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Estado de Minas

Dieta evita c�ncer ap�s a menopausa

Alimenta��o saud�vel � a melhor forma de mulheres que passaram do climat�rio diminu�rem chances de tumor. Praticar exerc�cios torna a preven��o ainda mais eficiente


postado em 13/12/2012 00:12 / atualizado em 13/12/2012 07:48


Cientistas estimam que 25% dos c�nceres s�o causados pelo sobrepeso, pela obesidade e pelo estilo de vida sedent�rio. Fatores de risco particularmente comuns em mulheres mais velhas. Em m�dia, o aumento de cinco quilos na massa corporal pode estar associado ao crescimento de 12% da chance de mulheres que est�o na p�s-menopausa terem c�ncer de mama, segundo estudo publicado na revista cient�fica The Lancet, em 2008. Com base nesse cen�rio, pesquisadores do Centro de Pesquisa em C�ncer Fred Hutchinson, de Seatle, nos Estados Unidos, conclu�ram que a dieta � a melhor alternativa para perder peso e, consequentemente, reduzir o risco de tumores malignos em quem j� passou do climat�rio.
A rela��o estabelecida no estudo entre obesidade e alimenta��o inadequada pode ser um indicador de que essas duas condi��es afetam o risco de c�ncer por meio de v�rios mecanismos, incluindo as inflama��es provocadas no corpo pelo excesso de peso. Os danos repetidos no tecido humano, produzidos pela rea��o de esp�cies de nitrog�nio e de oxig�nio � inflama��o, induzem � deterioriza��o do DNA e � muta��o de genes, podendo dar in�cio � carcinog�nese, processo pelo qual uma c�lula normal se torna cancer�gena.
Biomarcadores inflamat�rios, como o C-reactive protein (CRP) e o interleukin-6 (IL-6), indicam essa condi��o. Por meio da an�lise desses elementos, a equipe comandada por Anne McTiernan conseguiu estabelecer a rela��o entre tumores malignos e a alimenta��o mais saud�vel. “A idade e a obesidade avan�adas s�o fatores de risco para v�rios c�nceres que afetam as mulheres, incluindo o de c�lon, o de p�ncreas e nos rins. Sendo assim, as interven��es para perder peso podem ser importantes para reduzir o risco de v�rios c�nceres nesse p�blico”, considera Anne.
O estudo, intitulado “The nutrition and exercise for women”, foi realizado entre 2005 e 2009. Os pesquisadores escolheram 439 participantes que estavam na p�s-menopausa, n�o faziam terapia de reposi��o hormonal, e n�o tinham hist�rico familiar de c�ncer de mama, doen�as cardiovasculares ou de diabetes, entre outras complica��es m�dicas. As participantes formaram quatro grupos. O primeiro, com 118 mulheres, adotou uma dieta com restri��es cal�ricas. Outras 117 mulheres fizeram exerc�cios aer�bicos, com intensidade moderada e avan�ada, por cerca de 45 minutos di�rios. O terceiro grupo, formado por 117 pessoas, combinou dieta e exerc�cios. O �ltimo, com 87 colaboradoras, n�o fez dieta nem exerc�cio.
Depois de um ano de acompanhamento, houve redu��o do peso por meio da dieta, com ou sem exerc�cio, produzindo uma queda tamb�m em v�rios biomarcadores de inflama��o. “Os grupos que tiveram restri��o cal�rica por meio da dieta experimentaram a perda de 9% a 11% de peso. Esses resultados sugerem que at� uma quantidade modesta de perda de peso pode ter efeitos ben�ficos nos biomarcadores inflamat�rios, que podem impactar na redu��o de risco de v�rios tipos de c�ncer em mulheres com sobrepeso ou obesas”, avalia a pesquisadora.
Anne revela que uma revis�o de 33 estudos de interven��o descobriu que um quilo de peso perdido corresponde a 0,13 mg/L de redu��o do C-reative protein. “Um n�mero pequeno de estudos j� investigou os efeitos do emagrecimento por meio da alimenta��o e da atividade f�sica nos biomarcadores inflamat�rios. Uma pesquisa de 18 meses com 316 idosos obesos ou com sobrepeso que fizeram dieta, mas nenhum exerc�cio, reduziu o CRP e o IL-6 particularmente em homens. Esses resultados s�o parecidos com a descoberta no nosso estudo.”

IMC at� 25

A oncologista Ilana Zalcberg pondera que mais de um ter�o das mortes podem ser atribu�dos aos h�bitos alimentares inadequados e � limitada pr�tica de atividade f�sica. “Entretanto, v�rias quest�es relacionadas � nutri��o e ao c�ncer s�o controvertidas, uma vez que os resultados dos estudos publicados n�o s�o consistentes. Os diversos nutrientes costumam ser avaliados isoladamente e o resultado � uma simplifica��o excessiva diante da complexidade da dieta e dos padr�es alimentares”, avalia. Ilana afirma, no entanto, que o estudo do Centro de Pesquisa em C�ncer Fred Hutchinson � bem fundamentado “com a utiliza��o de um corte bastante razo�vel e pacientes acompanhados de acordo com uma linha de tempo, al�m do uso de marcadores bastante estabelecidos”.
Segundo a oncologista, para reduzir o risco de c�ncer, o �ndice de massa corporal (IMC) deve ser mantido abaixo de 25. Esse n�vel, refor�a ela, � mais facilmente atingido quando a pr�tica de exerc�cios f�sicos junta-se � dieta contra a obesidade. “As recomenda��es mais recentes para adultos indicam a necessidade de um m�nimo de 150 minutos de atividade moderadamente intensa ou 75 minutos de atividade intensa distribu�dos ao longo da semana. A atividade f�sica deve ser estimulada tamb�m entre as crian�as. Sessenta minutos de atividade moderada ou vigorosa com pelo menos tr�s dias de atividade vigorosa devem fazer parte da rotina di�ria”, destaca.

 

Efeitos tamb�m na autoestima
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Alberta, no Canad�, compilou e revisou uma s�rie de estudos que relacionam o c�ncer � pr�tica de exerc�cio f�sico. O apanhado de documentos ressalta os efeitos ben�ficos da atividade para prevenir a doen�a, durante o tratamento e ap�s a cura. “V�rios estudos sugerem que o exerc�cio pode ser uma interven��o efetiva para aumentar a qualidade de vida em sobreviventes do c�ncer”, diz Kerry Courneya, principal autor do estudo.
O pesquisador tamb�m estudou o efeito dos exerc�cios durante quimioterapia contra tumores de mama. Depois de acompanhar 242 pacientes, ele concluiu que os exerc�cios aer�bicos e de resist�ncia melhoraram a autoestima, o preparo f�sico e a composi��o do corpo. “As atividades ajudaram ainda a completar a quimioterapia sem causar linfedema ou eventos adversos”, acrescenta Courneya, citando um estudo publicado, em 2009, na revista The New England Journal of Medicine.
O linfedema � a reten��o de l�quidos causada pelo ac�mulo anormal de prote�nas nos tecidos do corpo. Ele ocorre, com maior frequ�ncia, em casos posteriores � cirurgia para a retirada da mama. De acordo com a pesquisa de 2009, fazer atividades f�sicas no per�odo de um ano ajuda a diminuir o linfedema e reduzir em at� 5% os problemas com incha�o nos bra�os.


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