Cruzeiro empata com Goi�s: Dos males o menor

Com v�rias exibi��es ruins em sequ�ncia, cada partida do Cruzeiro em 2021 se transforma em sofrimento para seus torcedores. Mais uma vez, a torcida celeste ficou frustrada com a atua��o irregular da equipe, no empate de ontem com o Goi�s por 1 a 1, no Mineir�o – jogo que marcou a estreia do t�cnico Mozart Santos. Mesmo sem convencer, a Raposa saiu de campo com seu primeiro pontinho na S�rie B do Campeonato Brasileiro, numa temporada de muitas dificuldades para o clube.

Com o resultado, o time mineiro continua na lanterna da competi��o, algo at� ent�o inimagin�vel para a torcida – CSA, Brasil de Pelotas e Ava� tamb�m aparecem na zona de rebaixamento. Nos �ltimos sete jogos, o Cruzeiro venceu apenas um, deixando em evid�ncia as diversas car�ncias no grupo, sobretudo no setor ofensivo. Os dois pr�ximos compromissos ser�o fora de casa: quarta-feira, enfrenta a Ponte Preta �s 21h30, no Mois�s Lucarelli, e em seguida visita o Oper�rio-PR, s�bado, em Ponta Grossa.

A semana celeste foi tumultuada do in�cio ao fim. A equipe havia perdido para o CRB por 4 a 3, em Belo Horizonte, pela Segunda Divis�o, no domingo. Na quarta, amargou a elimina��o na terceira fase da Copa do Brasil para a Juazeirense-BA nos p�naltis, depois de derrota por 1 a 0 no tempo normal. O rev�s culminou na demiss�o de Felipe Concei��o e na contrata��o de Mozart, muito contestado por parte da torcida desde o an�ncio.

Antes da partida de ontem, integrantes de torcidas organizadas deixaram de lado o isolamento em plena pandemia de COVID-19 e foram � Toca da Raposa II protestar. Os principais alvos foram o presidente S�rgio Santos Rodrigues e o diretor de futebol Rodrigo Pastana, ex-CSA, que chegou nesta semana e foi o respons�vel pela escolha de Mozart para comandar a Raposa. O clube celeste vive grave crise financeira e est� com sal�rios atrasados.

Em seu primeiro jogo � beira do gramado, Mozart trouxe como novidade uma marca��o mais recuada na defesa. O treinador elogiou a rea��o do grupo, mas disse que somente as vit�rias tirar�o o time da situa��o ruim: “Gostei bastante do jogo, principalmente do nosso esp�rito. S� os resultados v�o trazer a confian�a novamente. Precisamos melhorar nesse sentido. N�o era um jogo simples. Eles lutaram at� o fim, conseguiram o empate e quase viramos”, ressaltou o treinador.

Para Mozart, a postura defensiva do Goi�s impediu que o Cruzeiro tivesse um resultado melhor: “N�o � f�cil jogar contra uma equipe que marca bem, que baixou as linhas. O gol contra tornou o jogo favor�vel para eles. O Tadeu fez v�rias defesas. Quer�amos vencer, eu mais do que ningu�m, mas enalte�o o esp�rito da minha equipe. Esse ponto, pode ter certeza, ser� importante mais � frente”.

Afastado do grupo at� pouco tempo sob o comando de Felipe Concei��o, o armador Marcinho, autor do gol celeste, acabou se transformando em her�i. Presente na lista de poss�veis negoci�veis do Cruzeiro, ele precisou de poucos minutos para balan�ar as redes e ganhar prest�gio com a nova comiss�o t�cnica.

O jogador destacou que a equipe tem de se habituar � filosofia do novo comandante: “A gente veio com o intuito de conquistar os tr�s pontos, mas come�amos levando um gol numa desaten��o nossa na defesa. Fomos guerreiros para conseguir o empate e quase virar. O mais importante � continuar o trabalho, pois, agora, � um trabalho novo. Precisamos continuar dando sequ�ncia ao trabalho do treinador que acabou de chegar. O Cruzeiro tem de sair desta situa��o o mais r�pido poss�vel, esquecer o que passou e voltar para o lugar onde ele sempre esteve”.

SEM CONFIAN�A  Por tudo o que ocorreu na semana, o que se viu nos primeiros minutos foi uma equipe totalmente sem confian�a. Os donos da casa pecaram seguidamente em trocas de passes e finaliza��es. Acabaram surpreendidos logo no in�cio com um gol contra bizarro marcado pelo zagueiro Joseph, improvisado na lateral: ele foi tentar recuar uma bola com o peito para o goleiro F�bio e mandou para o fundo das redes.

A equipe celeste ainda teve tr�s chances para marcar na etapa inicial, mas parou em boas defesas do goleiro Tadeu.

No segundo tempo, a Raposa se arriscou mais ao ataque com mudan�as feitas por Mozart. Foi premiada com o gol de Marcinho nos minutos finais, em boa jogada envolvendo Felipe Augusto e Bruno Jos�. O Cruzeiro at� ensaiou uma virada, por�m, sem objetividade, n�o teve �xito.