Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) recomenda uma taxa de 15% de cesarianas nos partos realizados no mundo. O Brasil j� ultrapassou em muito essa m�dia
postado em 12/03/2013 07:00 / atualizado em 12/03/2013 10:09
No Brasil, mais da metade dos partos j� s�o ces�reos, de acordo com o �ltimo levantamento feito pelo Minist�rio da Sa�de. Em 2010, 52% das gestantes brasileiras, incluindo rede privada e p�blica, optaram por cesarianas.
(foto: Arquivo Pessoal/Maria In�s)
Separadamente , na rede p�blica (SUS) essa taxa � de aproximadamente 37% , o que equivale a 721.796 partos deste tipo. Na rede privada, chega-se ao patamar de 82%.
A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) recomenda uma taxa de 15% de cesarianas nos partos realizados no mundo. O Brasil j� ultrapassou, em muito, esta m�dia.
Empenhado em intensificar a assist�ncia integral � sa�de de m�es e filhos desde o planejamento familiar, passando pela confirma��o da gravidez at� o segundo ano de vida do filho, o governo federal lan�ou em mar�o do ano passado a Estrat�gia Rede Cegonha. Uma das principais metas � incentivar o parto normal humanizado. Dentre as a��es do projeto est� o custeio de Centros de Parto Normal.
A concep��o dos Centros de Parto Normal tem como modelo experi�ncias positivas desenvolvidas em pa�ses como Holanda, Fran�a e Inglaterra. S�o estruturas que funcionam em conjunto com a maternidade para humanizar o momento do parto. At� 2014, ser�o mais de 200 Centros de Parto Normal em todo pa�s. Na Rede Cegonha, 23 propostas foram aprovadas para constru��o ou reforma de Centros de Parto Normal, no total de R$ 11,3 milh�es.
Para a mais nova mam�e Maria In�s Laje Ara�jo, em geral, a gestante faz a op��o, seguindo crit�rios pessoais de import�ncia. Para ela, a sa�de do beb� foi o fator mais relevante na hora da decis�o. "A gestante pode optar pelo parto normal, chegar a ter as contra��es e o nen�m n�o conseguir sair. Precisando assim de fazer f�rceps. Segundo meu m�dico, o risco disso acontecer era muito baixo. Mas para mim era um risco que existia e n�o quis arriscar", conta.
Antes de decidir como o pequeno Antonio Augusto viria ao mundo, ela conversou com o m�dico que explicou as vantagens e as desvantagens de cada procedimento. "Posso dizer que a op��o da ces�rea foi minha, mas levei em considera��o tudo que conversei com meu m�dico, pois a fun��o dele � sempre nos mostrar os pr�s e contras", revela a jovem m�e.
De acordo com o m�dico Breno Figueiredo, cada um dos procedimentos possui vantagens, desvantagens e riscos inerentes. Para ele, n�o � poss�vel avaliar qual tipo de parto oferece maior risco, j� que as vari�veis dependem tamb�m do ponto de vista. " Minha preocupa��o � que os obstetras formados hoje n�o estejam mais aprendendo a conduzir partos vaginais, al�m disso mulheres que optam por parto normal, s�o desencorajadas por amigas e at� pelos m�dicos", acrescenta.
Figueiredo apresentou uma tabela da UpToDate, que pode ajudar na decis�o das gestantes por partos normais ou por cesarianas eletivas, ou seja, aquelas que s�o realizadas por op��o da gestante. Veja abaixo:
Conhe�a outros tipos de partos: O parto de c�coras � realizado da mesma forma que o natural mudando a posi��o da m�e, que, em vez de ficar na posi��o horizontal, mant�m-se de c�coras. J� o f�rceps, � o parto vaginal no qual se utiliza um instrumento cir�rgico que se ajusta nos lados da cabe�a do beb� para ajudar o obstetra a retir�-lo.
O parto tipo Leboyer utiliza alguns requisitos b�sicos como pouca luz para n�o incomodar o rec�m-nascido, sil�ncio principalmente depois de nascer, banho perto da m�e ap�s o nascimento que poderia ser dado pelo pai e coloca��o do beb� no colo da m�e. � uma forma de diminuir o trauma do nascimento.
Outro procedimento semelahante � a humaniza��o do parto, que n�o significa mais uma nova t�cnica, mas, sim, o respeito � fisiologia da mulher. Por isso, o parto ces�rea ou com interven��o m�dica pode ser humanizado.
J� o parto n� �gua tamb�m busca diminuir o trauma e se caracteriza quando a m�e d� a luz dentro da �gua. O pai pode entrar para ajuda a mulher. H� ainda o chamado parto sem dor com a aplica��o de anestesia peridural ou raquianestesia