
T�quio’2020 ser� a 16ª edi��o dos Jogos Paral�mpicos. A expectativa � de que 4.400 atletas v�o competir nas 22 modalidades – o Brasil participar� em 17. O pa�s levar� a segunda maior delega��o de sua hist�ria, com 253 atletas.
A maior foi no Rio’2016, quando teve 285. Mas ser� a maior delega��o a ser enviada ao exterior. A solenidade de abertura, no Est�dio Ol�mpico de T�quio, ser� na ter�a-feira (24/08) e a solenidade de encerramento, em 5 de setembro. O objetivo da delega��o brasileira � alcan�ar o cent�simo ouro na Terra do Sol Nascente. Faltam apenas 13 medalhas para a meta, e n�o faltam brasileiros para ajudar a delega��o a cumprir a miss�o.
No cen�rio mundial, sete atletas brasileiros se destacam. Coincidentemente, cinco s�o de uma mesma modalidade, o atletismo: Alan Fonteles, Petr�cio Ferreira, Washington J�nior, Yohansson Nascimento e a mineira Izabela Campos.
Na nata��o, est� aquele que � considerado um dos maiores nomes paral�mpicos do mundo, Daniel Dias. E no jud�, o veterano Ant�nio Ten�rio, que nunca saiu de uma edi��o dos Jogos sem medalha. Confira quem s�o esses atletas que chegar�o � Paralimp�ada de T�quio com chance de p�dio.
A maior foi no Rio’2016, quando teve 285. Mas ser� a maior delega��o a ser enviada ao exterior. A solenidade de abertura, no Est�dio Ol�mpico de T�quio, ser� na ter�a-feira (24/08) e a solenidade de encerramento, em 5 de setembro. O objetivo da delega��o brasileira � alcan�ar o cent�simo ouro na Terra do Sol Nascente. Faltam apenas 13 medalhas para a meta, e n�o faltam brasileiros para ajudar a delega��o a cumprir a miss�o.
No cen�rio mundial, sete atletas brasileiros se destacam. Coincidentemente, cinco s�o de uma mesma modalidade, o atletismo: Alan Fonteles, Petr�cio Ferreira, Washington J�nior, Yohansson Nascimento e a mineira Izabela Campos.
Na nata��o, est� aquele que � considerado um dos maiores nomes paral�mpicos do mundo, Daniel Dias. E no jud�, o veterano Ant�nio Ten�rio, que nunca saiu de uma edi��o dos Jogos sem medalha. Confira quem s�o esses atletas que chegar�o � Paralimp�ada de T�quio com chance de p�dio.
ALAN FONTELES
Com 28 anos, o velocista brasileiro � especialista nos 100 metros rasos. Tem tr�s medalhas nos Jogos Paral�mpicos: ouro, individual, em Londres’2012, quando bateu ningu�m menos que o sul-africano Oscar Pistorius, impingindo-lhe sua primeira derrota; e duas pratas, ambas no revezamento 4x100m em Pequim’2008 e Rio’2016. Em Mundiais, ele tem tr�s ouros, duas pratas e tr�s bronzes.
PETR�CIO FERREIRA
Com 24 anos, Petr�cio � um especialista em provas de velocidade e � considerado um fen�meno, pois, desde a Paralimp�ada Rio’2016, bateu o recorde mundial dos 100m cinco vezes. Na classificat�ria, marcou 10s67, e na final, foi ouro com 10s57. Ganhou ainda duas medalhas de prata, nos 200m e 4x100m. No Mundial de Londres’2017, ganhou a prova dos 100m com seu terceiro recorde, 10s53. Na mesma competi��o, em Paris’2018, fez 10s50. Em Doha’2019, o quinto recorde mundial para a dist�ncia, 10s42.
WASHINGTON J�NIOR
Tamb�m com 24 anos, � outro grande potencial do atletismo brasileiro, outro especialista nos 100m. Aos 2 anos, perdeu a m�o esquerda em um moedor de grama, enquanto o pai trabalhava. Come�ou a correr aos 15 anos, levado por uma amiga de sua m�e. Desde ent�o, apaixonou-se pelo atletismo. Aos 19, sagrou-se campe�o mundial j�nior dos 100m rasos, na R�ssia. Seu maior feito foi no Campeonato Mundial de Dubai'2019, quando conquistou a medalha de prata, chegando atr�s de Petr�cio Ferreira.
YOHANSSON NASCIMENTO
Com 33 anos, Yohansson participar� de sua quarta Paralimp�ada. Em Pequim’2008, ganhou as duas primeiras medalhas: bronze nos 200m e prata no 4x100m. Nos Jogos de Londres’2012, mais duas medalhas – ouro nos 200m rasos e prata no 400m. Na Rio’2016, ficou com o bronze nos 100m e a prata no 4x100. No Mundial de Doha’2019, conquistou o bronze, completando o p�dio brasileiro, o primeiro da hist�ria.
