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Estado de Minas

Medi��o da taxa de creatinina � simples e pode salvar seus rins

A medi��o da taxa de creatinina no sangue pode ser inclu�da em qualquer hemograma. Detec��o de n�veis altos da subst�ncia contribui fortemente para diagn�sticos precoces de males renais


postado em 09/02/2012 07:35 / atualizado em 09/02/2012 10:02

Realizado com o hemograma, o teste que mede a taxa de creatinina no organismo pode indicar problemas renais precocemente. Com apenas uma gotinha de sangue, retirada de forma f�cil e r�pida, o paciente fica sabendo se h� uma quantidade elevada da subst�ncia no corpo e, assim, descobre se o rim est� funcionando corretamente. O problema � que, pela falta de conhecimento, muitas pessoas deixam de pedir o exame e os m�dicos, por outro lado, s� o recomendam quando o paciente faz parte de um grupo de risco.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Daniel Rinaldi, o exame de creatinina j� est� dispon�vel na rede p�blica h� muito tempo, embora n�o seja prescrito com frequ�ncia. “Eu percebo que muitas pessoas nem sabem para que serve a creatinina, mas entender o n�vel dela no sangue � muito importante, pois pode indicar diversas doen�as renais”, observa. O m�dico sustenta que a aten��o da popula��o sempre est� voltada para o colesterol e os n�veis de glicose, sem tanta preocupa��o em rela��o aos rins.

Quando trabalhava como a�ougueiro, Ant�nio Augusto dos Santos, 48 anos, tinha que entrar e sair v�rias vezes ao dia de uma c�mara fria, o que provocou um choque t�rmico em seu corpo. A mudan�a brusca de temperatura desencadeou uma infec��o que afetou os rins de Santos. Ele tamb�m sofreu aumento da press�o arterial e infartou. Essa s�rie de acontecimentos o levou a frequentar sess�es de hemodi�lise h� oito anos e o colocou na lista de espera de um transplante no Sistema �nico de Sa�de.

Antes do incidente, o ex-a�ougueiro conta que nem sabia o que era creatinina, tampouco que o exame era importante para a sa�de. “H� falta de divulga��o sobre isso. O governo deveria fazer uma campanha para conscientizar a popula��o e, assim, evitar problemas maiores”, opina. Atualmente, Santos sempre aconselha os amigos e a fam�lia a se submeterem ao exame. “Eu explico o que � e digo para todos fazerem.”

Dosagem
A creatinina dosada no sangue � derivada principalmente do metabolismo da creatina muscular. Como homens possuem mais m�sculos que mulheres, a quantidade da subst�ncia � maior nos primeiros, assim como em jovens. Quando uma pessoa apresenta n�vel alto do elemento no sangue, isso significa que a fun��o dos rins j� est� cerca de 50% comprometida. “Esse n�vel varia de acordo com a idade e o sexo, pois est� ligado � quantidade de massa muscular de cada um”, explica Rinaldi.

Algumas complica��es card�acas est�o intimamente relacionadas a doen�as renais. “Mais de 100 mil pessoas est�o com problemas card�acos causados por doen�as nos rins e, pior, elas nem sabem do diagn�stico. Algumas morrem antes mesmo de saber que sofriam do mal”, ressalta Rinaldi.

Segundo a nefrologista Luiza Sim�es, o valor normal de creatinina pode variar de 0,6 a 1,3mg/dL. Ela registra que a subst�nica, por si, n�o � marcadora de fun��o renal; para isso, � necess�rio tamb�m avaliar a taxa de filtra��o glomerular por meio de um exame de coleta de urina durante 24h. “Ou, ent�o, por uma f�rmula matem�tica que leva em considera��o a creatinina, o peso e a idade do paciente”, explica.

Rinaldi considera imprescind�vel que os m�dicos prescrevam o exame, principalmente para os grupos de risco. Estima-se que h� aproximadamente 35 milh�es de hipertensos no Brasil. A press�o alta altera a vasculariza��o do corpo todo e, com isso, pode levar � insufici�ncia renal. “Todo paciente hipertenso deveria saber a quantidade de creatinina que tem no sangue”, salienta Rinaldi. O especialista destaca que diab�ticos tamb�m fazem parte do grupo. S�o pelo menos 8 milh�es de pessoas com a doen�a, que, sem saber, podem sofrer de uma insufici�ncia renal no futuro. Em crian�as, o problema � menos frequente.

A SBN estima que h� cerca de 10 milh�es de brasileiros com alguma doen�a renal sem saber disso, pois nos rins os males geralmente s�o assintom�ticos. A pessoa com problemas nos rins pode se mostrar excessivamente cansada e urinar mais. “Casos com dores est�o mais relacionados a c�lculos ou infec��es. E, no mais, se for esperar ter dor, � porque a doen�a j� est� mais avan�ada”, conta o presidente da entidade.

Ap�s uma infec��o urin�ria seguida por complica��es causadas pela press�o alta, o presidente da Associa��o Renais de Bras�lia, Alessandro Lemos, 31 anos, perdeu as fun��es do �nico rim que tem. “Eu nasci apenas com um e, com a doen�a, a �nica solu��o � o transplante”, conta. Paciente de hemodi�lise h� 12 anos, ele teve que deixar a lista de espera de transplantes por n�o conseguir manter os exames em dia. “Para permanecer na fila, � preciso ter os exames em dia, mas, como para marc�-los na rede p�blica demora bastante, acabei perdendo o direito”, explica. Para evitar problemas como o dele, Lemos aconselha que todos fa�am a medi��o de creatinina: “� um exame simples, que n�o custa nem R$ 10”.

 


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