Shirley Pacelli
Quando Charles Hull criou a primeira impressora 3D, em 1984, provavelmente, n�o imaginava a infinidade de aplica��es que a criatividade humana daria para a m�quina. De bombons a carros e roupas, quase tudo j� foi impresso – ou ser�, em breve. A tecnologia tem transformado especialmente a medicina. H� poucos meses, a cirurgia das g�meas guatemaltecas Maria Teresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez, que nasceram unidas pela cabe�a, foi facilitada ap�s os m�dicos planejarem e treinarem a opera��o em moldes 3D. O procedimento cir�rgico, que em casos semelhantes poderia levar at� 97 horas, foi realizado – com sucesso – em 22 horas. Bioimpressoras 3D j� criaram partes menos complexas do corpo humano, como a uretra. O sonho �, no futuro, produzir �rg�os e tecidos para minimizar as gigantescas filas de espera por doa��o.
Enquanto ao Norte, o mercado discute a supervaloriza��o ou n�o da tecnologia, no Brasil, a impress�o 3D come�a a ganhar visibilidade e servi�os. O pa�s pode at� ter a primeira casa totalmente impressa em tr�s dimens�es, projeto do arquiteto holand�s Janjaap Ruijssenaars. Por enquanto, o que se sabe � que foi disponibilizado pelo setor privado um terreno de seis hectares ao lado de um parque nacional na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais. Tudo ser� impresso com uma m�quina gigante chamada D-Shape.
Al�m disso, comunidades surgem na internet para concretizar ideias por meio da tecnologia. Na Estilo Vivo, em breve, uma caneca USB, que deixa o caf� quentinho, ser� impressa. Duas empresas nacionais – Cliever e Metam�quina – lan�aram impressoras disputam mercado com os equipamentos importados.