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Estado de Minas

Em caravana, mineiros desbravam a Campus Party 2013 e elogiam as altera��es realizadas


postado em 31/01/2013 10:00 / atualizado em 31/01/2013 09:07

Shirley Pacelli

Internet de 30GB e organização foram aprovadas pelos campuseiros, que discordam do custo para participar (foto: shirley pacelli/em/d. a press)
Internet de 30GB e organiza��o foram aprovadas pelos campuseiros, que discordam do custo para participar (foto: shirley pacelli/em/d. a press)
S�o Paulo – Reza a lenda que qualquer lugar que aglomere no m�nimo 10 pessoas sempre tem um mineiro no meio. Entre os 8 mil campuseiros na Campus Party Brasil 6 (CPBR6), um dos maiores eventos de tecnologia do pa�s, n�o foi dif�cil encontrar a turma do Uai-Fi, caravana de 47 pessoas, de Minas Gerais. Desde segunda-feira, o grupo est� acampado no Anhembi Parque, sede do evento na capital paulista. A organizadora do grupo, Karoline Miranda Barretos, publicit�ria de 26 anos, j� est� em sua quarta edi��o e afirma que esse ano tudo mudou. “Antigamente, a gente chegava �s 3h30 e s� conseguia entrar de tarde. Dessa vez, �s 9h15 j� est�vamos dentro do evento”, diz. A organiza��o, segundo ela, marcou um hor�rio para a entrada de cada caravana, o que evitou tumulto. Karoline tamb�m destacou a seguran�a da organiza��o. Ela deixou o notebook (trancado) a noite toda na mesa e ele estava esperando por ela no outro dia. Em 2012, foram v�rios as ocorr�ncias de equipamentos roubados.

Apesar dos elogios, sempre h� um problema que aparece no decorrer do evento. A campuseira reclamou das duchas e do banheiro, que ficou muito distante para a turma do camping, que precisa atravessar toda a �rea de 64 mil metros quadrados. Fora isso, a fraca programa��o somada ao aumento exagerado do custo da entrada fizeram com que muitos veteranos de CPBR ficassem em casa. “Demorei seis meses preparando a nossa vinda. Foi dif�cil, porque muita gente desistiu assim que soube o valor do ingresso”, conta Karoline. Para completar a turma, mineiros de Vi�osa, Montes Claros, Congonhas e Salinas integram o grupo.
Organizadora da caravana Uai-Fi, Karoline Miranda considerou a segurança como outro grande avanço do encontro(foto: Shirley Pacelli/EM/D. A Press )
Organizadora da caravana Uai-Fi, Karoline Miranda considerou a seguran�a como outro grande avan�o do encontro (foto: Shirley Pacelli/EM/D. A Press )

MELHORIAS Com quatro anos de experi�ncia, a jovem conta que a edi��o 2013 � a campe� de participa��o feminina, cerca de 25% do p�blico. No Uai-Fi vieram nove meninas, recorde da caravana. Infelizmente, ou felizmente, a maior parte delas vem acompanhada dos namorados nerds. As solteiras chegam a se arriscar em romances que, normalmente, n�o s�o t�o duradouros devido a dist�ncia entre o novo casal formado. “Eu mesma namorei um cara de Natal (RN), mas n�o deu muito certo”, revela a mineira. Como dica, ela diz que os meninos mais comunicativos sempre se d�o bem. Karoline conta ainda que vez ou outra a �rea de camping fica animada durante a noite. Os campuseiros costumam postar tu�tes com hashtag #CPBR6 insinuando movimentos estranhos na barra n�mero tal.

Assim como Karoline, Vicenzo Naves, analista de qualidade, de 26 aos, concorda que a infraestrutura da Campus Party melhorou. “O tempo ajudou o galp�o a ficar mais fresco. N�o tive problema com a internet, os cabos est�o funcionando”, explica, ressalvando apenas que h� poucas tomadas fora das bancadas. O pre�o elevado dos ingressos, para ele, j� era previs�vel. "A Futura Networks, que realiza a Campus, prioriza sempre o lucro", afirma. O custo foi de R$ 375 (R$ 75 de aluguel da barraca e o restante pela entrada).

BOICOTE Com seu “nada” chamativo chap�u de chef, o analista se destacou entre os membros do Uai-Fi. Naves mant�m o blog Geek cuisine (geekcuisine.com.br), que tem uma nobre motiva��o: afastar os nerds do fast-food. “A ideia � mostrar a eles que cozinhar n�o � dif�cil. Os nerds sempre comem pizza, hamburguer... Quero provar que � poss�vel se alimentar bem sem gastar muito”, diz. O analista n�o � autodidata, fez curso de gastronomia em Belo Horizonte e fala com conhecimento de causa. O espa�o virtual recebe cerca de 200 visitas di�rias. Para os novatos, ele sugere preparar a receita da batata assada, com recheio a gosto. Todas a elabora��o est� detalhada passo a passo e com fotos no seu blog.

