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Estado de Minas

Pesquisadores em Minas desenvolvem pomada com veneno de abelha

Funda��o Ezequiel Dias e UFMG desenvolvem medicamento que vai beneficiar pessoas que sofrem de artrite reumat�ide, doen�a cr�nica que causa inflama��o nos punhos, m�os e pernas


07/11/2008 07:42 - atualizado 08/01/2010 04:06

Pesquisadores acreditam que medicamento retirada da abelha Apis mellifera esteja no mercado no ano que vem
Pesquisadores acreditam que medicamento retirada da abelha Apis mellifera esteja no mercado no ano que vem (foto: Wilson Fortunato/Divulga��o - 11/8/08 )
A Funda��o Ezequiel Dias (Funed) e a Universidade Federal de Minas Gerais est�o desenvolvendo um medicamento, a base do veneno de abelhas da esp�cie Apis mellifera, que vai beneficiar, em breve, pessoas que sofrem de artrite reumat�ide, uma doen�a cr�nica, de causa desconhecida, que tem como caracter�stica principal a inflama��o articular nos punhos, m�os, pernas e at� no maxilar. O estudo “Desenvolvimento farmac�utico de biopoduto para o tratamento de artrite reumat�ide” teve in�cio em 2004, com a participa��o dos servi�os de Recursos Vegetais e Opoter�picos da Funed e de Virologia Molecular e Bioprodutos da UFMG.

O medicamento, de uso externo, tem propriedades analg�sicas e antiinflamat�rias, e a previs�o � de que ele esteja pronto para o estudo cl�nico em julho do ano que vem. O projeto recebeu financiamento de R$ 300 mil, da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de Minas Gerais, do Minist�rio da Sa�de e da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais.

Segundo a bi�loga Esther Margarida Bastos, chefe do servi�o de Recursos Vegetais e Opoter�picos da Funed, o veneno � um dos produtos do inseto e uma fonte rica de estudos. Para iniciar os trabalhos, a equipe, formada ainda pelo bi�logo Luiz Guilherme Dias Eneinne, pelo professor da Faculdade de Farm�cia da UFMG, M�rcio Coelho, e por Jorge Pesqueiro, do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da UFMG, foi a campo, para padronizar as t�cnicas ideais de extra��o do bom veneno para medicamentos. “Caso o medicamento seja realmente produzido, em larga escala, vamos transferir essa t�cnica para a sociedade de apicultores”, diz a bi�loga.

Durante o estudo, os pesquisadores isolaram, purificaram e caracterizaram as subst�ncias presentes no veneno das abelhas. As fra��es purificadas do veneno passaram pelos estudos biofarmac�uticos em laborat�rio; e agora passam pelos testes com animais de experimenta��o. Para elabora��o do medicamento, ser�o realizadas an�lises para determinar se a melhor forma de apresenta��o do produto ser� a pomada ou o gel.

Segundo Esther, coube ao bi�logo, seu colega na Funed, Luiz Guilherme Dias, fracionar o veneno, retirando dele a parte que causa alergias – a fosfolipase. “Ele, ent�o, fracionou a melitina, que tem uma a��o excelente de induzir o organismo a produzir catecolaminas, que s�o cortic�ides naturais do corpo. Fizemos os estudos em laborat�rios, com ratos, e os resultados s�o muito positivos”, acrescenta a pesquisadora.

Conforme a bi�loga, a produ��o de um medicamento � formada por um longo e detalhado processo. “Temos que fazer muitos testes e a perspectiva � que fa�amos as experi�ncias em humanos no ano que vem, levando mais cerca de tr�s anos para finalizamos o estudo e transform�-lo no produto final”, diz. O mais prov�vel � que o conhecimento obtido com essa pesquisa seja transformado em uma pomada de uso externo, ou um gel, ainda n�o est� definido. “A import�ncia desse projeto � que tivemos apoio e estamos tendo a oportunidade de produzir um novo medicamento, com fontes naturais e sem efeitos colaterais. Quem sabe, num futuro pr�ximo, o Sistema �nico de Sa�de n�o possa produzi-lo, em larga escala?”.


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