IZABELA CAMPOS
A mineira de 40 anos perdeu a vis�o aos 6 anos. � especialista em arremessos, de disco e peso, e lan�amento de peso. No Rio’2016, foi bronze no lan�amento de disco. Destacou-se tamb�m em duas edi��es dos Jogos Parapan-Americanos: em Toronto’2015, foi ouro no disco e prata no peso, e em Lima’2019, foi novamente ouro no disco. Em Mundiais, ganhou cinco medalhas. Em Lion’2013, foi bronze no peso. Em Doha’2015, bronze no disco. Em Londres’2017, dois p�dios, prata no dardo e bronze no disco. Em Doha’2019, ganhou o bronze no disco.
DANIEL DIAS
� considerado o maior nadador paral�mpico de todos os tempos. � o maior brasileiro em n�mero de medalhas paral�mpicas: 24. Na primeira participa��o, em Pequim’2008, ganhou quatro ouros, quatro pratas e um bronze. Em Londres’2012, foram seis ouros. No Rio’2016, levou quatro ouros, tr�s pratas e dois bronzes. Seus feitos n�o param por a�. Em Jogos Parapan-Americanos, ganhou oito ouros no Rio’2007, e 11 ouros em Guadalajara’2011. Em Mundiais de piscina de 50m, s�o oito ouros, e em Mundiais de piscina curta (25m), sete ouros e tr�s pratas.
ANT�NIO TEN�RIO
O brasileiro, de 50 anos, � considerado o maior judoca paral�mpico de todos os tempos. Ele ficou cego do olho esquerdo ao levar uma bodocada, aos 13 anos. Seis anos depois, em fun��o de uma infec��o, perdeu o olho direito. � ganhador de nada menos que quatro medalhas de ouro seguidas em Paralimp�adas. A primeira foi em Atlanta’96, na categoria 86 quilos. Em Sydney’2000, tornou-se bicampe�o ol�mpico, agora nos 90 quilos. Em Atenas’2004, foi tricampe�o nos 100 quilos. O tetracampeonato paral�mpico veio novamente nos 100 quilos, em Pequim’2008. Em Londres’2012, ganhou a prata, nos 100 quilos, e no Rio’2016 foi bronze, tamb�m nessa categoria.
Modalidades da Paralimp�ada de T�quio
Atletismo
Parabadminton
Basquete (em cadeira de rodas)
Bocha
Paracanoagem
Ciclismo (estrada e pista)
Esgrima (em cadeira de rodas)
Futebol de 5
Goalball
Hipismo
Jud�
Halterofilismo
Nata��o
Remo
R�gbi (em cadeira de rodas)
Parataekwondo
T�nis de mesa
T�nis (em cadeira de rodas)
Tiro esportivo
Tiro com arco
Triatlo
V�lei sentado
Obs: Em it�lico, as modalidades das quais o Brasil competir� em T�quio
MEM�RIA
Lei antidoping
O Brasil n�o participou das tr�s primeiras edi��es dos Jogos Paral�mpicos (Roma’1960, T�quio’1964 e Telavive’1968). A estreia se deu em Heidelberg’1972, na Alemanha. Eram apenas oito para-atletas. O pa�s n�o conquistou medalha. N�o existia ainda movimento de esportes para deficientes no Brasil. Foi na segunda participa��o, em Toronto’1976, que o pa�s conquistaria a sua primeira medalha, prata com a dupla formada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa, na modalidade conhecida por lawn bowls, uma competi��o semelhante � bocha e que era praticada na grama. Atualmente, o Brasil est� entre os 30 melhores pa�ses em n�mero de medalhas. No entanto, � importante salientar, s� obteve n�mero significativo de medalhas nas �ltimas oito edi��es Paral�mpicas – ou seja, a partir de Seul’1988.
ENQUANTO ISSO...
Supera��o atr�s das lentes
Os Jogos Paral�mpicos s�o, acima de tudo, um evento que pode ser definido pela palavra “supera��o”, em todos os sentidos. Um exemplo � o fot�grafo Jo�o Batista Maia da Silva, de 46 anos, deficiente visual que estar� em T�quio registrando as competi��es. Ser� sua segunda Paralimp�ada, j� que ele trabalhou tamb�m na do Rio'2016. Para capturar as imagens, Jo�o utiliza a audi��o, tato, olfato, percep��o de vultos e cores. Nascido em Bom Jesus (PI), ele conta que desde pequeno era fascinado por fotografia. Em 2004, aos 28 anos, foi diagnosticado com uve�te bilateral, uma inflama��o no olho direito, que levou a um descolamento de retina. Pouco tempo depois, sofreu uma les�o no nervo �tico do olho esquerdo e atualmente tem o que se chama baixa vis�o. S� enxerga um objeto a, no m�ximo, 15cm de dist�ncia. Isso n�o o impede de continuar praticando a profiss�o que abra�ou. Mas ele entrou no mundo dos esportes como corredor e depois nos arremessos.