Em defesa da Campus Party diante do boicote de milhares de campuseiros ao evento, por causa do alto custo da entrada, Ant�nio Carlos Valente, presidente do Grupo Telef�nica do Brasil, patrocinadora master da Campus Party, fez quest�o de ressaltar a s�rie de inova��es desta edi��o, a come�ar pelos 30GB de conex�o � internet atuais em compara��o com os 5GB iniciais. Mario Teza, gerente geral da Futura Networks, empresa realizadora do evento, por sua vez, disse que agora a equipe tem a experi�ncia necess�ria para faz�-la com compet�ncia. “Valente sempre falou para melhorar a qualidade do som nas palestras e fizemos isso. Conseguimos mais espa�o, montamos centenas de banheiros e duchas quentes, instalamos ventiladores adicionais e geradores para n�o termos problema de energia. Estamos sempre aprendendo para melhorar”, complementa Teza.

Para Vicenzo Naves, a empresa promotora só prioriza o lucro (foto: Shirley Pacelli/EM/D.A Press)
Para Vicenzo Naves, a empresa promotora s� prioriza o lucro (foto: Shirley Pacelli/EM/D.A Press)


P�LULAS DA CPBR6
Com uma agenda de cerca de 500 horas de conte�do e nove palcos, os assuntos mais diversos envolvendo tecnologia foram discutidos na Campus Party, de empreendedorismo � reciclagem. Veja alguns t�picos importantes que o Inform�tic@ selecionou:

» Briga pela massa
A Telef�nica Vivo, em parceria com a Mozilla, a empresa espanhola Geeksphone e o Facebook, resolveu disputar com o Google o mercado de smartphones populares. Durante o encontro, a companhia fez o lan�amento da plataforma aberta Firefox OS, que ser� lan�ada comercialmente no segundo semestre de 2013. Por enquanto, os dispositivos m�veis ser�o distribu�dos s� a desenvolvedores de aplica��es. Durante o evento, realiza-se o concurso de desenvolvimento Firefox OS, cujo desafio � criar aplica��es em HTML5 para o sistema. Os 174 aparelhos trazidos ao Brasil ser�o distribu�dos, unicamente, a programadores. O objetivo � aumentar a oferta de programas para o sistema. Em uma demonstra��o, Ant�nio Carlos Valente, presidente do Grupo Telef�nica no Brasil, testou as funcionalidades b�sicas do aparelho, como streaming de v�deos. A Vivo n�o tem contrato de exclusividade com a Geeksphone.

» Conversa espacial
“Ao infinito e al�m!”. Quem n�o sabe o lema do Buzz Lightyear, simp�tico astronauta do filme Toy Story? O que talvez voc� n�o saiba � que seu nome foi inspirado em Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na superf�cie da Lua e convidado especial da CPBR6. Aldrin fez um keynote divertido para os campuseiros que o admiravam no palco principal do evento. “ I dont speak portuguese, n�o sei porque n�o chamam de brazilian”, brincou no come�o de sua fala. Questionado sobre um poss�vel fim do monop�lio estadunidense sobre programas espaciais, Buzz respondeu, com ironia, que muita gente ainda acha que eles nem foram � lua. Viagens tur�sticas espaciais tamb�m foram tema das perguntas. “Se voc� conhece algu�m que tem um milh�o de d�lares sobrando, posso colocar essa pessoa em contato com os caras certos”, disse. Miss�es em Marte s�o o tema do seu pr�ximo livro Mission to Mars: My Vision for Space Exploration, que ser� lan�ado em maio. “Mas seria preciso outra guerra fria para fazer com que os sonhos ambiciosos se tornem realidade”, ponderou.

» Case monstro
Uma r�plica gigante do personagem dos quadrinhos Homem de Ferro virou parada certa para fotos dos campuseiros. O que poucos deles perceberam � que a estrutura era uma CPU. Mais precisamente: o gabinete pessoal de Alexandre Ferreira de Souza, para o desespero da esposa preocupada com o “trambolho” em casa. Desde 2000, ele trabalha com a pr�tica conhecida como case mode, modifica��o do gabinete de um computador. Ele j� fez cabe�a de drag�o, dem�nio escaravelho, drag�o completo com quase um metro de uma asa a outra... Com tantos seres do mal, ele brinca que, na verdade, faz case “monstros”. A r�plica � uma esp�cie de cart�o visita do seu trabalho. Os clientes costumam pedir CPUs um pouco menos robustas, mas n�o menos criativas, como mascotes de times de futebol. Tamb�m nessa �rea, Tiago Martins, da GBA Coller, levou ao evento o gabinete de acr�lico com sistema de refrigera��o em �gua avaliado em R$ 18 mil. De acordo com ele, a maioria de seus clientes s�o gameman�acos...e ricos, claro!



*A rep�rter viajou a convite da Vivo


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