WASHINGTON - Cientistas anunciaram na �ltima semana a descoberta de uma forma de reconhecer a dor por meio de resson�ncias magn�ticas do c�rebro, o que pode abrir caminho para futuros testes capazes de avaliar com precis�o sua gravidade.
"Por enquanto, n�o h� uma forma aceit�vel de medir a dor e outras emo��es, al�m de perguntar a uma pessoa como ela se sente", afirmou Tor Wager, principal autor do estudo, publicado no 'New England Journal of Medicine'.
Para o estudo, foram realizadas resson�ncias magn�ticas em 114 volunt�rios, no momento em que recebiam calor no antebra�o direito. A temperatura ministrada foi de moderada a quente.
Os especialistas se surpreenderam ao descobrir que os sinais encontrados nos c�rebros eram transfer�veis entre diversas pessoas, permitindo aos cientistas prever quanto de dor uma pessoa estava sofrendo, com 90% a 100% de exatid�o.
"Encontramos um padr�o, por meio de m�ltiplos sistemas cerebrais, que diagnostica quanta dor uma pessoa sofre em resposta a um calor doloroso", explicou Wager.
Para um subgrupo de participantes, que haviam sofrido um rompimento amoroso recente e que ainda estavam se recuperando, uma foto do ex foi apresentada.
Embora estudos pr�vios apontassem que a atividade mental diante de uma desilus�o amorosa seja semelhante � de uma pessoa que experimenta a dor f�sica, a recente pesquisa descobriu que a assinatura desse tipo de dor estava ausente na pessoa que sofria por amor.
Os pesquisadores tamb�m descobriram que o sinal da dor diminu�a nos c�rebros dos pacientes que haviam sido tratados com analg�sicos previamente.
Mesmo que a tecnologia ainda n�o esteja plenamente dispon�vel, os pesquisadores esperam que, nos pr�ximos anos, esse avan�o possa levar ao desenvolvimento dos primeiros testes objetivos sobre a dor, ou contribuir para o estudo e o al�vio da dor cr�nica.
O estudo foi dirigido por Wager, professor associado de Psicologia e Neuroci�ncia da Universidade do Colorado, em Boulder, junto com colegas da Universidade de Nova York, da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Michigan.
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Resson�ncia magn�tica do c�rebro mostra imagem da dor
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