior desempenho ofensivo de sua hist�ria nos primeiros seis jogos - s�o apenas cinco gols marcados. Ainda que a gente entenda que se trata de um in�cio de trabalho, como voc� explica esse aproveitamento ofensivo t�o ruim em um time que tem como principal filosofia a agressividade?
A explica��o est� no momento de transi��o. N�o tem outra explica��o. Quando voc� aumenta a velocidade do jogo, quando voc� aumenta a agressividade e o volume, a tend�ncia � que a efici�ncia t�cnica reduza. Isso eu j� passei em outros clubes e �, de certa maneira, natural. Aqui a ruptura � maior do que tive em outros clubes. O Bragantino era uma equipe que j� jogava para frente e tinha volume ofensivo grande. O Guarani tamb�m, mesmo n�o tendo bons resultados na B, nunca foi uma equipe de jogar em bloco baixo e ser reativo. Sempre procurou propor o jogo.
A ruptura no Cruzeiro � uma ruptura maior. � um desafio maior, que requer mais tempo at� pelas mudan�as no elenco e o que o clube passou. S�o v�rias circunst�ncias nesse processo mais trabalhoso. Mas n�o tenho d�vidas que estamos no caminho certo.
Essa an�lise � fria se voc� pega s� os n�meros de gols. Tivemos 27 finaliza��es no primeiro jogo. A tend�ncia � que, no decorrer do jogo, essas 27 finaliza��es em uma partida, muitas delas dentro da �rea - salvo engano foram 9 dentro da �rea -, se tornem dois ou tr�s gols para nossa equipe. Nossa m�dia � de 16, 17 finaliza��es (por jogo). A entrada no �ltimo ter�o do Cruzeiro � a maior do Campeonato Mineiro comparando com todas as equipes.
S�o n�meros que demonstram que estamos no caminho certo. Essa falta de efic�cia vai mundo dentro do que falei. Aumento da velocidade, aumento do volume, acostumar os atletas a jogarem nessa velocidade, nessa intensidade e manter o refino t�cnico. Essa � a adapta��o. Com o tempo, automatiza��o dos movimentos, com adapta��o dos atletas, a efici�ncia ser� maior. E vamos transformar esse controle em gols e vit�rias.
Voc� teve cerca de 10 sess�es de treino neste per�odo de paralisa��o em fun��o do coronav�rus. Antes do jogo contra o Am�rica, foram outras sete sess�es. De forma objetiva, o que voc� espera observar de diferente na partida diante do Tombense, nesta quinta?
� um processo que n�o � linear. Ele vai ter oscila��o. Mesmo tendo uma semana de treino antes do jogo contra o Am�rica, na verdade foram tr�s ou quatro dias de treinos fortes. V�spera e antev�spera de jogo voc� reduz, pensando no jogo. Monta trabalhos de estrat�gia de jogo. At� esse corte do Am�rica, rodamos bastante a equipe. No jogo contra o Am�rica, mudei mais uma vez, porque acreditava que era hora de fazer essas experi�ncias, variar fun��es naqueles que j� jogaram em outras fun��es, como foi o caso do Ruschel por dentro. Era o momento de testar os jogadores, dar minutos a todos. Agora, � um outro momento.
� um momento de montar uma base e dar crescimento a essa base. N�o que n�o haver� altera��es, pode ter suspens�o, rendimento melhor, mas ser�o menos. Voc�s conseguir�o ver e saber mais ou menos qual a equipe do Cruzeiro entrar� em campo daqui para frente. � a segunda parte do processo, que d� um crescimento maior no coletivo. D� uma consist�ncia maior. � isso que vamos buscar nos dois meses finais do Mineiro para iniciar bem o Brasileiro.
Recentemente voc� disse que aguarda mais refor�os para a S�rie B. O perfil deles ser� de jogadores mais experientes, como o R�mulo, ou atletas mais promissores?
Essa � uma an�lise mais complexa. Independentemente de ser jovem ou com a idade mais avan�ada, mas que tenham o perfil de um jogo de intensidade. A gente busca sim. Mas � algo complexo de dizer. �s vezes, numa posi��o, voc� tem um atleta mais experiente e n�o tem um jovem dentro da casa que possa te dar esse perfil. E a� voc� pode buscar um (refor�o) jovem que vai fazer uma sombra para esse atleta mais experiente. Ou, com um determinado tempo, at� ocupar a vaga dele num processo natural de disputa.
Em outra posi��o voc� pode ter um experiente e um jovem. Cito o exemplo do Manoel, um zagueiro experiente, que ajuda nesse processo que a gente est� passando, e a gente tem o Weverton, que eu puxei. Fui assistir a um treinamento do time sub-20, puxei e hoje est� integrado ao profissional e precisa de espa�o (para jogar). Ent�o voc� vai trazer um zagueiro para ocupar essa segunda posi��o ou brigar pela titularidade? Voc� p�e o Weverton para terceira op��o? Se fizer isso, voc� atrapalha o processo de um jovem muito promissor dentro do clube. Essa an�lise � mais complexa do que simplesmente falar que o treinador quer um jogador mais jovem, mais experiente.
