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Estado de Minas

Estresse infecciona o corpo. Saiba como

Segundo pesquisa, pessoas muito tensas s�o mais vulner�veis a doen�as como a gripe. Queda no sistema imunol�gico se d� por um descompasso na libera��o do cortisol, horm�nio respons�vel pelo combate �s inflama��es


postado em 03/05/2012 09:26 / atualizado em 03/05/2012 13:41

Veja a infografia para entender melhor o estudo
Veja a infografia para entender melhor o estudo
H� muito j� se sabe que o estresse provoca altera��es vis�veis no corpo humano, como oscila��es de humor, depress�o, doen�as card�acas e respirat�rias. Mas como, exatamente, uma vida corrida e cheia de atribui��es pode influenciar diretamente a sa�de de um indiv�duo? Um estudo feito pela Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, investigou o tema e descobriu que o cortisol, horm�nio relacionado � resposta imunol�gica do organismo, pode ser a chave para entender o mecanismo. O estudo foi publicado na edi��o de abril do jornal especializado Proceedings of the National Academy of Sciences.

Em situa��es normais, o cortisol funciona como a “arma” do corpo. � ele quem auxilia o organismo a combater infec��es e inflama��es. Segundo cientistas, contudo, per�odos prolongados de estresse fazem com que as gl�ndulas liberem grandes quantidades desse horm�nio. Sheldon Cohen, um dos principais psic�logos envolvidos no trabalho, explica que, “sem uma regula��o adequada desse glicocorticoide, a dura��o e/ou a intensidade das respostas imunol�gicas aumentam”. Isso significa que o risco de exacerba��es agudas, como ocorre na asma e em doen�as autoimunes, tamb�m se eleva. Assim como acontece na diabetes, em que o corpo passa a ser insens�vel � insulina devido � libera��o dela em excesso, o indiv�duo com altos �ndices de cortisol n�o � mais capaz de sentir os efeitos dele.

Com o sistema imunol�gico baqueado, o corpo se torna alvo f�cil para doen�as de toda sorte. Para provar a tese, a equipe americana fez dois estudos em que expuseram volunt�rios ao v�rus da gripe comum para observar a evolu��o da doen�a em pessoas estressadas. Uma vez que os sintomas n�o s�o causados pelo v�rus em si, mas pela intensidade da resposta inflamat�ria desencadeada pelo corpo na tentativa de se livrar dele, a ideia foi medir e comparar essa resposta em cada um dos participantes.

Na primeira an�lise, 276 adultos saud�veis foram expostos ao v�rus e monitorados em quarentena por cinco dias. Ap�s entrevistas e exames, os estudiosos conclu�ram que, quanto mais estressados os indiv�duos, menos o corpo deles apresentava respostas imunol�gicas. N�o por acaso, esses foram os que mais ficaram doentes. A segunda etapa envolveu 79 pessoas tamb�m saud�veis. Dessa vez, o intuito foi observar a produ��o de citocinas proinflamat�rias, respons�veis por enviar mensagens qu�micas que alertam o organismo quando h� uma inflama��o sendo formada. “Prevemos que a resist�ncia ao cortisol estaria associada a eventos estressantes de longa data”, refor�a o pesquisador. “Isso interferiu na baixa quantidade de citocinas e, consequentemente, no aumento da express�o da doen�a.”

Ainda que seja um problema, Armando Ribeiro Neto, psic�logo cl�nico e consultor em gest�o do estresse ocupacional e qualidade de vida no trabalho, explica que o estresse � uma rea��o normal de adapta��o �s adversidades da vida. Saber identificar se as preocupa��es est�o passando dos limites, entretanto, � o primeiro passo para evitar que a condi��o “se espalhe” e acabe desencadeando outras doen�as. “Alguns autores classificam o estresse em est�gios: alerta, resist�ncia, quase exaust�o e exaust�o”, enumera.

Alexandre Cunha, cardiologista do laborat�rio Sabin, frisa que, assim como a press�o alta, o diabetes, o colesterol, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, o estresse � um conhecido fator de risco para problemas cardiovasculares. Al�m de problemas imunol�gicos, quem tem a cabe�a quente tamb�m corre mais risco de ter press�o alta e at� mesmo sofrer um derrame cerebral. Isso acontece devido a intera��es entre os sistemas neuroqu�micos, neuro-hormonais, cardiovasculares e imunol�gicos. “Nem sempre um problema card�aco envolver� um agente emocional, mas o estresse pode estar na raiz de problemas como infartos, arritmias, angina e at� morte s�bita”, completa.


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