
Diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins participou do podcast Superesportes Entrevista e tratou de temas como o afastamento do meia Daniel J�nior para o time sub-20 devido � arrastada negocia��o de renova��o. Pe�a importante do elenco de Paulo Pezzolano, o jovem de 20 anos treinar� com a base at� que o imbr�glio se resolva. O dirigente falou sobre as chances de o clube perder mais uma de suas joias, a exemplo do que aconteceu com Vitor Roque.
Na entrevista, Martins tamb�m analisou a valoriza��o do t�cnico Paulo Pezzolano no mercado brasileiro e os riscos de perd�-lo ao fim do ano, ainda que o clube consiga o acesso � S�rie A. O executivo de futebol ainda revelou qual � a nova pol�tica para as categorias de base, de onde devem ser revelados novos talentos. Confira os principais trechos da entrevista:
Daniel J�nior j� revelou o interesse de seguir no Cruzeiro, mas as negocia��es para renova��o est�o estagnadas. O que exatamente est� travando essa negocia��o?
O caso do Daniel � um pouco mais tranquilo porque n�o � um contrato que est� acabando (vai at� 2023). O clube est� querendo valorizar o jogador. Est� fazendo uma proposta de valoriza��o, dentro de um plano de progress�o de carreira para ele. A ideia n�o � sair do zero para o 100. � mostrar, n�o s� para o Daniel, mas para todos atletas que est�o saindo do sub-20, que existe um plano de progress�o. Conforme ele vai jogando, tomando o posto de protagonista no time principal, vai conseguindo se remunerar por isso. A gente remunera pelo desempenho, n�o antes.
O Cruzeiro n�o teme perder o Daniel J�nior, assim como perdeu o Vitor Roque para o Athletico-PR, tendo em vista que a multa rescis�ria dele � baixa?
Todo contrato tem sua multa. Se os clubes ou qualquer outro ente de mercado entender que devem pagar a multa, isso acontece, faz parte do contrato. A gente nunca � ref�m de um contrato. Os contratos existem e a gente coloca as metas, as possibilidades e inclusive ganhos salariais para que esses contratos sejam melhorados. � uma escolha do atleta e do estafe aceitar ou n�o o que o clube est� propondo. Nunca � uma imposi��o. A gente gosta de sentar com todas as partes e demonstrar que isso � uma constru��o. A� vai do estafe, das pessoas que est�o fazendo parte da carreira do atleta escolher isso ou n�o. Isso n�o depende do Cruzeiro. A gente tem que apresentar o que, primeiro, faz sentido e tem l�gica, e segundo, o que a gente consegue pagar.
Pezzolano tem contrato s� at� o fim do ano e j� se v� o ass�dio aumentar, a imprensa nacional destacando o trabalho. J� h� negocia��o para ampliar esse v�nculo? Voc� acredita numa passagem longeva dele pelo Cruzeiro?
Desde o in�cio, quando o Paulo Pezzolano chegou, a constru��o com ele foi justamente para que a gente conseguisse construir o ambiente para que, n�o s� ele pudesse usufruir desse novo projeto do Cruzeiro, mas para que pud�ssemos ter um treinador que estivesse alinhado com o que o Cruzeiro quer de jogo. N�o s� em termos de princ�pios de jogo, mas com rela��o ao projeto desportivo do clube. O nosso objetivo, daqui para frente, � termos representantes de uma ideia de jogo. Hoje, esse representante � o Paulo Pezzolano, que vem apresentando um desempenho muito bom. A nossa rela��o � muito franca, muito aberta. Estamos muito felizes com o trabalho dele. Ao mesmo tempo, enxergamos o Pezzolano muito feliz com o Cruzeiro. Isso nos d� a seguran�a de que, enquanto essa felicidade acontecer, a gente n�o vai ter problema nenhum em conversar sobre futuro.
Qual � a nova pol�tica do Cruzeiro para as categorias de base?
A gente est� montando uma �rea de capta��o nova dentro do clube. Chegou um novo gestor para essa �rea, e a gente est� fazendo uma an�lise de onde a gente quer procurar esses jovens talentos, principalmente quando a gente fala de categorias menores. Quando voc� fala de categoria sub-20, ou voc� vai atuar numa compra de um jogador que foi destaque em determinada competi��o ou algum jogador que foi dispensado de um outro clube. O nosso foco ser� melhorar bastante, de forma consider�vel, as nossas categorias menores.
O Pedro Louren�o, dos Supermercados BH, prometeu um refor�o para buscar no aeroporto. Isso vai acontecer?
O meu papel � cumprir or�amento (risos). Eu tenho um or�amento aqui, inclusive, que o Ronaldo nos aperta para que a gente consiga cumprir da melhor maneira poss�vel. Dentro do nosso or�amento, hoje, isso n�o � poss�vel. Mas � �bvio, se vier um investidor, um patrocinador, algu�m querendo contribuir, n�o s� com contrata��o, mas, por exemplo, uma s�rie de reformas que a gente precisa fazer na Toca I, na Toca II. A gente, agora, est� fazendo um investimento muito maior no futebol feminino. Precisamos fazer com que o futebol feminino seja cada vez mais competitivo. Todo investimento que venha para fazer com que o Cruzeiro seja mais competitivo ser� aceito. Temos uma equipe de an�lise de mercado que faz isso 24 horas por dia, todos os dias, monitorando possibilidades de mercado que consigam entrar no nosso or�amento. Caso exista a necessidade nessa segunda janela, a gente pode fazer um movimento, sim.
Al�m de subir, o que o Cruzeiro precisa no ano que vem para estar entre os 12 primeiros da S�rie A?
A� � um desafio grande. � claro que o primeiro desafio � respeitar, entender e ser competitivo na S�rie B. N�o adianta a gente pensar na S�rie A sem antes passar por esta etapa que � muito dif�cil. A gente acredita que s� vamos subir da S�rie B para a S�rie A se a gente respeitar muito essa competi��o. E respeitar � trabalhar dia e noite para que a gente seja competitivo nela, respeitando as caracter�sticas dessa divis�o. Quando a gente for para a S�rie A, � importante virar a chave do projeto e entender a S�rie A. Da� vemos como vamos ser competitivos, isso est� completamente atrelado ao estabelecimento e fortalecimento dessas novas fontes de receita.