Um raro par de estrelas, descoberto no observat�rio �ptico de Cerro Paranal, no deserto do Atacama, no norte do Chile, permitiu confirmar at� agora a teoria da relatividade de Albert Einstein, informou esta quinta-feira o Observat�rio Europeu Austral (ESO).
Uma equipe internacional de astr�nomos descobriu "uma estrela de n�utrons, a mais maci�a encontrada at� agora, orbitada por uma an�-branca", uma estranha forma��o que permitiu comprovar a teoria da relatividade de Einstein, relatou o ESO em um comunicado divulgado nesta quinta-feira.
"At� agora, as novas observa��es se encaixam exatamente nas previs�es da relatividade geral e s�o inconsistentes com algumas teorias alternativas", acrescentou.
A estrela de n�utrons � um pulsar que emite ondas de r�dio, captadas na Terra pelo potente telesc�pio Very Large Telescope (VLT) e outros radiotelesc�pios, o que permitiu investigar o par de estrelas e p�r � prova os limites da teoria f�sica.
A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequ�ncia da curvatura espa�o-tempo, criada pela presen�a de massa e energia, passou em todas as provas desde que foi apresentada pela primeira vez h� quase cem anos, destacou o comunicado.
"Nossas observa��es em r�dio eram t�o precisas que j� pudemos medir uma mudan�a no per�odo orbital de 8 milion�simos de segundo por ano, exatamente o que prev� a teoria de Einstein", afirmou o cientista portugu�s Paulo Freire, um dos astr�nomos que participaram do estudo, publicado na edi��o desta sexta-feira da revista Science.
Este pulsar tem apenas 20 km de tamanho e faz parte dos restos da explos�o de uma supernova.
O VLT, poderoso instrumento de medi��o do comprimento de onda infravermelho, est� localizado em Cerro Paranal, situado a 2.600 metros de altitude, perto da cidade de Antofagasta (1.360 km ao norte de Santiago). Ele � operado pelo ESO.
O ESO � a principal organiza��o astron�mica intergovernamental da Europa e o observat�rio astron�mico mais produtivo do mundo.