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Estado de Minas

Microalgas alimentam-se de CO2 para produzir biopetr�leo


postado em 30/03/2011 18:12

ALICANTE, Espanha - Uma grande quantidade de tubos de oito metros de altura, perto de Alicante, no leste da Espanha, macera o que pode ser o combust�vel do amanh�: biopetr�leo produzido com as microalgas que se alimentam do an�drido carb�nico lan�ado por uma f�brica vizinha.

Cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milh�es de microalgas est�o localizados em uma plan�cie dessa regi�o do leste da Espanha, perto de um cemit�rio, que expele CO2, um g�s que � capturado e levado por meio de tubula��es at� a pequena f�brica de biopetr�leo.

Pesquisadores franceses e espanh�is da pequena empresa Bio Fuel Systems (BFS) desenvolvem h� cinco anos este projeto, ainda experimental.

Em um momento em que os industriais buscam solu��es criativas como alternativas para o petr�leo, a ideia � reproduzir e acelerar um processo que durou milh�es de anos e permitiu a produ��o de petr�leo f�ssil.

"Tentamos simular as condi��es que havia h� milh�es de anos, quando o fitopl�ncton transformou-se em petr�leo. Dessa forma, obtivemos um petr�leo equivalente ao petr�leo atual", explica o engenheiro Eloy Chapuli.

As microalgas, procedentes de uma dezena de cepas mantidas em segredo, foram recolhidas do mar Mediterr�neo e do Oceano Atl�ntico.

Nos tubos, reproduzem-se em grande velocidade, desdobrando-se diariamente por fotoss�ntese e gra�as ao CO2 emitido pelo cemit�rio.

Todos os dias, uma parte desse l�quido muito concentrado � extra�da e filtrada, permitindo a obten��o de uma biomassa que produzir� petr�leo. A �gua restante volta a ser introduzida nos tubos.

Para seus inventores, a outra grande vantagem desse sistema � que ajuda a acabar com a contamina��o: absorve CO2 que, de outra forma acabaria na atmosfera.

"� um petr�leo ecol�gico", assegura o presidente e fundador da BFS, o engenheiro franc�s Bernard Stro¯azzo-Mougin, que trabalhou em campos petrol�feros no Oriente M�dio antes de se instalar na Espanha.

A f�brica de Alicante ainda tem mais de laborat�rio do que de f�brica. "Ainda precisaremos de cinco a 10 anos mais para passar a uma produ��o industrial", assegura Stro¯azzo-Mougin, que espera poder desenvolver no curto prazo um primeiro projeto em grande escala no sul da Espanha e outro na ilha portuguesa de Madeira.

"Uma unidade de cerca de 50 km por 50 km, o que n�o � algo muito grande nas zonas des�rticas do sul da Espanha, poderia produzir em torno de 1,25 milh�es de barris di�rios", ou seja, quase tanto como as exporta��es cotidianas de petr�leo iraquiano, afirma o engenheiro.

A BFS, uma empresa de capital privado, busca agora negociar com "v�rios pa�ses para que patrocinem a instala��o de campos petrol�feros artificiais", explica seu presidente.

A empresa assegura que poder� vender seus barris a um pre�o competitivo, apoiando-se na venda de produtos derivados, como �cidos graxos do tipo Omega 3 obtidos a partir da biomassa.

Outros projetos semelhantes est�o sendo estudados em outras regi�es do mundo.

Na Alemanha, o grupo estatal sueco de energia Vattenfall lan�ou em 2010 um projeto de absor��o por meio de algas do di�xido de carbono emitido pelas centrais que funcionam com carv�o.

O gigante americano do petr�leo ExxonMobil previu um investimento de at� 600 milh�es de d�lares em pesquisas destinadas a produzir petr�leo a partir de algas.

Os industriais, particularmente no �mbito aeron�utico, est�o interessados nessas pesquisas, nas quais esperam encontrar solu��es para substituir o petr�leo cl�ssico, cada vez mais escasso e cujos pre�os s�o vari�veis.

 

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