N�o se define um perfil s� por isso. O importante � o Cruzeiro sair vencedor este ano e conseguir o acesso. E, com o tempo, essa roda vai girar e talvez voc� veja um time mais jovem, mais intenso, com mais perfil de m�dio e longo prazo. Mas o importante este ano � o acesso. Temos que estudar cada caso, entender cada caso. O que for melhor para o clube a gente vai fazer.
E as posi��es?
As posi��es tamb�m tem a ver com isso. Claro que, em algumas, isso fica mais claro. Tenho s� o C�ceres na lateral direita e estou trabalhando o Ramon, trabalhei o Geovane, ambos da base. Essa � uma posi��o que, hoje, a gente pode trazer um atleta para brigar por posi��o com o C�ceres. Ou, daqui a um m�s, eu posso falar que o Ramon foi (est� pronto). Ele se desenvolveu, teve uma evolu��o enorme e eu dou uma segurada naquele lateral-direito que a gente estava mapeando no mercado. Estou dando um exemplo de como o processo � din�mico.
A gente tem algumas posi��es em que a gente j� olha, mapeia, sabe que pode continuar sendo uma car�ncia no elenco, mas isso � din�mico e muda de acordo com o processo. Daqui a um m�s pode estar resolvido. Teria o C�ceres, que sustenta a posi��o, e o Ramon, de 20 anos, que para a S�rie B pode dar conta do recado. Nesse caso, o clube n�o precisa mais gastar dinheiro, ir no mercado e trazer, uma vez que eu tenho um ativo dentro do clube. � um processo din�mico.
N�o posso passar para voc�s os nomes que a gente est� mapeando, at� pela concorr�ncia do mercado, mas estamos fazendo, analisando e, a cada semana, reavaliando. Tem que ser assim, n�o temos muita margem para erro este ano. O Cruzeiro n�o pode contratar 20 jogadores e mandar embora outros 15, botar para treinar � parte outros 15. Isso faz mal, seja financeiramente seja numa gest�o de grupo.
A gente tem que ter esse trabalho consistente, sabendo que vamos ter esse in�cio doloroso, sabendo que precisa crescer em todos os aspectos. Mas sabendo tamb�m que esses atletas do Mineiro v�o ter uma evolu��o, temos que acompanhar essa evolu��o, ver at� onde eles v�o conseguir responder, para, a� sim, ir pontualmente no mercado e trazer as pe�as para deixar o time mais forte no Brasileiro.
Embora tenha conseguido realizar alguns pagamentos pontuais nos �ltimos meses, o Cruzeiro segue com d�bitos com o grupo de jogadores. At� que ponto isso atrapalha o seu trabalho?
O clube n�o s�o duas partes, � uma parte s�, e tudo influencia: a quest�o financeira, a quest�o do ambiente, a quest�o do relacionamento, a quest�o do passado, de superar isso e olhar pra frente. Tem v�rios pontos que a gente trabalha no dia a dia e n�o � s� a quest�o t�tica.
Sobre a quest�o financeira, o que a gente tem procurado fazer e tem constru�do com os atletas?
Todos est�o envolvidos e querem ajudar o Cruzeiro. O Cruzeiro vem de um ano dif�cil, a quest�o financeira ainda est� num processo muito delicado. E cabe a n�s nos tornarmos uma equipe forte, competitiva, uma equipe que vai avan�ar nas competi��es. Porque isso tamb�m ajuda a trazer patrocinadores, trazer receitas com os torcedores. Enfim, se a equipe for bem dentro de campo, a gente vai ajudar o clube a equalizar essa quest�o tamb�m.
Todos est�o envolvidos e querem ajudar o Cruzeiro. O Cruzeiro vem de um ano dif�cil, a quest�o financeira ainda est� num processo muito delicado. E cabe a n�s nos tornarmos uma equipe forte, competitiva, uma equipe que vai avan�ar nas competi��es. Porque isso tamb�m ajuda a trazer patrocinadores, trazer receitas com os torcedores. Enfim, se a equipe for bem dentro de campo, a gente vai ajudar o clube a equalizar essa quest�o tamb�m.
Esse trabalho que falo para voc�s, que � de m�dio e longo prazo, dos jogadores da base, em que eu citei o Weverton como exemplo, que a curto prazo j� estamos conseguindo integr�-lo num elenco profissional, isso tamb�m vale muito.
O valor de um Weverton, o valor de jogadores jovens dentro do clube, jogando... Eu fiz isso no Am�rica, v�rios atletas l� que at� hoje jogam e s�o jovens que integram uma equipe profissional. No Guarani, a gente fez esse processo mesmo com o carro andando. Foi Renanzinho, foi Matheus Souza, foi Eliel, todos eles atletas de 2000, 2001, atletas abaixo de 20 anos. Teve ainda o Vitor Ramon, que estreou contra o Cruzeiro no Mineir�o. Enfim, isso ajuda muito o clube e temos que fazer isso aqui tamb�m. Seja dentro de campo, com resultado, porque isso vai ajudar o clube a conquistar receitas, seja atrav�s desses atletas jovens a m�dio e longo prazo.
Porque falo a m�dio e longo prazo? Porque voc� n�o pode passar a responsabilidade toda para eles num primeiro momento. Voc� tem que montar uma equipe competitiva, uma equipe organizada e que esses atletas jovens, aos poucos, entrem na equipe e deem um retorno esportivo e financeiro. � esse o trabalho que a gente est� fazendo.