
"As d�vidas da Fifa existem h� muito tempo. Infelizmente, estouraram todas de uma vez. S�o processos que tramitaram tr�s, quatro, cinco, seis anos, conforme for a d�vida. Tiveram atletas que renderam muito dinheiro ao Cruzeiro e as d�vidas n�o foram pagas", lamentou S�rgio.
"Temos essa do Arrascaeta, que gerou o transfer ban, vamos ter outra do Riascos agora em julho, que geraria outro transfer ban. N�o existe, em princ�pio, recursos para pag�-las. A puni��o que existe para elas � o n�o registro de jogadores", complementou.
No fim de junho, o Cruzeiro j� ficou impossibilitado de registrar novos atletas pela d�vida com o Defensor, do Uruguai, pela aquisi��o de Arrascaeta, tamb�m em 2015. Embora tenha faturado 13 milh�es de euros com a venda do meia-atacante ao Flamengo, realizada em 2019, o clube n�o quitou uma d�vida de cerca de R$ 7 milh�es com os uruguaios.
J� no caso de Riascos o d�bito inicial � de 1,145 milh�o de d�lares (cerca de R$ 6 milh�es na cota��o atual) com o Mezlat�n, antigo Monarcas Mor�lia, do M�xico. Contratado em janeiro de 2015, o atacante colombiano marcou apenas um gol em 16 jogos realizados com a camisa celeste. Ele saiu do clube em fevereiro de 2017 sem deixar qualquer saudade no torcedor.
De acordo com o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo e que atende o Defensor no caso de Arrascaeta, as puni��es sobre registros de novos jogadores ficam vigentes por tr�s janelas de transfer�ncias ou at� que o Cruzeiro quite os d�bitos. "Caso n�o pague ao final deste per�odo, a gravidade da san��o aumentar�, podendo ser aplic�vel a perda de pontos ou o rebaixamento", explicou.
Denilson
Outra d�vida que causa preocupa��o no torcedor do Cruzeiro � a que envolve o volante Denilson. Pelo d�bito de cerca de R$ 5,3 milh�es pelo empr�stimo do volante, realizado em 2016, o time celeste j� perdeu seis pontos na S�rie B do Campeonato Brasileiro de 2020. Uma nova puni��o neste caso poderia representar at� o rebaixamento � S�rie C.
O presidente do Cruzeiro afirmou, no entanto, que o dinheiro que o clube conseguir� com a venda da Sede Campestre II, j� aprovada pelo Conselho Deliberativo e com comprador interessado, servir� para pagar a d�vida com o Al Wahda, dos Emirados �rabes Unidos.
"Com rela��o ao Denilson, pode acarretar uma perda mais efetiva, a grande quest�o � que a gente conseguiu aprovar a aliena��o daquela Sede Campestre II, em uma reuni�o que foi feita ano passado. Desde ent�o, temos procurado compradores. Conseguimos arrumar um, que vai pagar o valor de avalia��o, mas s�o problemas micro do Cruzeiro que as pessoas n�o sabem", explicou.
"Quando fomos efetivar a venda do terreno, vimos que n�o estava regularizado. Faltam detalhes de cart�rio, de patrim�nio, diversos documentos a serem conseguidos. Hoje, quem vive no meio da pandemia, sabe como � conseguir uma certid�o. Cart�rio n�o funciona normal, prefeitura n�o funciona normal. Tudo atrasando. O que a gente faz � acelerar para resolver isso. Resolvendo, creio que essa d�vida pior a� a gente vai conseguir salv�-la o quanto antes", complementou.
D�vidas j� pagas
Durante a entrevista coletiva gravada que concedeu nessa quarta-feira, S�rgio tamb�m destacou os d�bitos que j� foram pagos pela sua administra��o. Ele estima que o montante alcan�a R$ 40 milh�es.
"Ano passado pagamos quase R$40 milh�es. Efetivamente pagos. Fora alguns que a gente parcelou. Estourou aqui, � nossa responsabilidade, j� que assumimos o CNPJ Cruzeiro, mas nos culpar por tudo, creio que est� equivocado", opinou.