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Estado de Minas

M�mia de imperatriz � a maior surpresa da exuma��o


postado em 19/02/2013 09:58

Uma das principais revela��es da exuma��o, in�dita, dos restos mortais de Dona Am�lia de Leuchtenberg, segunda mulher de Dom Pedro I, � a de que ela foi mumificada - um dado at� aqui desconhecido de sua biografia. A imperatriz, que morreu em Lisboa em 1876 e cujos restos mortais foram trazidos � cripta do Ipiranga em 1982, conserva pele e �rg�os internos intactos. Cabelos, c�lios, unhas, globos oculares e �rg�os como o �tero est�o preservados.

“� uma das m�mias em melhor estado de conserva��o j� encontradas no Pa�s. Agora, precisamos pesquisar para entender exatamente por que ela ficou assim e, mais importante ainda, compreender melhor quem foi essa mulher, uma imperatriz esquecida na Hist�ria do Brasil”, diz a arque�loga Valdirene Ambiel, respons�vel pelas pesquisas na cripta do Ipiranga. “Quando a trouxeram � cripta, em 1982, dizia-se que ela estava ‘preservada’, mas ningu�m sabia que poderia ser considerada m�mia.”

As causas exatas da mumifica��o de Am�lia ainda est�o sendo investigadas - isso n�o era comum entre a nobreza de Portugal. “Pode ter sido um ‘acidente de percurso’. Ela foi tratada para ficar conservada alguns dias, para o funeral, e isso acabou inibindo o processo de decomposi��o”, diz Valdirene. Os exames no Hospital das Cl�nicas revelaram uma incis�o na jugular da imperatriz. Por ali, foram injetados arom�ticos como c�nfora e mirra. “Certamente, ajudou a anular a decomposi��o.”

Outro fator que contribuiu foi o sepultamento. “A urna foi t�o hermeticamente lacrada que n�o havia micro-organismos para a decomposi��o. � ir�nico que tenha acontecido justamente com Am�lia, que pediu expressamente um funeral simples, no qual n�o se costumava preparar os mortos”, explica Valdirene, referindo-se ao testamento de Am�lia de Leuchtenberg, no qual consta o pedido de um enterro sem ostenta��es. O documento, por�m, s� foi lido ap�s o funeral, quando a mumifica��o j� havia sido preparada.

Ap�s passar pelo aparelho de tomografia do Instituto de Radiologia e de receber uma bi�psia, a imperatriz foi “remumificada” - ela recebeu novo processo de embalsamamento, semelhante ao qual havia passado 136 anos antes. Valdirene tamb�m foi a respons�vel por preparar e aplicar na m�mia uma solu��o semelhante � usada em Portugal no s�culo 19 (500g de naftalina, 500g de c�nfora, 300g de manganato de pot�ssio, 2,5 litros de �lcool a 92%, 2 litros de formol e 500g de timol). Com gaze e algod�o, passou a mistura em todas as partes vis�veis da imperatriz - face, p�s, m�os e pesco�o. “Tamb�m passamos a solu��o nas laterais do corpo preservado, para que receba o tratamento por absor��o. Nas costas, ficou do jeito que estava, j� que n�o pod�amos levant�-la do caix�o”, conta.

Com a descoberta, o caix�o de Dona Am�lia recebeu um visor de vidro, que permitir� - apenas a pesquisadores - observar seu estado de conserva��o. No plano que apresentou � Prefeitura, Valdirene se prop�e a fazer visitas semanais � cripta, para checar a preserva��o da m�mia. “Faz parte do projeto de preserva��o dos restos mortais da fam�lia imperial. Precisamos tomar conta das descobertas.”
As informa��es s�o do jornal O Estado de S.Paulo.


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